Castelli lança Escola de Chocolataria

A instituição vai formar um profissional inédito no mercado.
Chloé Doutre Roussel explora o mundo do chocolate há mais de 35 anos




O Brasil e o Rio Grande do Sul passam a contar com a primeira Escola de Chocolataria. A iniciativa da Castelli Escola Superior de Hotelaria, que há mais de 30 anos é referência na formação de trabalhadores na área da hospitalidade no país, vai formar um profissional inédito no mercado, capaz de atuar desde o plantio do cacau, passando pela manufatura do chocolate até chegar no empreendedorismo e administração de negócios ligados ao produto. 

O corpo docente irá contar com a conhecida Madame Chocolat pela autoridade que carrega no mercado mundial de consultoria na produção de chocolates, a francesa Chloé Doutre-Roussel que esteve no Brasil para atualizar profissionais e amantes do assunto. Em Canela, ela dirigiu o seminário Tendências em chocolataria gourmet e o curso Mercado, tendências e inovação em chocolataria gourmet, na sede da Castelli Escola Superior de Hotelaria.

Batizada de Escola de Chocolataria, a instituição vai oferecer os cursos: Gestão de negócios em chocolataria gourmet e extensão em Formação profissional em chocolataria, ambos com início no dia 5 de agosto; extensão Formação Empreendedora chocolataria gourmet, com início em 12 de agosto; e cursos de curta duração em chocolataria gourmet, que envolvem seminários, oficinas e fóruns. 

O programa também prevê visitas às fazendas de cacau, aos principais eventos do setor e a renomadas chocolatarias. “Vamos transformar esta escola num projeto internacional”, define o fundador da Castelli, Geraldo Castelli. “O mercado brasileiro do chocolate ainda está fechado no perfil dos ‘países em desenvolvimento’ e as poucas marcas que decidem trazer produtos de luxo imitam um estilo belga e francês de 20 anos atrás”, explica Chloé.

Apesar de possuir cacau, dinheiro para investimento, máquinas para produzir chocolate e um enorme mercado interno consumidor, para a consultora são dois os principais problemas à produção de chocolate no país: o calor, que exige mais investimento para proteção do produto, e as altas taxas, que fazem uma mesma barra de chocolate ser mais barata em Nova Iorque do que em Salvador. 

“A força brasileira está no sistema cabruca (sistema de cultivo conservacionista), principal ferramenta de marketing internacional do país”, acrescenta Chloé. A francesa se tornou consultora e professora de chocolates finos e viaja o mundo a convite de empresas, produtores e feiras internacionais que dela buscam a sabedoria do autêntico chocolate gourmet. Na infância, seu hobby era degustar chocolates nos mercados parisienses e catalogar as sensações causadas pelas diferentes marcas.

Fonte: Correio do Povo e Castelli Escola Superior de Hotelaria