Segundo o superintendente do Instituto Municipal de Turismo (Ctur), Paulo Colnaghi, o empenho desse recurso pelo governo federal é uma grande conquista para Curitiba e vai elevar a cidade a outro patamar na área do turismo. “Desde a primeira semana de gestão estamos em constante contato com o Ministério do Turismo em busca desses recursos. Em menos de um ano de mandato, damos um passo importante para cumprir o maior compromisso desta administração na área de turismo”, afirmou.
Grandes eventos
Curitiba já ocupou a terceira posição no ranking das cidades brasileiras em turismo de negócios, porém com o fechamento do Estação Convention, o município perdeu posições e hoje não está nem entre os dez principais destinos. A construção do novo Centro de Convenções e Feiras vai recolocar a capital paranaense na rota dos grandes eventos.
A área para a construção do empreendimento ainda não foi definida pela Prefeitura de Curitiba. Três locais estão sendo analisados. O novo Centro de Convenções e Feiras de Curitiba vai ser construído em módulos e, portanto, terá a possibilidade de acoplar novas áreas com o decorrer do tempo. O valor de R$ 50 milhões liberado pelo governo federal será destinado para a primeira fase do projeto.
O plano vai englobar a construção de um grande pavilhão (de 10 mil metros quadrados) para a realização de feiras, um centro de convenções com auditório para 2.800 pessoas e mais 20 salas menores de apoio para a realização de palestras e oficinas. O projeto total do Centro de Convenções e Feiras da Prefeitura alcança o valor de R$ 140 milhões.
Diferencial
Um diferencial do projeto é a construção da Escola de Eventos para a formação de profissionais para suprir a demanda que os eventos vão gerar. Na escola, serão realizados cursos para a formação de sonoplastas, cenógrafos, montadores de estande, entre outros.
A forma de administração do empreendimento também está sendo estudada pela Prefeitura. “Estamos fazendo uma pesquisa para descobrir a melhor forma de gerenciamento. Entre as alternativas estão uma parceria público-privada, Oscip, organização social. Essa questão ainda será discutida com a Secretaria de Planejamento”, disse.
Outra possibilidade que vem sendo discutida pela Prefeitura é a abertura de um concurso para realizar o projeto arquitetônico do novo Centro de Convenções. “É um conceito que estamos amadurecendo. Seria feito um convite para a participação de escritórios de arquitetura para a elaboração desse projeto. Uma participação mais direta da sociedade”, comentou o superintendente.
Econômia
A cidade perde economicamente sem um grande centro de convenções. Atualmente Curitiba não tem espaço para a realização de grandes congressos, com mais de 3 mil pessoas. “Mais da metade desse pessoal vem de fora e o turista de negócios é comprovadamente aquele que mais gasta. Em média, 120 dólares por dia, enquanto o turista tradicional gasta em média 89 dólares. Fora toda a estrutura que envolve a realização de um grande evento”, avaliou.
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