Cartilha do turismo cinematográfico divulga destinos turísticos do país

No último dia 21 de junho, no Salão do Turismo 2008, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, foi lançada a cartilha do turismo cinematográfico. A idéia é ampliar as inserções do Brasil como

No último dia 21 de junho, no Salão do Turismo 2008, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, foi lançada a cartilha do turismo cinematográfico. A idéia é ampliar as inserções do Brasil como provedor para locação de filmes, campanhas publicitárias, reality shows e outras produções do gênero. A cartilha tem como parceiros o Ministério do Turismo e a Dharma Filmes e Produções.

Foram produzidas cinco mil cartilhas que deverão ser enviadas para secretarias de turismo, conventions bureaux e distribuídas em eventos ligados ao turismo e ao cinema. Segundo a diretora presidente da Dharma, Ana Cristina Costa e Silva, o objetivo desse trabalho é sensibilizar o trade turístico sobre como e quanto o turismo pode se beneficiar com a divulgação dos destinos do país no mundo do entretenimento. O filme Coração Valente, exemplificou, gerou um incremento de 300% nas terras altas da Escócia. Quatro casamentos e um funeral levou a três anos de lotação o hotel inglês The Crown. "O turismo cinematográfico gera resultados positivos para promoção do destino como também contribui para movimentar a economia de uma cidade e região", avalia.

De acordo com o secretário Nacional de Políticas do Turismo, Aírton Pereira, o Brasil tem um grande potencial para desenvolver esse mercado, principalmente em virtude da variedade de locações, proporcionada pelo cenário de belezas naturais, clima, diversidade cultural e étnica, relativa capacidade técnica, parque tecnológico e infra-estrutura de produção. Esses dois últimos itens, segundo Ana Cristina Silva, precisam ser ampliados com o fortalecimento da indústria cinematográfica brasileira. No cenário internacional, o Brasil já é considerado como potencial concorrente dos destinos das produções audiovisuais, como Estados Unidos, Nova Zelândia, Canadá, França, Austrália e Reino Unido.

A Nova Zelândia, por exemplo, já se beneficia há décadas. Várias produções foram filmadas neste arquipélago, que tem quatro milhões de habitantes e tem, no turismo, a segunda fonte de recursos para movimentar a economia. Com a filmagem de 140 locações da trilogia do filme O Senhor dos Anéis, entre 1999 e 2003, foram gerados mais de 120 mil empregos e contribuiu para incrementar o turismo no país, que recebe cerca de 2,5 milhões de turistas.

Países como Austrália e África do Sul têm a isenção como parte da estratégia para atrair a recepção de produções audiovisuais. Segundo a presidente da Dharma Filmes, está sendo formada uma comissão interministerial brasileira para estudar medidas estratégicas como facilitação de vistos de trabalho, isenção fiscal, desembaraços aduaneiros para equipamentos de produções cinematográficas com o objetivo de ampliar a realização de locações de filmes em terras brasileiras.