Cada vez mais impetuosas, não há duvidas de que as mulheres conquistaram, ao longo dos últimos anos, um espaço cada vez maior no âmbito profissional. Mas, para se igualar ao homem quando o assunto é trabalho, ainda é preciso percorrer um longo e árduo caminho. É o que conta a gerente de vendas do Conrad, Anay Gremaud. Com a experiência de quem atuou 12 anos no Transamérica e ajudou a fundar o hotel Emiliado, Anay acredita que as mulheres estão bem posicionadas quando se trata de cargos de gerência ou de média e pequena chefia. Mas, as presidências e vice-presidências ainda estão concentradas nas mãos dos homens.
“As maioria das empresas, mesmo sem querer, é machista. Para algum dia conquistarmos cargos mais influentes teríamos de trabalhar, pelo menos, 30% a mais”, conta. Segundo Anay, a predominância masculina no comando majoritário de grandes empresas tem explicação. “A mulher divide suas atenções com a família e o trabalho. Já os homens se dão ao luxo de concentrar seus esforços só no lado profissional e acabam sendo valorizados por isso”, diz lembrando que ficou temerosa em anunciar sua maternidade ao chefe. “Fiquei com receio. Principalmente porque viajava muito no meu trabalho e chegada de um filho ia interferir na minha rotina. Mas a resposta do meu superior foi a melhor possível e remanejei as minhas atividades de forma que pude me dividir entre o filho e a gerência de vendas do Conrad”.
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