Ministério do Esporte divulga a candidatura do Rio 2016 na Fórmula 1

A candidatura da cidade do Rio de Janeiro aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 ultrapassa as fronteiras do esporte olímpico e chega ao circuito do esporte automobilístico nestes três dias do 37º Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, em Interlagos.

O Ministério do Esporte do Brasil preparou algumas ações de promoção da candidatura do Rio visíveis não apenas aos 120 mil torcedores presentes ao autódromo nos três dias como também aos 380 milhões de telespectadores que assistem à corrida pela televisão em 140 países.

Entre as ações estão a fixação, na pista, em posições de câmera, de duas placas publicitárias estampando a logomarca Rio 2016 – Cidade Candidata; e a logomarca do governo federal. Haverá veiculação, nos telões do autódromo, de vídeo de 60 segundos, 20 vezes por dia, durante os três dias do evento. Também foi publicado anúncio na revista oficial do GP. Além disso, o Ministério disporá de um centro de hospitalidade para recepção de convidados durante os três dias.

Os principais objetivos dessas iniciativas são difundir a marca da candidatura nos demais estados do Brasil e impulsioná-la no exterior, e cativar empresários e outras pessoas de destaque em diversos setores da sociedade para futuras parcerias no caso de o Brasil sair vitorioso na disputa para sediar os Jogos de 2016.

Em Interlagos, o ministro do Esporte do Brasil, Orlando Silva Júnior, vai se encontrar com personalidades do esporte e da economia e também com a ministra inglesa responsável pelos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, Tessa Jowell. Eles vão conversar sobre a experiência londrina na condução de sua candidatura para sediar o evento e o atual processo de organização dos Jogos.

Brasil quer a primeira Olimpíada da América do Sul

Um dos argumentos a favor da candidatura brasileira é o fato de a América do Sul nunca ter sediado a competição, ao passo que Ásia, Europa e América do Norte, continentes onde estão situadas as outras cidades concorrentes (Tóquio, Madri e Chicago), já realizaram o maior espetáculo olímpico do mundo. Outro fator positivo é que grande parte da infra-estrutura necessária ao Rio estará pronta – e testada – pelo menos dois anos antes, para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Antes disso, em 2011, o Rio será sede dos 5º Jogos Mundiais Militares, com cerca de 4,5 mil atletas de mais de cem países disputando 24 modalidades. Em 2013 a cidade provavelmente sediará partidas da Copa das Confederações de Futebol. Todos esses eventos darão ao COI a certeza d e que o Rio estará dotado de estrutura esportiva, hoteleira, aeroportuária, urbanística e de segurança pública, entre outras.

Vale lembrar que desde 2007 o governo federal vem realizando em todo o País o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujas obras no Rio de Janeiro provocam revitalização de áreas degradadas e forte impacto urbanístico, ambiental e cultural em diversas regiões da cidade conectadas com as instalações esportivas ou operacionais apresentadas no projeto da candidatura carioca.

O governo brasileiro já assegurou que os investimentos em infra-estrutura serão mantidos, apesar da crise econômica mundial, uma vez que os fundamentos da economia do País são sólidos.

Além do impacto urbano, o governo brasileiro dedica atenção especial a outros legados que esse processo pode deixar ao País, entre os quais o legado esportivo e o de promoção do País. Na área esportiva, uma das principais heranças será o Centro Olímpico de Treinamento para 22 esportes olímpicos, que o Ministério do Esporte vai construir no Rio independentemente de a cidade ganhar a sede dos Jogos. Espera-se também o incremento do turismo no Brasil, que em 2006 foi apontado como o 7º destino para eventos no mundo.

O governo do Brasil participa da candidatura do Rio às Olimpíadas por meio de 27 órgãos da administração federal que formam o Comitê de Gestão das Ações Federais para a Candidatura Rio 2016. Técnicos, assessores e consultores desses órgãos participam de todos os grupos temáticos (acomodações, segurança, meio ambiente, esporte, infra-estrutura da cidade, vila olímpica, transporte e outros) incumbidos de elaborar o Dossiê de Candidatura que será entregue ao Comitê Olímpico Internacional (COI) em fevereiro de 2009. Além disso, o Ministério do Esporte integra a Comissão de Candidatura e financia a campanha do Rio de Janeiro aportando recursos orçamentários para custeio, promoção e legado da candidatura.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, subscreveu todas as garantias necessárias para que a candidatura brasileira obtenha a credibilidade exigida pelo COI, demonstrando o compromisso do País em oferecer à entidade um projeto consistente, confiável, exeqüível e, sobretudo, benéfico ao Rio e ao Brasil.

Para citar um exemplo, na área de segurança a base do projeto da candidatura será o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), lançado pelo Ministério da Justiça a partir da experiência exitosa nos Jogos Pan-americanos de 2007, em que houve um comando único de todos os órgãos de segurança, aliado a uma política social de integração do aparato policial com a população do Rio, especialmente com os moradores das comunidades pobres situadas no entorno dos locais de competição.

O projeto do Rio aos Jogos Olímpicos de 2016 apresenta instalações existentes para 72% dos atletas que estarão competindo no evento, com a grande maioria das arenas tendo sido utilizada nos Jogos Pan-americanos de 2007. Haverá competições e outros eventos relacionados às Olimpíadas em conhecidos cartões postais da cidade, como o estádio do Maracanã e a Praia de Copacabana. Prevê-se ainda a construção do Parque Radical do Rio no bairro de Deodoro, região que concentra enorme contingente de população jovem, hoje com poucas opções de lazer.

Para o ministro Orlando Silva Júnior, o País que organiza com “reconhecida competência o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 quer mostrar ao mundo que será um anfitrião à altura da magnitude das Olimpíadas, do mesmo modo que recepciona com brilhantismo os apaixonados pela velocidade nestes três dias de emoção da prova em Interlagos.” Para ele, o povo brasileiro e o esporte do Brasil merecem essa chance de demonstrar sua capacidade para realizar com alegria, profissionalismo e transparência a maior festa do esporte olímpico mundial.  

(JA)