A solenidade de posse aconteceu durante a apresentação do Plano Fortaleza 2040 no prédio anexo da Assembleia Legislativa. Coordenado pelo Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), com o apoio da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura (FCPC) da Universidade Federal do Ceará, o projeto tem o objetivo de elaborar um plano estratégico para Fortaleza, integrando o desenvolvimento físico-territorial ao desenvolvimento social, econômico, promovendo uma articulação sobre os diversos setores da cidade.
O ato, que aconteceu recentemente, contou ainda com a posse dos 106 representantes do Conselho da Cidade de Fortaleza. Os membros empossados entendem que o trabalho é de diálogo permanente para propor e construir uma cidade baseada em valores coletivos. Por esta razão, o diálogo é importante instrumento consolidar este objetivo. Além da Fecomércio e do Fórum outros representantes de entidades e profissionais de notório saber foram empossados: arquitetos, jornalistas, políticos, acadêmicos e lideranças comunitárias. No local, foram apresentadas as ações da primeira etapa do projeto Fortaleza 2040, após diálogo ocorrido nas sete Regionais do Município.
A partir de agora, haverá a integração com as atividades dos núcleos setoriais, ampliando as discussões temáticas, formalizado pelas entidades de classes, representações organizadas, federações das diversas áreas sociais, entre outros. O superintendente adjunto do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), Mário Fracalossi Júnior, falou sobre a importância destas atividades complementares em prol de uma gestão mais participava. “Essas ações se casam. O projeto 2040 é composto por ações de longo prazo, um plano político, uma vontade em querer deixar um documento, uma visão de Estado de longo prazo que perpassa governos. São diretrizes que vão ficar na visão das pessoas, através de uma construção junto com a sociedade para a Fortaleza que a gente quer”.
De acordo com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, “esse plano só terá legitimidade se participarem dele todos aqueles que querem bem a cidade, ou seja, todos os movimentos sociais, sindicatos, intelectuais, pensadores, universidades”. Na primeira fase, focada na discussão da “Fortaleza Hoje”, espera-se chegar a um consenso sobre o cenário atual da cidade, com diagnóstico de problemas e potencialidades. Nessa e em todas as outras fases, a participação popular é de extrema importância. Durante a segunda etapa, será discutida a cidade desejada para o horizonte do ano de 2040, identificando ainda desafios e objetivos a serem alcançados para a sua consolidação. Já na terceira e última fase, serão definidos planos, diretrizes e ações para o alcance dos objetivos propostos anteriormente.
Nesse momento, também será definido o sistema de governança e controle social para acompanhamento, monitoramento de resultados e atualização do plano estratégico e Planos Setoriais decorrentes. Segundo Roberto Cláudio, “há décadas existe um reivindicação muito forte de Fortaleza para que nos debrucemos sobre uma longa, complexa, mas necessária tarefa de planejar o futuro da cidade”, acrescentando que grande parte dos desafios das grandes metrópoles mundiais – e não é diferente para Fortaleza – decorrem do seu crescimento anterior desordenado. Se olharmos para Fortaleza e enxergarmos os desafios de tratamento de resíduos sólidos, transporte público etc., todos eles são produto de uma cidade que cresceu sem nenhuma tarefa de planejamento exercida ou cumprida.
Comentários