Novo Panorama ABEAR reforça importância do aéreo para o desenvolvimento do país

A disponibilidade de dados atualizados e de fácil acesso é essencial para balizar políticas públicas, decisões empresariais e monitorar o desenvolvimento de setores estratégicos, como o da aviação.

A disponibilidade de dados atualizados e de fácil acesso é essencial para balizar políticas públicas, decisões empresariais e monitorar o desenvolvimento de setores estratégicos, como o da aviação. É nesse contexto que surge o Novo Panorama ABEAR: uma ferramenta que reúne as informações mais relevantes sobre o setor aéreo brasileiro. Ao liderar esse levantamento de dados e disponibilizá-lo para consulta pública, a ABEAR reafirma seu compromisso com a transparência e o fortalecimento do setor.

O Panorama ABEAR, já reconhecido como referência em dados do setor aéreo, agora ganha uma versão inovadora: um painel totalmente digital e interativo, que permite o acesso contínuo a informações atualizadas e comparações históricas desde 2012, ano em que a Associação foi criada. Essa evolução possibilita um monitoramento preciso do setor, reforçando seu papel estratégico no desenvolvimento econômico do Brasil.

Principais indicadores:

Entre os principais destaques está a contribuição do setor aéreo para o PIB (Produto Interno Bruto). Para se ter uma ideia, no ano passado, a aviação foi responsável pela geração de R$ 81 bilhões para o PIB da economia nacional. Ou seja, ao conectar pessoas e regiões, a aviação movimenta diretamente a economia, estimulando negócios, turismo e melhorias na infraestrutura.

A aviação também se consolida como um importante gerador de empregos. Em 2023, o setor manteve mais de 68 mil postos de trabalho formais diretos. São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e o Distrito Federal lideram nesse indicador, refletindo o impacto socioeconômico do setor.

Outro dado relevante são os desafios enfrentados pelas companhias aéreas, especialmente em relação aos custos operacionais, influenciados pela variação do câmbio e do preço do querosene de aviação (QAV), que compõe cerca de 40% das despesas do setor. Entre 2018 e junho de 2024, o câmbio variou 67,9%, enquanto o preço do QAV subiu 48,5%. Mesmo diante dessas pressões, as tarifas aéreas tiveram um aumento médio real de apenas 11%, evidenciando o esforço das empresas em não repassar integralmente os custos aos consumidores.

Neste mesmo período, a oferta de assentos (ASK) aumentou 3% no mercado doméstico, mesmo com forte recrudescimento da demanda do Rio Grande do Sul, em função do colapso do Aeroporto Salgado Filho em maio deste ano. Já a carga aérea transportada no país (carga paga + correio) cresceu 1,5%, passando de 187,7 toneladas para 190,6 toneladas, ainda na comparação do primeiro semestre de 2024 com igual período de 2019.

O Panorama ABEAR também oferece uma visão detalhada sobre a oferta e demanda. No primeiro semestre de 2024, a demanda doméstica superou os níveis pré-pandemia em 3,8%, e a oferta de assentos cresceu 5,9%. No mercado internacional, a recuperação tem sido mais lenta, mas a demanda já se encontra apenas 1,2% abaixo de 2019, sinalizando uma retomada consistente.

O crescimento da conectividade no Brasil é outro aspecto importante. O número de aeroportos homologados com voos comerciais aumentou de 161 em 2019 para 172 em 2024, expandindo a conexão e a integração nacional. Isso demonstra o compromisso do setor aéreo em atender um número crescente de passageiros e destinos.

Com o novo Panorama ABEAR, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas reforça seu papel estratégico em oferecer dados acessíveis, transparentes e atualizados, contribuindo para o desenvolvimento do setor e do país. Acesse o painel e explore essa ferramenta indispensável para entender o presente e planejar o futuro da aviação brasileira.

* Emmanuel Aldano e Maurício Emboaba são consultores da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR)

Fonte: ABEAR