A segurança na hotelaria foi o tema da discussão do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que aconteceu na tarde desta quarta-feira (01), durante a HotelTec, no Fecomério
Carlos Bassi iniciou a conversa diferenciando segurança orgânica e terceirizada. “A primeira é aquela feita pelo próprio hotel e a segunda é administrada por outra empresa”, detalha. Na visão do especialista, não há como definir qual das duas será mais bem aplicada, pois depende das especificidades de cada hotel. “O empreendimento tem que levar em conta sua localização, sua estrutura, as possibilidades de mobilizar mão de obra própria e avaliar a qualidade das empresas de segurança terceirizada”, exemplifica emendando que, quando há eventos de grande porte no hotel, é mais adequado que o empreendimento utilize os serviços de segurança de outra empresa, “já que não vai haver a necessidade de manter aquele mesmo pessoal depois do evento”.
Bassi afirmou ainda que segurança não é custo, é fonte de renda. “Você a utiliza como um diferencial. Mostra que o seu hotel é mais seguro que outros e por isso vai atrair mais pessoas. Será que um chefe de estado ficaria num empreendimento que não tem um esquema de segurança adequado?”, indaga.
Renata Beraldo disse que não, e acrescentou que segurança é agregar recursos eletrônicos com recursos pessoais. “Deve haver uma mobilização de todos que trabalham no hotel. Hoje em dia um empreendimento seguro não é mais aquele que tem um homem armado na entrada ou câmeras instaladas. É a camareira que viu algo suspeito no quarto e avisou a equipe, é o cozinheiro que percebeu algum movimento estranho. Deve haver uma sinergia entre todos os membros para que o processo obtenha êxito”, diz. Bassi foi mais além. “O simples ato de perguntar ‘posso te ajudar em alguma coisa’, já inibe a ação de algum suspeito que entre no hotel”.
Para Roberto Costa, existe hoje, principalmente no Brasil, a necessidade de um conhecimento mais amplo na área da segurança, por isso, segundo ele, muitas universidades estão investindo em cursos voltados para este segmento. “É uma tendência. A segurança hoje é prioritária”, revela.
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