O Brasil é hoje o terceiro maior mercado da Accor no mundo, por volume de negócios, atrás de França, Alemanha e Reino Unido. Em 2014, a Accor gerou no país faturamento (vendas brutas, royalties e taxas de serviços) de R$ 2,2 bilhões, ou 7,3% mais que em 2013. Para 2015, o grupo projeta crescer 13,6% e atingir R$ 2,5 bilhões em faturamento. No mundo, a holding teve receita de 5,4 bilhões ano passado. Além da mudança de comando, a administradora hoteleira vai dividir a unidade de negócios nas Américas.
O executivo, de 45 anos, está há 22 anos na Accor. Mendes atuou pela companhia em diferentes funções comerciais, operacionais e de marketing em unidades da Europa e Américas, antes de chegar ao Brasil, em 2011. O plano de negócios atualizado da Accor para o Brasil prevê elevar o número de hotéis no país dos atuais 210 para 373 até 2018. Os empreendimentos novos de contratos já assinados somam 163 hotéis. Nas Américas, a Accor tem contratos assinados que elevam a oferta atual de 279 a 500 empreendimentos até o fim de 2018. Mendes admitiu que as vendas este ano podem ser afetadas pelo baixo crescimento econômico. Mas ele apontou que o grupo planeja atrair para a rede Accor bons hotéis independentes, fazendo conversões, e por meio de franquias. “Nesses momentos, fica mais clara a importância do acesso a redes mundiais de distribuição e comercialização”, afirmou o novo presidente da companhia no América do Sul.
Em 2014, o modelo de franquias respondeu por 43% dos novos contratos assinados pela Accor no Brasil. Esse sistema é voltado para as três bandeiras econômicas, sob a marca Ibis, que representaram 65% dos novos acordos fechados pela Accor ano passado. A Accor também quer elevar de 15% para 50% o volume de vendas geradas pela base digital até 2018. No ano passado, o grupo anunciou um plano de investimento, de 225 milhões nessa plataforma. Roland de Bonadona deixará o grupo em 2016. Ele foi eleito em março presidente da Câmara de Comércio FrançaBrasil (CCFB). “Será um embaixador do grupo”, disse o presidente mundial, Bazin. “Estou com 65 anos. Está no momento de curtir a vida também”, disse Bonadona.
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