O espaço, voltado para hospedagem em locais onde predominam as baixas temperaturas, foi concebido para proporcionar aconchego e funcionalidade, buscando o máximo aproveitamento de espaço com custos reduzidos para o hoteleiro.
“A principal preocupação foi pontuar soluções práticas que podem ser desenvolvidas tanto em empreendimentos que estão sendo implantados como em meios de hospedagem que necessitam de investimento em retrofit. O módulo multi-uso é um exemplo deste conceito. Feito a partir de drywall, divide o ambiente sem compartimentá-lo, criando de um lado um pequeno closet, que garante espaço e privacidade ao hóspede na hora de vestir, e do outro, um painel para expor a TV de LCD e abrigar o frigobar”, explica Cris Jacobsen.
O mesmo conceito de divisória de ambiente é aplicado no banheiro. Uma parede foi projetada entre o espaço de banho e a bancada do lavatório, o que dá privacidade ao box e ao vaso sanitário, e ainda permite uma área de circulação, mobiliário de apoio e um pequeno “jardim”.
Uma ideia “simples” que torna o ambiente extremamente funcional, dando a suíte um ótimo espaço para circulação, requisito primordial para acessibilidade, além de proporcionar ao hoteleiro uma economia considerável, sem gastos elevados com alvenaria e madeira.
O projeto, de estilo rústico moderno, traz também inovações na utilização de materiais sustentáveis, como tecidos 100% algodão e produzidos com garrafas pet, além de uma lareira ecológica, que funciona à base de fluídos. Outra matéria-prima que se destaca é o ladrilho hidráulico, chamando a atenção pelo uso pontuado e “inusitado” como cabeceira de cama, que dá a suíte um detalhe charmoso. O ladrilho hidráulico se repete no painel de TV e no piso do banheiro, criando uma harmonia em toda a suíte.
Em termos decorativos, as sensações se fazem presentes, como em todos os projetos de Cris Jacobsen. Para a designer de interiores, “o ambiente precisa passar emoção para poder surpreender e cativar, e quando se trata de conquistar o hóspede, esse é um fator muito importante, pois a primeira impressão é a que fica”.
As sensações são provocadas através da utilização de materiais, texturas, nos padrões que remetem a elementos naturais e que provocam o toque. O olfato também é despertado pelo cheiro da madeira de demolição utilizada nos revestimentos e móveis. Os tons quentes e neutros são predominantes dando a sensação de um ambiente acolhedor. Tudo isso resulta em uma interação total dos sentidos para se perceber o ambiente.
Para Cris Jacobsen, a Equipotel Design é uma feira essencial porque mostra ao hoteleiro a importância do trabalho do designer de interiores. “O designer de interiores transforma um espaço, através de soluções práticas, criativas e inovadoras, atendendo às necessidades do hoteleiro. O bom profissional consegue dar uma identidade ao empreendimento, reduzindo custos, trazendo bom gosto, funcionalidade e agregando valor ao negócio”, finaliza a designer.
CRIS JACOBSEN – Cursou Moda, Design de Interiores e Pós Graduação em Administração e Marketing. Trabalhou como produtora para as principais revistas de decoração do país, como Casa Vogue, Casa Claudia, Arquitetura e Construção, Viver Bem e Casa e Jardim, participando também de Mostras de Decoração pelas lojas Arredamento, Manufatura e Esfera (grupo Artefacto). Esteve em edições anteriores da Equipotel ministrando palestras sobre Design de Interiores em hotelaria. Hoje atua de forma independente, prestando assessoria para projetos de design de interiores, tanto na área residencial quanto hoteleira. Mais informações: www.casaehotel.com.br
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