“Nosso produto é extremamente perecível e sua comercialização, assim como a estruturação das tarifas, segue as leis de oferta e procura do mercado. É natural que as tarifas estejam mais altas nos períodos de grande demanda, como era esperado, mas já que a ocupação está aquém das expectativas, prepararemos promoções para atrair o público. Os eventos que trazem grande aglomeração afastaram o mercado corporativo e o público de lazer das férias de julho. Não podemos ficar com os hotéis vazios”, explicou o presidente da ABIH-RJ, Alfredo Lopes.
O presidente argumentou ainda que a Jornada da Juventude tem um perfil de público que busca hospedagens alternativas e econômicas, como acampamentos e casas de família, por isso a expectativa já não era tão alta. Mas, para a Copa das Confederações, os resultados foram considerados abaixo do esperado. “Conforme divulgado pela Fifa, a procura está sendo basicamente do mercado nacional. Com certeza a crise econômica internacional impactou na baixa procura.
Alfredo Lopes também fez uma crítica à abordagem da Embratur a respeito dos preços considerados abusivos. “É sabido que o valor da hospedagem corresponde a 20% do valor final dos pacotes. É natural um incremento nas tarifas em períodos de grandes eventos, mas a sobretaxa das agências chegam a encarecer o valor final das diárias divulgadas no site da Fifa em 30%. Estamos revivendo os períodos de Rio + 20, quando foi necessária a intervenção dos órgãos reguladores federais para detectar que o problema estava na sobretaxa das agências. Se algum hotel estiver cobrando preços abusivos, a ABIH-RJ, através de seu Observatório Estadual, apoia o acompanhamento dos órgãos de defesa do consumidor. O que não podemos permitir é que o comportamento normal da sazonalidade do mercado seja considerado prática abusiva. Isso acontece em qualquer lugar do mundo”, desabafou.
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