Anac libera voos comerciais na Base Aérea de Canoas

Decisão da agência autoriza transporte civil de passageiros e cargas em espaço destinado à aviação militar. Liberação valerá enquanto estiverem suspensas as operações no Aeroporto Salgado Filho, interditado em razão das fortes chuvas no RS.
Canoas, no Rio Grande do Sul, nesta sexta- feira, 17 de maio de 2024. Do local, partem helicópteros de resgate e pousam voos com ajuda humanitária aos desabrigados pelas enchentes. Cerca de 70 mil casas na cidade de Canoas estão submersas após a inundação histórica que atingiu o estado.

Decisão da agência autoriza transporte civil de passageiros e cargas em espaço destinado à aviação militar. Liberação valerá enquanto estiverem suspensas as operações no Aeroporto Salgado Filho, interditado em razão das fortes chuvas no RS.

A autorização foi concedida em reunião da Diretoria Colegiada do órgão na última sexta-feira (17). A medida ainda deverá ser oficializada em uma resolução, que será publicada no "Diário Oficial da União".

Pela decisão, o espaço — destinado à aviação militar — poderá ser utilizado para o transporte civil de passageiros e cargas.

A base aérea servirá como alternativa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, interditado em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul.

Segundo o diretor-presidente substituto da Anac e relator do processo, Tiago Sousa Pereira, a autorização será válida enquanto estiverem suspensas as operações no Salgado Filho.

Toda a operação em Canoas será feita pela empresa Fraport, concessionária responsável por administrar o Aeroporto Internacional de Porto Alegre.

Sem previsão de reabertura do Salgado Filho

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, a expectativa é de que seja conduzido um diagnóstico da situação do aeroporto Salgado Filho nos próximos dias.

Em função da potencial demora do processo, o ministro descartou previsões para a reabertura do aeroporto. Segundo ele, “qualquer avaliação nesse momento é prematura e não dialoga de fato com dados reais de uma realidade técnica”.

“A água do terminal já baixou, eles já contrataram uma equipe para ver a situação da infraestrutura do terminal, a parte estrutural, até que ponto ela foi afetada, e também todo o sistema elétrico”, disse ele.

Paralelamente, a gente está aguardando a água baixar na pista para poder ter um diagnóstico. A concessionária vai fazer um estudo para saber se houve estragos, e a partir daí a gente vai fazer uma avaliação mais objetiva do ponto de vista técnico, operacional”, acrescentou Costa Filho.