A retomada dos eventos presenciais, na ótica dos participantes

Pesquisa inédita apresenta as percepções do público com relação Aos eventos presenciais no Brasil

Com a queda do número de contaminados, e, também, do número de óbitos registrados, sobretudo em função da aceleração da campanha de imunização no Brasil, frente a pandemia Sars Cov 19, os eventos presenciais iniciam sua retomada pelos quatro cantos do país.

Sustentado - de forma parcial - com a realização dos eventos online, fato que provocou uma verdadeira adaptação de toda a cadeia produtiva, após quase 18 meses, a realização de eventos presenciais vem recebendo atenção especial, com orientações específicas, adequando-se a aplicação de protocolos sanitários, de supra importância na continuidade do controle da pandemia.

O cenário desse mercado, em todo o mundo, que foi um dos mais atingidos pela interrupção do modal tradicional de sua entrega gerou transformações que, certamente não foram provisórias e deverão fomentar uma divisão do segmento entre: eventos presenciais, eventos digitais ou eventos híbridos, que mesclam parte da audiência física, em um local pré-determinado, com uma audiência remota, em qualquer lugar disponível por meio de uma plataforma tecnológica.

Entre os desafios frente a esse momento, a indústria de eventos encontrará públicos ávidos pelo retorno ao modelo tradicional, ao mesmo tempo, que irão buscar a comodidade de participar de acontecimentos especiais, sem deslocamentos físicos e gastos extras com hospedagens, alimentação e outras despesas. Além disso, a economia mundial, e sobretudo do Brasil, está em colapso, o que demanda uma valorização ainda maior de todo e qualquer investimento.

A fobia social também é relatada como um dos obstáculos a serem ultrapassados, exigindo uma total relação de confiança com os organizadores e promotores dos eventos, que deverão comunicar – de forma muito transparente – seu plano de segurança que possa garantir a mitigação de riscos na propagação do vírus entre o público participante.

Com o intuito de ouvir exatamente esse público, já que no primeiro semestre de 2021, uma completa pesquisa com os players da cadeia de eventos foi formatada e divulgada, a Mestres da Hospitalidade,uma consultoria especializada em estratégicas competitivas de eventos e capacitações do talento humano, investiu em um novo estudo, coletado no último mês de setembro, por meio da plataforma Google, cujas respostas aqui estão apresentadas e comentadas.

A análise dos dados foi conduzida pelas professoras Andréa Nakane e Shirley Salazar, que acreditam,assim, contribuir com um olhar, nada empírico, mas detalhado do mercado de eventos, sob a ótica dos seus participantes, especificamente no status atual.

Ter informações e dados sobre o segmento de eventos é de uma preciosidade singular. Apesar de ser uma área tão dinâmica e relevante para a sociedade e sua economia, infelizmente ainda são poucas as iniciativas fomentadoras dessas coletas e análises. Para que possamos realizar prognósticos assertivos, é imprescindível que o instrumental pesquisa seja parte integrante de nosso setor. Tenho muito orgulho de contribuir com minha veia acadêmica e mercadológica para essa prática. Que venham mais estudos específicos!”, declara Andréa Nakane.

Quando se fala em pesquisa, muitas pessoas pensam apenas em números. A Mestres da Hospitalidade vai além, pensando em soluções. A pesquisa que hora disponibilizamos é mais um trabalho estrategista de nossa empresa, que visa o restabelecimento do mercado de eventos e a união de todos os envolvidos. Certamente, esses dados serão um norte para todos aqueles que desejarem crescer e se desenvolver. O caminho está apontado. Cabe a todos nós seguir e pavimentar as melhores soluções.”, relata Shirley Salazar.


Análises dos Dados Pesquisa 

A Retomada dos Eventos Presenciais, sob a Ótica dos Participantes 

A pesquisa recebeu adesão de 583 pessoas, com diferentes faixas etárias, com a predominância de respondentes entre 36 a 45 anos (26%) e 46 a 55 anos (29%). As outras faixas etárias computaram 18%, de 26 a 35 anos, 16%, de 56 a 65 anos, 10%, de 18 a 25 anos, 6%, de 66 a 75 anos e 01% de 76 a 86 anos.

O grupo participante foi oriundo de todas as regiões do país, com hegemonia da região Sudeste, com 73%, seguida da região Nordeste, com 13%, da região Sul, com 07%, da região Centro Oeste, com 05% e da região Norte com 02%.

Foi constatado que 66% do público identificou-se como gênero feminino e 34% como masculino.

Com relação a sua atuação profissional, 38% são profissionais com carteira assinada, 18% são empresários, 10% são profissionais liberais, e o mesmo percentual também (10%) são profissionais prestadores de serviços (MEI), 08% são servidores públicos, 07% são aposentados, 06% são estudantes e 03% estão desempregados.

E na classificação de renda, os respondentes se apresentaram como sendo: 32% com renda acima de 07 salários mínimos, 14% com renda de 02 salários mínimos, 10% com renda de 03 salários mínimos, 09% com renda de 01 salário mínimo e com o mesmo percentual os que estavam no patamar de 06 salários mínimos. Com também 09% respondentes com 04 salários mínimos, 07% respondentes com 06 salários mínimos e 05% com 07 salários mínimos. 05% alegaram não ter renda própria.

A primeira questão abordada na pesquisa foi vinculada a compreensão com relação a sua efetiva participação em eventos presenciais, antes do período pandêmico. Para tal conhecimento, os entrevistados foram incitados a responder a seguinte pergunta: 

Você tinha o hábito de participar de eventos presenciais antes da pandemia Sars Cov 2 (Covid 19)?

95% dos respondentes disseram que sim e 05% disseram que não. E no escopo dos que responderam positivamente, foi indagado em que tipos de segmentos, essas participações ocorriam.

E percentuais elevados e muito próximos foram vinculados ao Social (bodas, velórios, festa de debutantes etc.), com 82% das citações e ao Entretenimento / Cultural (shows, espetáculos teatrais, exposições etc.) com 83%.

Segmentos como o Educacional (palestras, cursos, workshops etc.) com 70%, o Corporativo (convenção, lançamentos de produtos, treinamentos etc.) com 65% e o de Negócios (feiras, exposições, salões etc.) com 67% foram também citados com expressivos percentuais.

O segmento de menor participação foi o de Esportivo (campeonatos, torneios, cursos etc.) com 34%. 

Nesse cenário, ratifica-se a relevância dos eventos como uma das mais importantes atividades de interação humana e de comunicação, que em função de sua pluralidade pode ser adaptada a qualquer área de interesse e propósitos.

No escopo da festividade, diversão e entretenimento os eventos apresentam maior poder de sedução e consequentemente, incitam maior participação, tendo em vista que o tempo livre é mais que um direito, é uma verdadeira necessidade humana. Desde o final do século XX, falava-se do entretenimento como o grande negócio do novo século e seu caminho assim está sendo sedimentado. Durante o maior isolamento físico na pandemia, investimentos em materiais culturais e artísticos aumentaram refletindo a máxima de seu consumo para a manutenção da sanidade mental. A profusão de lives realizadas nesse período constata tal alinhamento.

Com a chegada da pandemia, cerca de 68% desenvolveram o hábito de participar de eventos virtuais versus 32% que não aderiram a esse movimento.

Entre os que usufruíram dos eventos online durante esse período, o relato de maior atratividade ficou nos seguintes pontos: 74% pelo conteúdo, 58% pela praticidade, 47% pela gratuidade, 40% em busca de entretenimento e 38% pela obrigatoriedade profissional.

Em 2013, uma pesquisa realizada no Brasil e que foi apresentada no World Education Congress (WEC) em Las Vegas, EUA, o maior evento destinado aos profissionais do setor, demonstrava em formato de números percepções brasileiras sobre os eventos virtuais que - mundo afora - já eram condicionados a uma nova realidade.

Nesse trabalho foi constatado, como retrato daquele momento, que o mercado brasileiro não estava preparado e nem disposto a experenciar essa nova opção de realização de eventos e demonstrou que apenas 16% do público tinha como preferência os eventos virtuais, contra 84% que preferiam os eventos presenciais.

Ainda extraído dessa pesquisa intitulada Eventos Virtuais – Fato ou Tendência no Cenário Brasileiro? - o número de experiências como participantes de um evento virtual foi de apenas 25%, demonstrando que o universo que possuía essa experiência ainda era bem restrito.

Quando questionados com relação a organização de um evento virtual, o número ganhava maior projeção e indicava que 92% dos profissionais, ainda não trabalhavam no planejamento dessa modalidade.

Fato que em 7 anos mudou completamente...

Outro questionamento aplicado foi sobre a opinião relacionada a realização dos eventostestes para averiguação e acompanhamento das pessoas por duas semanas, que tinham como objetivo criar um planejamento seguro, responsável e baseado na ciência para a retomada das atividades do setor.

Segundo 75% dos respondentes essa ação conferiu maior confiança para voltar a participar de um evento presencial e 25% não perceberam essa tática como crível de confiança.

No atual estágio de flexibilizações orquestradas por gestores públicos e a própria aceleração da vacinação, 35% dos respondentes disseram estar seguros em participar de um evento presencial, 37% sinalizaram que ainda não estão preparados e 28% mencionaram que talvez estejam prontos. 

É preciso muita compreensão e exercício de empatia do mercado de eventos - como um todo - em relação aos seus públicos-alvos. O que todos, nós, passamos nos últimos meses foi uma das experiências mais viscerais de todos os tempos. Algumas pessoas demonstraram maior resiliência e gestão mais firme na tratativa com sua saúde mental. Outras de forma mais sensível, com perdas mais diretas, desenvolveram temores e tornaram-se, ainda, mais seletivas. É um verdadeiro carrossel de emoções, no qual, cada qual, em seu ritmo próprio deverá se posicionar e conforme suas necessidades e possibilidades, conduzí-lo de forma responsável e consciente.

Esse motivo, por si só, confere a importância de concomitantemente investir nos eventos híbridos, para justamente manter a plena inclusão dos participantes. Alguns estarão aptos ao retorno nos eventos presenciais e outros, ainda, com ressalvas irão optar pelo meio digital. O Segmento de Eventos tem, mais que outrora, demonstrar seu senso inclusivo.

No grupo que respondeu estar apto ao retorno dos eventos presenciais, 87% afirmaram que essa percepção encontra base nos protocolos sanitários exigidos para tal ação, 55% indicaram que esse respaldo se dá pela adequação da capacidade do local para receber público reduzido, 52% creditam essa ação a confiança que tem na atuação responsável dos organizadores e promotores de eventos e 50% pela necessidade de buscar a socialização física novamente por meio dos eventos.

No grupo que respondeu não estar ainda apto ao retorno dos eventos presenciais, o que mais os deixa inseguros é justamente a não creditação de protocolos confiáveis, com 62% das respostas, 41% ainda querem manter o isolamento físico, 30% possuem descrença com relação ao comprometimento dos organizadores e promotores em prover de ambientes seguros e 20% porque querem manter o novo hábito adquirido em participar de eventos online, não tendo a intenção de abrir mão desse modelo disponibilizado.

E justamente para entender essa nova modalidade, dos eventos híbridos, foi indagado se o público participaria desses tipos de evento.

49% sinalizaram como interessados em participar dos eventos híbridos, 13% taxaram diretamente que não e 38% demonstraram que poderiam pensar em participar, conforme a organização.

Ao indagar ao público se eles participariam de um evento presencial que exigisse a apresentação de um certificado vacinal, 79% disseram que sim e 21% disseram que não.

Caso o evento presencial exigisse a realização no local de um teste para Sars Cov 2 (Covid 19), 77% iriam aderir a condicionante, enquanto 23% disseram que não participariam de um evento que tivesse essa exigência.No que diz respeito a utilização de máscaras ou face shield como uma exigência em um evento presencial, 83% disseram que topariam seu uso e 17% que não participariam de um evento com essa obrigatoriedade.

No âmbito de serviços de Alimentos & Bebidas, 59% do público respondeu que preferiria serviço individual, estilo lunch box, 24% optariam por não consumir nenhum tipo de serviço de Alimentos & Bebidas no local e 14% gostariam de serviço de buffet. 04% não souberam responder.

Equilíbrio e bom senso, componentes vitais para o bem viver encontra também no serviço de A&B em eventos uma prerrogativa a ser estudada e ressignificada pós pandemia, já que por atender a uma necessidade fisiológica, não é possível por completo retirar esse item do radar da organização de um acontecimento especial. Fartura e variedade presentes no passado, oferecem espaço para uma redução de opções, não mais dispostas em buffet, para o de leite de todos, mas fracionadas em porções individuais para manter o controle do seu manuseio.

Prestadores de serviços nessa área precisam intensificar a criatividade e a escolha por alimentos de maior apelo nutricional, que acondicionados adequadamente não tenham perdas e muito menos gerem danos à saúde.

Nos eventos híbridos, a oferta precisa ser planejada para o atendimento, se possível, também nos que optaram por acompanhar o evento de forma digital, usando de forma sagaz conhecimentos logísticos para prover uma eficiente e eficaz experiência em sua jornada.

Outra questão que foi abordada na pesquisa, diz respeito de como deveria ser a Comunicação dos protocolos de segurança nos eventos presenciais contra a Covid- 19.

90% dos respondentes apontaram que os eventos presenciais deveriam usar de todos os canais de comunicação para tal propagação de informações. Já 68% sugeriram que deveria ser realizado no momento da entrega do convite ou compra de ingresso. 50% disseram que deveria ser por meio de mensagem do WhatsApp. 35% recomendaram que fosse por um canal próprio criado para a questão e 12% por meio de ligação ou vídeo chamada específica para o assunto.

Informação é elemento propagador de Comunicação, visando a construção de relacionamentos. A gestão dos canais de comunicação - que levem as mensagens aos participantes de um evento - sempre foi considerada como algo estratégico para o êxito de um evento. Agora ganha ainda maior atenção, pois os canais precisam ser fontes de informações sobre como o evento foi planejado e mapeado para ser classificado como um evento seguro, em todas as suas nuances.

O público mais zeloso de sua saúde, exige uma maior transparência nas ações para não colocar-se em risco para o vírus do Covid-19 e outros que possam surgir, já que há sinalizações que esse fato tem grandes chances de ocorrer, e outras endemias e pandemias possam atingir o mundo no futuro, não tão distante. Além disso, exige-se também que outras variáveis de segurança sejam supridas pela organização e, principalmente, haja a disseminação dessas informações, algo que antigamente não era tão prioritário na ótica do participante de um evento.

Com relação a criação de uma sobretaxa a ser cobrada por parte dos espaços, visando a implantação dos Protocolos de Segurança, 79% foram categóricos em não concordar com essa ação e 21% disseram ser favoráveis a essa cobrança.

Com a economia frágil e o poder aquisitivo diminuto, os participantes de eventos não querem assumir mais despesas e por isso mesmo não estão dispostos a arcar com custos extras. Os mesmos já devem ser diluídos na planilha orçamentária dos eventos, sem repasses diretos para seu público final.

Um maior controle das contas, tanto corporativas, quanto domésticas, provoca no consumidor uma conduta mais seletiva e econômica, razão pela qual a disposição de investimento para participar de um evento acompanha tais circunstâncias.

Outro fator percebido foi justamente a gratuidade massiva que o mercado de eventos foi gestacionado nos últimos meses, o que tende a gerar um entendimento que não é preciso desembolsar nenhum erário para participar. Gradativamente isso deverá ser colocado em discussão e a demonstração dos diferenciais de cada projeto será elemento sedutor para reverter esse pensamento.

A mentalidade do público retém a ideia de que um evento digital – e nesse caso pode-se pensar até mesmo no híbrido – tem menos custos envolvidos e a percepção de valor não é bem articulada e atribuída ao seu conteúdo e oferta, e, por isso, não deveria ser cobrado. Tanto que foi o maior percentual de repulsa em pagar para ter acesso a sua participação.

No que diz respeito aos valores que o público está disposto a desembolsar para participar de um evento presencial: 35% estão no patamar de R$ 101,00 (Cento e Um Reais) à R$ 300,00 (Trezentos Reais), 30% no patamar de R$ 100,00 (Cem Reais), 12% no patamar de R$ 301,00 (Trezentos e Um Reais) à R$ 500,00 (Quinhentos Reais) 20% demonstraram não ter interesse em participar de eventos pagos e apenas 03% teriam interesse em pagar mais de R$ 500,00 (Quinhentos Reais).

Já nos eventos digitais, 40% do público diz não ter interesse em participar de eventos digitais pagos e apenas 01% teriam interesse em pagar mais de R$ 500,00 (Quinhentos Reais).

37% estariam dispostos a pagar até R$ 100,00 (Cem Reais) para participar de um evento digital, 18% pagariam valores entre R$ 101,00 (Cento e Um Reais) à R$ 300,00 (Trezentos Reais) e 04% desembolsariam de R$ 301,00 (Trezentos e Um Reais) à R$ 500,00 (Quinhentos Reais).

Já nos eventos híbridos, 33% topariam pagar até R$ 100,00 (Cem Reais), 28% optariam por pagar de R$ 101,00 (Cento e Um Reais) à R$ 300,00 (Trezentos Reais) e 07%de R$ 301,00 (Trezentos e Um Reais) à R$ 500,00 (Quinhentos Reais).

E exatos 30% demonstraram não ter interesse em participar de eventos híbridos pagos e apenas 02% teriam interesse em pagar mais de R$ 500,00 (Quinhentos Reais).O último questionamento foi vinculado em assinar um termo oferecido pelo promotor do evento na concordância da liberação e renúncia de responsabilidade, assumindo o risco de comparecimento e concordando em não acusar a organização se o vírus fosse contraído pós participação na atividade, caso a mesma tenha realizado todos os cuidados recomendados.

63% dos respondentes sinalizaram que assinariam tal documento e 37% não concordaram com tal iniciativa. 

O momento da retomada, finalmente, no tempo guiado pela Ciência e no altruísmo mobilizador de um segmento, que é tão antigo quanto a própria humanidade, tornou-se realidade.

Realidade essa que não será um simples resgate do que foi até o início de 2020.O mindset foi alterado e sem chances de reorientá-lo a antigos padrões. Como meio propício para a socialização, os eventos são essenciais para o bem viver no coletivo e tem protagonismo evidenciado no desenvolvimento econômico na agenda local e global.

Anteriormente colocada como um dos fatores necessários para o desenvolvimento dos eventos, hoje em dia a criatividade está sendo colocada – diariamente - à prova de promotores/organizadores. Não há mais espaço para eventuais erros.

Desde a criação até sua finalização, os eventos atuais demandam planejamento muito mais rigoroso. Otimizar investimentos em busca de resultados, tem sido a máxima adotada por empresas em nível mundial.

Se por um lado há público desejando o retorno aos áureos tempos de grandes eventos, existem também aqueles que preferem se resguardar visando maior longevidade, face às inúmeras incógnitas sobre as mutações e formas de disseminação do vírus. Mesmo de que forma tímida, é fato que os eventos deverão retomar sua curva de crescimento; nada como nos patamares pré-pandemia, mas com ações múltiplas muito mais racionais, com público pré-selecionado e reduzido em suas edições.

Os eventos realizados no presente, concretizarão o futuro de promotores, organizadores, prestadores de serviços e fornecedores. A flexibilização nas negociações também impactará no escopo dos eventos. Na atual circunstância, menos é mais. E saber o momento certo de realizar um evento pode definir a sobrevivência desse mercado tão afetado pela pandemia da COVID 19.

Enquanto não entendermos que o universo dos eventos é aquele onde todos precisamos estar unidos de corpo, alma e mente, fatalmente seremos atingidos da forma mais brutal e cruel que qualquer doença ou crise que possa surgir mundialmente.

O planejamento de 2022 já começou, mas sem deixar aproveitar os dois últimos meses do ano, que serão de alinhamentos e adequações a nova fase dos eventos na era da disrupção, seja eles, presenciais, digitais ou híbridos.

O importante é tê-los em nossas vidas, pois com eles, nossa existência torna-se mais plena, prazerosa, competente, divertida, sábia, cívica, festiva e... feliz!

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Andréa M. Nakane é doutora em Comunicação Social pela UMESP, mestre em Hospitalidade pela UAM, especialista pela UFF, ESPM e Senac-SP, bacharel em Relações Públicas pela UGF. Sócia-proprietária da Mestres da Hospitalidade.

Shirley de Fátima Salazar da Silva é mestre em Hospitalidade pela UAM, bacharel em Turismo, pela USJT. Sócia-proprietária da Mestres da Hospitalidade.