Nesta segunda-feira (29), teve início o Fórum Eventos 2019. Entre as várias plenárias realizadas, “O poder dos eventos” ofereceu um panorama da situação dos eventos dentro das estratégias das empresas. A palestra contou com Sérgio Junqueira, fundador e diretor do Fórum, como mediador, e os executivos Guilherme Mazzola, head de eventos e guest experience do Mercado Livre no Brasil, e Marcos Santos, diretor de Marketing e Comunicação da Unisys na América Latina.
De início, Mazzola e Santos defenderam que os eventos ainda não representam uma parcela tão significativa do orçamento de marketing das empresas, em relação ao que poderiam representar. Isso porque o mundo corporativo continua muito ligado ao retorno direto que os investimentos em promoção podem trazer. “O que se precisa entender é o tipo de resultado que se tem com os eventos, como, por exemplo, a criação de uma plataforma de confiança para as pessoas interagirem com a sua marca. Não é um retorno em valor absoluto. O cara a cara reforça o engajamento dos clientes. O Mercado Livre já entendeu isso e tende a investir cada vez mais nessa forma de promoção”, defende Mazzola.
Outro tópico muito discutido foi a importância de proporcionar uma experiência diferenciada aos participantes dos eventos, bem como um conteúdo crítico e relevante. Nesse sentido, Marcos Santos acredita que algumas empresas ficam em falta. “O que eu vejo são instituições que entendem muito de seus negócios, mas têm dificuldade de passar isso para o cliente. O processo de adaptação de conteúdo é primordial e cada vez mais facilitado com o uso de tecnologias”, opina.
Ainda sobre essa discussão, Mazzola acredita que há outro problema. “Eu não conheço todas as empresas, então não posso dar uma opinião absoluta. Minha percepção, porém, é de que não se tem conseguido proporcionar experiências ideais. É difícil achar agências que estejam engajadas no negócio do cliente e façam o projeto com carinho, de forma a encantar o público. Muitas vezes, o que vemos, é que nem há preocupação com esse aspecto, porque requer esforço, disciplina e checagem”, critica o executivo.
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