Em 42 meses de vigência, o BNDES ProCopa Turismo formou uma carteira de 29 projetos, com um total de financiamentos de R$ 2 bilhões, incluídas desde operações aprovadas até aquelas ainda em fase de consulta. Com orçamento de R$ 1 bilhão e vigência até o fim de 2012, o BNDES ProCopa Turismo teve sua dotação ampliada para R$ 2 bilhões e seu prazo para protocolar projetos estendido até 30 de junho de 2013. Até setembro de 2013, 17 operações do programa foram aprovadas, o que viabilizou investimentos da ordem de R$ 1,7 bilhão por meio da contratação de R$ 1,0 bilhão em créditos.
O Programa BNDES ProCopa Turismo foi criado em janeiro de 2010 com o intuito de atender, primordialmente, a duas carências. Em primeiro lugar, era preciso adequar as condições do crédito direto do BNDES às necessidades do mercado hoteleiro, evidenciado pelo baixo fluxo de financiamentos contratados pelo setor com o Banco nos anos anteriores. Em segundo lugar, o aquecimento da demanda por hospedagem no Brasil e a expectativa de seu crescimento acentuado, da qual a Copa do Mundo de 2014 era um ingrediente emblemático, com uma preocupante carência da oferta desse serviço.
Entre construção de novas unidades, reformas e modernização, os financiamentos já aprovados no programa envolveram 4.727 quartos, dos quais 30,2% encontram-se no Nordeste, 58,7% no Sudeste e 7,5% no Sul. A implantação de novos hotéis representou um incremento de 3.237 quartos, o equivalente a 68,5% do total do ProCopa, demandando para tal 75,8% dos créditos aprovados. Até o lançamento do ProCopa, as operações diretas respondiam por um pouco mais de 10% dos créditos do BNDES para os investimentos em hotelaria.
O programa fez esse percentual praticamente dobrar e elevar-se a quase um quarto do total de desembolsos do Banco para o setor, em um contexto de crescimento acentuado dos fluxos de financiamento a hotéis e similares. Em termos nominais, a média anual do volume de financiamentos contratados pelo setor com o Banco saltou de R$ 7,5 milhões, no período de dez anos que antecederam o ProCopa (2000 a 2009), para R$ 271,7 milhões, a partir do lançamento do programa. Em termos reais, trata-se de um incremento superior a 1.900%.
Em linha com o objetivo de promover a expansão e a melhoria da qualidade dos serviços de hospedagem no Brasil em função da Copa do Mundo de Futebol de 2014, 93,1% dos créditos aprovados destinaram-se a empreendimentos localizados em municípios que vão sediar esse evento. Além disso, outros 3,7% foram direcionados a hotéis situados em cidades bem próximas a Recife, Salvador ou Rio de Janeiro, capitais que vão acolher jogos desse certame internacional.
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