FOHB divulga carta sobre decreto do poder legislativo de São Paulo

O FOHB (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil), divulgou nesta segunda-feira (1) de dezembro, uma carta quanto a publicação do decreto do legislativo, de 27 de novembro:

"Por meio desta, o FOHB (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil), vem manifestar sua frustração com relação à publicação do decreto de legislativo 84 de 27 de novembro de 2008 que susta em todos os seus termos a portaria intersecretarial nº. 5 de 20 de novembro de 2008, que regula a concessão de alvarás de funcionamento a cerca de 120 flats construídos de acordo com a resolução SEMPLA-CNLU/06765/2005 que foram inauguradas na cidade de São Paulo até abril de 2005".

Atualmente, a cidade de São Paulo tem 70% de oferta hoteleira de qualidade atendida por flats.

Caso esses empreendimentos não consigam alvarás de funcionamento e deixem de operar,o quadro que se desenha é o seguinte:

- Fechamento de 120 empreendimentos que somam mais de 29 mil quartos;
- Criação de déficit diário de 14 mil quartos na cidade;
- Perda de 20 mil turistas/dia por falta de acomodações nos meios de hospedagem;
- Perda na receita proveniente de turismo de 2,5 bilhões de reais/ano para a cidade (gasto médio de R$ 350,00 por turista);
- Perda da arrecadação de ISS de 125 milhões por ano;
- Perda de 10 mil empregos diretos;
- Perda de 30 mil empregos indiretos
- Perda de 170 mil empregos na cadeia do turismo de acordo com as estimativas da OMT;
- Perda do primeiro lugar como a cidade que mais eventos recebe nas Américas (ranking da International & Congress Convention Association) à frente de Vancouver, Sidney e Nova York;
- Perda de eventos importantes como Fórmula 1, Couro Modas, Salão do Automóvel entre outros;
- Impossibilidade de São Paulo vir a ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

"A portaria intersecretarial nº. 5 restaura um direito de todos os flats que iniciaram suas operações antes de 2005. E garante que São Paulo continue a ter a pujança turística que conseguiu com trabalho dedicado e competente de autoridades do governo, entidades de classe e profissionais do trade turístico. Trabalho este que leva o turismo a representar 7% do PIB do Estado de São Paulo. Temos certeza que a Câmara Municipal não permitirá que tal situação perdure por mais tempo e que todo o trabalho que vem sendo desenvolvido nos últimos anos se perca trazendo penúria para colaboradores, hóspedes, empresas, profissionais do trade e principalmente para a cidade de São Paulo.

(JA)