Experts falam sobre Segurança em Eventos

"Ainda estamos nos anos 80 na segurança", destacou Camilo D´Ornellas durante o Fórum Eventos 2024

A abertura do painel Segurança em Eventos, neste primeiro dia do Fórum Eventos 2024, ficou a cargo de Andrea Nakane, autora e membro do MPI – Meeting Professional International. Ela destacou que em épocas de saving, a segurança acaba sendo, erroneamente, o ponto mais suscetível em cortes durante o planejamento de um evento. Mas lembrou que segurança envolve muito mais, ou seja, a integridade física, moral e emocional dos participantes e de todos que trabalham para que o evento seja colocado em prática.

“Ainda estamos nos anos 80 na segurança. A atividade de prestação de serviço e segurança não está de forma colaborativa, mas cooperativa. Não basta contratar empresa de segurança se não é capacitada e treinada para aquele evento”, destacou Camilo D´Ornellas, Especialista em Segurança.

De acordo com Flávio Carrera, da Cava Segurança, a lei 7102/83, que dispõe sobre segurança, sofreu alterações, mas ainda não o suficiente para modernizar e atualizar a situação atual. Os eventos precisam de um gestor de segurança, mas, como a maioria dos clientes não têm, eles fazem esse papel. “O vigilante que atua precisa ter o curso autorizado pela PF. É comum contratar quatro seguranças e perceber que seu quadro precisa de oito, então chegam em cima da hora e solicitam mais, mas não tem como. Nesses casos, será necessário fazerem hora extra, que gera mais custos e cansa a equipe. Nós, como terceirizados, temos a obrigação de cuidar da situação de cada funcionário. Meu vigilante não pode ultrapassar de 12 horas e tem um mínimo para receber. Então, verifique as condições colocadas pela empresa terceirizada”, alertou Carrera.

Tudo precisa estar dentro das normas ou regras para ter o seguro acionado, lembrou Juliana Santos, da Axpert Underwriting. “Geralmente contrata-se um seguro de responsabilidade civil, contra danos estrutura, equipamentos e acidentes pessoais, mas há algo completamente novo, que está junto com o seguro de pandemia, onde há reembolso de despesas adicionais em caso de cancelamento, adiamento ou interrupção. Essa opção existe no Brasil e com custo baixo”, mencionou. Independentemente da quantidade de pessoas e do tamanho, Juliana ressaltou a necessidade de se contratar o seguro. “Por mais que tudo esteja sob controle, imprevistos acontecem, ter apólice de seguros pode evitar de a empresa vá à falência. Quanto mais cultura, mais barato o seguro fica para o mercado”, afirmou.

O Fórum Eventos vai até amanhã no Tókio Marine Hall, em São Paulo. Outros detalhes sobre a programação podem ser consultados pelo site do próprio evento https://forumeventos2024.com.br.