“Pororoca é um fenômeno natural caracterizado por grandes e violentas ondas que são formadas a partir do encontro das águas do mar com as águas do rio. Em sua origem tupi, essa palavra quer dizer algo como “causar um grande estrondo” e foi adotada para se referir a um dos mais impressionantes fenômenos da natureza”
COVID-19
A primeira onda, o susto!
Março de 2020, somos sacudidos com a paralisação total do setor e bombardeados com as primeiras notícias. Sem saber para onde ir ou o que fazer, diversas ações são realizadas. Algumas inócuas e outras com grande sucesso, como por exemplo, a consultoria jurídica total que a ABRACE ofereceu aos seus associados.
Um setor totalmente paralizado pela primeira vez em sua história.
A segunda onda, a incerteza!
Quando voltaremos, de que forma voltaremos? As associações trabalhando em diversas frentes, não só para obter respostas, mas para garantir a sobrevivência de todos.
Pessoas físicas e jurídicas tentando desesperadamente sobreviver a esta segunda onda e, para piorar, apenas “as grandes embarcações” tiveram acesso de fato aos “botes salva vidas” - no nosso caso, o crédito.
A pequena e média empresa, formada por milhares de fornecedores, teve de lutar, de nadar sem apoio e infelizmente, vários naufragaram.
Graças à incomparável capacidade de adaptação do setor, algumas embarcações começaram a navegar por outros rios. Foi um momento de aprender na prática que a "hashtag" #juntossomosmaisfortes é algo maior do que apenas uma frase de efeito.
Algumas lideranças surgiram e outras ficaram a ver navios...
Diversas lutas, em diversas frentes.
Protocolo: palavra até então desconhecida no setor, passou a ser o termo mais comentado, o número 1 em milhares e milhares de lives e conversas.
Evento teste ou expo retomada.
Depois de mais de um ano negociando com políticos e técnicos da área de saúde, fomos convidados a provar nossa capacidade de sobrevivência e lá, o setor se uniu e demonstrou sua força. Provamos e comprovamos nossa tese e a luta chegou a um fim!
Feiras, congressos e eventos comerciais são seguros quando respeitados os protocolos setoriais.
A terceira onda, a pororoca!
De um lado, o barco apenas saiu do porto. O setor está voltando e como um trem que sai da estação ou um avião decolando, ainda não está em sua velocidade cruzeiro, ou seja, em sua máxima capacidade.
Nessa mesma direção, infelizmente ainda há a prática errônea de querer pagar a viagem em prazos inexequíveis, isto, sem falar que neste lado da maré, ainda temos passageiros que querem pagar ainda menos do que antes da pandemia.
Não aprenderam nada????
Já do outro lado da corrente, temos uma absoluta falta de matéria prima no mercado mundial e desta forma, não raro, aumentos de 50, 100 e até, pasmem 200% em insumos necessários para a construção de estandes e cenografia.
Mão de obra?
Infelizmente perdemos com a pandemia parte da nossa mão de obra… necessitamos de novos marujos, de treinamento, e isso custa tempo e dinheiro.
A pororoca foi formada!
Resumindo: de um lado ainda poucos eventos, valores menores e ainda alguns clientes com práticas comerciais inadequadas.
Em que mundo você vive, diria um amigo. Já ouviu falar em fair trade?
Do outro lado, falta de mão de obra e matéria prima, somado a aumento de custo fora de proporção.
Mesmo barco?
“As pororocas mais violentas não poupam as margens dos rios. Nas áreas mais altas, provocam erosão do solo. Nas planícies alagáveis, o terreno fica submerso.”
Nossa pororoca não poupa fornecedores, clientes e eventos, e na tentativa de sobreviver, parte ficará submersa.
Agora, tanto como a pororoca tem seu fim, nossa atual situação também findará, e sabemos, que o que estamos vivendo, é apenas um dos efeitos da pandemia.
A pororoca também vai passar, é importante que se diga.
Os navios que estão zarpando - nossos eventos de retomada - estão lotados e obtendo enorme sucesso.
Estandes, corredores e auditórios lotados. Feiras, congressos e eventos comerciais mostrando sua força e sua capacidade de geração de negócios.
Utilizando a expressão criada ano passado: no virtual se vende, mas no presencial, se fazem negócios.
Bora para feira?
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