O Estado da Indústria de Eventos e Turismo no Brasil – 2018

O PORTAL EVENTOS ouviu 42 experts, profissionais com grande experiência que, certamente, representam o pensamento da Indústria. A primeira preocupação do estudo, realizado pela terceira vez pelo Portal Eventos, foi quanto ao ocorrido em 2017.

Vale ressaltar que são bastante distintas algumas opiniões sobre o ano que recém findou, e isso não desmerece em nada qualquer das ponderações. O empresário, corretamente, tem os olhos voltados quase que exclusivamente para os seus resultados, e sabemos todos que boa parte de 2017 ressentiu-se dos desacertos dos anos anteriores. Por seu turno, os dirigentes de instituições, públicas ou privadas, também acertadamente, tem quase o dever de reavivar os ânimos, reanimar a fé e motivar o mercado rumo à superação.

A crise econômica e política impactou negativamente, mas...

“Nosso país está sem governo e os governantes continuam fazendo a mesma coisa que sempre fizeram nos últimos anos: buscar o proveito próprio”. (Elza Tsumori); “A crise econômica e política do país impactou negativamente o mercado de eventos, a falta de lançamento de produtos e investimentos causaram uma retração grande na indústria”. (Fátima Facuri); “O primeiro semestre de 2017 foi muito ameaçador, com a propagação de um ambiente de receio e de insegurança econômica que obrigou revisão de prioridades e reordenamento de investimentos nos eventos”. (Vaniza Schuller); “Os eventos corporativos e por adesão tiveram uma queda de cerca de 30%”. (Anita Pires); “A indústria vem sofrendo muito com a crise econômica e a descrença política do país que afasta as multinacionais e seus investimentos”. (Varinia Cantaux); “Foram dois anos atípicos com enormes impactos em toda cadeia de eventos”. (Maurício Magalhães); “Em 2017 ainda sentimos o efeito da crise política e econômica do país, que afetou diretamente o planejamento de viagens e eventos das empresas, devido à redução de custos”. (Paulo Frias); “Reflexo da instabilidade econômica e suas turbulências, houve significativa redução de patrocinadores na maioria dos eventos, redução de participantes e muita negociação comercial”. (Ana Luisa Diniz Cintra); “Os efeitos da recessão levaram as empresas a reduzir tanto o número quanto o orçamento”. (Roland de Bonadona); “A situação econômica do país, impactada pelas crises política e de credibilidade, geraram instabilidade e falta de confiança no futuro do país, com consequente baixo nível de investimento, de demanda e de poder aquisitivo da população que impactaram na realização de eventos”, (Chieko Aoki); “Como viemos de grandes reduções em 2015 e 2016, o ano de 2017 teve como principal característica a continuidade de um ambiente econômico desfavorável”. (Antonio Dias); “2017 foi um ano de transição de um cenário muito desfavorável para um momento de maior segurança para investimentos do setor empresarial”. (Adenauer Goes); “Levando o mercado a trabalhar com eventos mais econômicos, regionais, à diminuição do tempo de contratação e fechamento dos eventos, cada vez mais ´em cima da hora´, não permitindo que os fornecedores trabalhem com projeções”. (Alberto Cestrone); “A depressão econômica, sem dúvida, criou uma competição acirrada por clientes - nunca fui tão abordado por agências de marketing e eventos”. (Fernão Loureiro Tanaka); “O custo por participante teve uma subida significativa em 2017”. (Silvana Torres) e “Não bastando isso, temos sofrido nos últimos dois anos um problema muito grave de inadimplência e atrasos nos compromissos financeiros assumidos por parte dos clientes, algo que raramente acontecia antes”. (Varinia Cantaux).

Estes depoimentos, a maioria de empresários, demonstram o impacto que a Indústria sofreu com o descontrole da crise econômica e política do país.

No entanto, ...

Outros depoimentos, mostraram a Indústria se reinventando e tendo sua relevância reconhecida: “O maior impacto nos últimos 12 meses foi o fato de que eventos deixaram, de uma vez por todas, de ser uma ferramenta tática dentro das empresas para se tornarem extremamente estratégicos”. (Luiz Arruda); “A afirmação dos eventos como um dos instrumentos que podem receber os recursos que as mídias tradicionais estão perdendo”. (Eduardo Sanovicz); “A migração de investimentos de comunicação e marketing para o setor de eventos”. (Rodrigo Cordeiro); “A capacidade que esta indústria tem de se reinventar quando a economia está indo mal. Ano passado foi terrível para o Brasil, mas a indústria de eventos sobreviveu e bem, porque, assim como um camaleão, tem a capacidade de se adaptar aos momentos de crise e exercer seu papel de protagonista para ajudar as empresas a saírem da lama”. (Gaetano Lops); “As áreas que se destacaram de forma positiva na promoção de eventos foram as de tecnologia, mídia digital, estética e algumas da saúde”. (Ana Luisa Diniz Cintra); “No setor de Feiras, a resposta positiva aos negócios, mais as negociações de novos contratos para 2018 e 2019”. (Armando Campos Mello); “A competência das empresas do setor em demonstrar o valor do marketing dos eventos como verdadeiras ferramentas de geração de resultados. A reativação da economia local”. (Juan Pablo De Vera); “O aumento da relevância e utilização da tecnologia nos eventos, através das mídias sociais, inteligência artificial e outros recursos e em inúmeras aplicações e a consequente valorização das métricas de avaliação e desempenho”. (Vanessa Martin); “Houve um debate intenso sobre compliance que também impactou nos congressos e destinos”. (Anita Pires); “A necessidade de reinvenção de modelos de negócios tanto perante os novos propósitos da existência do mercado de eventos, como o comportamento das atuais gerações frente a produtos e serviços. Espelho desse complexo momento, há tantos eventos que batem recorde de público com relevância mundial, como ocorre com a Comic Con Experience, quanto encontros não batem suas expectativas”. (Toni Sando) e, ainda que, apesar da “forte redução de budget por parte dos clientes, a demanda por eventos foi grande, porém a verba reduzida drasticamente” (Ronaldo Ferreira Junior) e “a interação off e online vem impactando a indústria de eventos nos últimos tempos. O consumidor está à procura de novas experiências, novos momentos que possam ser compartilhados e é isso o que devemos proporcionar a ele”. (Fernando Guntovitch).

E teve quem considerou 2017 um bom ano

Alguns empresários e muitos dirigentes de entidades foram mais otimistas com relação ao ano que passou: “Tivemos um ano excelente, com número recorde de eventos”. (Alexandre Marcilio); “O alcance midiático alcançado a nível mundial, com centenas, talvez milhares de reportagens sobre a Copa, que abordaram nossa capacidade de realização no setor MICE, colocaram o Brasil em outro nível competitivo para atração de eventos internacionais”. (Alexandre Sampaio); “O desafio maior em todas as áreas foi conseguir manter-se de pé durante esta maré turbulenta, mas com grande resiliência, característica preponderante de nós brasileiros, 2017 foi um ano melhor que o anterior”. (Vinicius Lummertz); “No momento pós Megaeventos, o foco foi demonstrar a nova infraestrutura que a cidade do Rio tem para atender qualquer tipo de evento. Desde a Copa estamos vivendo um ótimo momento para o live marketing”. (Michael Nagy); “Desde então, as demandas cresceram e, como consequência, também aumentou a importância da real necessidade das nossas ferramentas”. (Célio Aschar) e “Após o mês de junho e em todo o 2º semestre de 2017, a demanda de eventos, principalmente corporativos, cresceu em quase 20%, impactando em mais de 8% no fechamento de eventos, especialmente dentro do mercado hoteleiro, que se iniciou na cidade de São Paulo e, gradativamente, foi se espalhando para os demais destinos de negócios e, consequentemente, todo o país”. (Bruno Omori).

2018 será um bom ano!

Em sua grande maioria, empresários e dirigentes consideram que depois de um 2017 insatisfatório, 2018 será um bom ano.

Segundo Antonio Dias, “2018 promete ser o real ano da retomada do crescimento” e Chieko Aoki, “ainda não é hora de alto nível de entusiasmo e sim de trabalhar séria e fortemente, colaborando para uma rápida recuperação do mercado, que depende do empenho de cada cidadão. A economia não gera, quem gera são as pessoas”. “Eu prefiro ver o copo meio cheio, portanto, creio que as perspectivas são animadoras”. (Adenauer Góes); “O gera confiança no investidor, o que permitirá que a indústria de eventos retome o fôlego”. (Alberto Cestrone); “As perspectivas são positivas, mas com muito trabalho. As verbas estão menores, mas o volume é maior”. ( Celio Ashcar Jr.); “O aprendizado obtido neste ano de 2017 será de grande valia para 2018 em diante. Espero um grande ano”. (Getúlio Tamada); “Estou otimista. O começo da solução de um problema é a sua identificação, acredito que se destacará quem tiver agilidade e inovação”. (Vanessa Martin); “A Indústria tem que se reinventar, fazer diferente. Como toda boa crise, nos obriga a fazer diferente, traz um frescor, traz surpresas”. (Silvana Torres); “Trabalhamos e já estamos sentindo perspectiva de crescimento de no mínimo 10% em 2018 e pelo menos mais 10% em 2019”. (Wilson Ferreira Junior); “Disruptura, criação de novos formatos de relações comerciais entre clientes / organizadoras / fornecedores com excelentes oportunidades a quem estiver disposto a se ajustar à nova realidade do mercado”. (Rodrigo Cordeiro); “Acredito numa recuperação gradual, lenta, mas sustentável, nos níveis de atividade e uma preocupação maior em demonstrar o ROI dos investimentos aos clientes”. (Juan Pablo De Vera) e “O cenário econômico mudou para melhor e essa mudança vai refletir positivamente em investimentos de eventos”. (Fátima Facuri).

Mas existem percepções diferentes...

Elza Tsumori vê “a possibilidade de unir, com algum sucesso, a área cultural com o turismo, tendo como amálgama, os eventos”; Fernando Guntovitch acha que “a expectativa é de eventos cada vez mais integrados, com conteúdos relevantes e maior uso de tecnologia”; Gaetano Lops acha que “vivemos um momento importante de inovação tecnológica no setor, com novas experiências para os consumidores e uma necessidade latente de renovação nos formatos tradicionais dos grandes eventos existentes”; Fernão Loureiro acredita na “retomada de viagens de incentivos em destinos mais caros, eventos mais grandiosos – mas com a marca da austeridade imposta nos últimos”; Ronaldo Ferreira Junior diz que “vamos melhor. Já passamos pela reação de susto e adaptação dos clientes à crise. O que era crise hoje virou tendência, então as empresas já se adaptaram e estão voltando a operar sem medo, uma vez que o cenário já é conhecido”; para Andréa Nakane, “os eventos continuarão a ser considerados como veículos de comunicação dirigida de grande impacto, pois podem gerar relacionamentos, propiciar experiências e conhecimentos” e, finalmente, Luiz Arruda acredita que “quem conseguiu se preparar durante os últimos 24 meses, se estruturando de forma inteligente, se reinventando, entendendo as necessidades do mercado e pensando para frente, vai colher os frutos em ’18 e ’19”.

O Estado da Indústria de Eventos e Turismo, além da íntegra das respostas às duas primeiras questões, traz outras oito questões respondidas pelos 42 expertos: o que você gostaria de mudar na indústria de eventos e turismo?; o que você gosta mais na indústria de eventos; qual é o maior problema de nossa indústria?; qual o desafio mais significativo que acredita irá enfrentar nos próximos anos?; profissionais de eventos devem prestar atenção extra para as questões sociais, sustentabilidade, segurança etc.?; qual será a próxima "grande sacada" em eventos?; que inovações tecnológicas você acredita que irão impactar a indústria nos próximos anos e que novas competências devem aprender os profissionais de eventos?

Um verdadeiro passeio pela experiência de profissionais que vivenciam eventos e turismo há décadas, em seu dia a dia, e sabem do que estão falando. Confira.

ADENAUER GÓESSecretário de Turismo do Pará, membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; ALBERTO CESTRONE – presidente da Associação Brasileira de Resorts e diretor do Infinity Blue Resort & Spa; ALEXANDRE MARCÍLIO – diretor do Transamerica Expo Center; ALEXANDRE SAMPAIO – presidente da Federação Brasileira de Hospitalidade e Alimentação (FBHA) e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; ANA LUISA DINIZ CINTRA – diretora do Centro de Convenções Rebouças; ANITA SILVEIRA PIRES – ex-presidente da ABEOC Brasil e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; ANTONIO MAURÍCIO DIAS – diretor do Royal Palm Hotels & Resorts e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; ARISTIDES DE LA PLATA CURY – presidente do Skal São Paulo e ex-diretor superintendente do São Paulo CVB; ARMANDO CAMPOS MELLO - presidente executivo da União Brasileira de Promotores de Feiras (UBRAFE) e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; BRUNO OMORI – presidente da ABIH São Paulo e vice-presidente da ABIH Nacional; CELIO ASHCAR JR. – chairman da Associação de Marketing Promocional (AMPRO) e diretor da Aktuellmix; CHIEKO AOKI – presidente da Blue Tree Hotels e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; CIRCE JANE TELES DA PONTE, presidente do Sindicato das Empresas Organizadoras de Eventos e Afins do Estado do Ceará (Sindieventos/CE); DARLENE LOFARE – diretora da Gauche Promoções e Eventos; EDUARDO SANOVICZ – presidente da ABEAR, ex-presidente da Embratur e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; ELZA TSUMORI – presidente do Fórum das Entidades do Setor de Eventos (For/Eventos), ex-presidente e atual conselheira da Associação de Marketing Promocional (AMPRO), diretora da Casa Barcelona e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; ERALDO ALVES DA CRUZ – secretário executivo do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da CNC, ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH Nacional) e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; FÁTIMA FACURI – presidente da Associação Brasileira das Empresas de Eventos (ABEOC Brasil) e diretora da Open Brasil; FERNANDO GUNTOVITCH – presidente da The Group; FERNÃO LOUREIRO TANAKA - Philips LATAM Business Travel Manager Indirect Materials & Services; GAETANO LOPS - CEO da GAEL – Grupo de Ativação e Experiências Live; GETÚLIO TAMADA – diretor da Associação Brasileira das Empresas de Eventos São Paulo (ABEOC São Paulo), da Associação Brasileira de Stands e da Hotma Stands e Arquitetura; JUAN PABLO DE VERA – presidente da União Brasileira de Promotores de Feiras (UBRAFE) e vice-presidente para América Latina da Reed Exhibitons; LUIZ ARRUDA – Global Board Member and Managing Partner da Avantgarde; MAURÍCIO MAGALHÃES – diretor da Agência Tudo; MICHAEL NAGY – diretor executivo do Rio Convention & Visitors Bureau; PAULO FRIAS – diretor de Vendas South America da AccorHotels; RAIMUNDO PERES – Ex-diretor superintendente do Salvador C&VB e do Iguassu C&VB e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; RODRIGO CORDEIRO – past-presidente da MPI e diretor da MCI Group; ROLAND DE BONADONA – presidente da Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB), sênior advisor na ACCOR South America e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; RONALDO FERREIRA JUNIOR – diretor da Agência Um; ROOSEVELT HAMAM – ex-presidente da Confederação Latino-Americana de Empresas de Eventos (COCAL), da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC Brasil) e da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; SILVANA TORRES – diretora da Mark Up; TONI SANDO – presidente executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo; VANESSA MARTIN – professora da FAAP, Anhembi-Morumbi e Senac e autora de diversos livros; VANIZA SCHULLER – ex-coordenadora de turismo de eventos da Embratur e diretora da VS Consultoria; VINICIUS LUMMERTZ – presidente da Embratur; VARINIA DE MORAES CANTAUX – diretora da Red Star Events do Brasil; WILSON FERREIRA JUNIOR – presidente da Ampro e diretor da Agência Etna.

1. O que mais impactou a indústria de eventos nos últimos 12 meses?

Adenauer Góes
ADENAUER GÓES - Não há dúvidas que a crise econômica nacional de 2015 e 2016 ainda se faz sentir, em especial na grande maioria dos estados brasileiros. Eventos em que se tinha mais tempo para planejamento e execução, agora são realizados em prazos mais curtos. Em que pese o PIB apresentar, pelos números oficiais, um leve crescimento, o IPCA mostrar redução da inflação e a taxa Selic continuar em queda, os efeitos dessa melhora no cenário macroeconômico ainda não surtiram um impacto direto no mercado, nem houve uma percepção clara dessa evolução pelo consumidor. Eu te diria que 2017 foi um ano de transição de um cenário muito desfavorável para um momento de maior segurança para investimentos do setor empresarial.  Não há dúvidas que a crise econômica nacional de 2015 e 2016 ainda se faz sentir, em especial na grande maioria dos estados brasileiros. Eventos em que se tinha mais tempo para planejamento e execução, agora são realizados em prazos mais curtos. Em que pese o PIB apresentar, pelos números oficiais, um leve crescimento, o IPCA mostrar redução da inflação e a taxa Selic continuar em queda, os efeitos dessa melhora no cenário macroeconômico ainda não surtiram um impacto direto no mercado, nem houve uma percepção clara dessa evolução pelo consumidor. Eu te diria que 2017 foi um ano de transição de um cenário muito desfavorável para um momento de maior segurança para investimentos do setor empresarial.

O Estado da Indústria
ALBERTO CESTRONE - Tanto o turismo de lazer, quanto o corporativo e de eventos, foram impactados negativamente pela grande instabilidade política que resultou em forte desaquecimento econômico e afetou o desempenho da indústria de eventos. Neste cenário, muitas empresas não deixaram de realizar seus eventos, mas estes diminuíram de tamanho pela necessidade de retenção de gastos das empresas. Esse fator levou o mercado a trabalhar com eventos mais econômicos, regionais e com forte presença de soluções virtuais, evitando, por exemplo, o deslocamento de um palestrante estrangeiro apenas para falar para o público de determinado evento. Outra característica que já vem sendo sentida nos últimos anos é a diminuição do tempo de contratação e fechamento dos eventos, cada vez mais ´em cima da hora´, não permitindo que os fornecedores trabalhem com projeções.


Alexandre Marcílio
ALEXANDRE MARCÍLIO
- No caso do Transamérica Expo Center, não sofremos nenhum impacto negativo, pelo contrário, tivemos um ano excelente com número recorde de eventos.

Alexandre Sampaio, presidente da FBHA
ALEXANDRE SAMPAIO - Sem dúvida, os Jogos Olímpicos no Rio e em outras cidades aonde modalidades foram disputadas. O alcance midiático alcançado a nível mundial, com centenas, talvez milhares de reportagens correlatas, que com certeza abordaram nossa capacidade de realização no setor MICE, colocaram o Brasil em outro nível competitivo para atração de eventos internacionais, sejam de que proporção for. Houve falhas, com certeza, mas o saldo foi altamente positivo e estamos com crédito, agora nos resta explorar esta boa imagem que ficou de legado.



Ana Luisa Diniz Cintra
ANA LUISA DINIZ CINTRA - Reflexo da instabilidade econômica e suas turbulências, houve significativa redução de patrocinadores na maioria dos eventos, redução de participantes e muita negociação comercial. As áreas que se destacaram de forma positiva na promoção de eventos foram as de tecnologia, mídia digital, estética e algumas da saúde.

ANDRÉA NAKANE - O desafio de equilibrar o high tech com o high touch.

Anita Pires
ANITA PIRES 
- A Indústria de Eventos, como todo o Brasil, viveu um ano de grande instabilidade política, social e econômica, com impactos profundos na economia e, assim sendo, no mercado de eventos. Os eventos corporativos e por adesão tiveram uma queda de cerca de 30%. Houve um debate intenso sobre compliance que também impactou nos congressos e destinos dos mesmos. Os eventos com orçamentos menores enxugaram os gastos e se transformaram reuniões locais.

Antonio Dias
ANTÔNIO MAURÍCIO DIAS
- Sem dúvida alguma a crise continuada. Acreditava-se, em 2016, que o ano de 2017 seria um ano de retomada de crescimento, entretanto 2017 foi um ano de crescimento muito baixo. Como viemos de grandes reduções em 2015 e 2016, o ano de 2017 teve como principal característica a continuidade de um ambiente econômico desfavorável. A grande maioria das empresas e associações mantiveram uma postura de muita cautela e redução de orçamento em seus eventos.

Aristides de La Plata Cury
ARISTIDES DE LA PLATA CURY
- A crise econômica e as disrupturas nos serviços.

Armando Campos Mello
ARMANDO CAMPOS MELLO
- No setor de Feiras, a resposta positiva aos negócios, mais as negociações de novos contratos para 2018 e 2019.

Bruno Omori
BRUNO OMORI
- No início do ano, tivemos a crise política com indefinições institucionais que dificultaram a recuperação da economia e, consequentemente, do mercado de eventos e turismo, todavia, mesmo com este cenário, a demanda permaneceu estável e não foram observadas as significativas quedas que ocorreram no ano passado e retrasado. Após o mês de junho, e em todo 2º semestre de 2017, a demanda de eventos, principalmente corporativos, cresceu em quase 20%, que impactaram em mais de 8% no fechamento de eventos, especialmente dentro do mercado hoteleiro, que se iniciou na cidade de São Paulo e, gradativamente, foram se espalhando para os demais destinos de negócios e, consequentemente, todo o país.

Célio Ashcar Jr.

CELIO ASHCAR JR, - Estamos vivendo um ótimo momento para o Live Marketing, que teve início na Copa 2014 no Brasil. Desde então, as demandas estão crescendo e, como consequência, também aumenta a importância da real necessidade das nossas ferramentas.





Circe Jane Teles
CIRCE JANE TELES
- A redução do tamanho dos eventos, principalmente das feiras e exposições.



CHIEKO AOKI - A situação econômica do país, impactada pelas crises política e de credibilidade, geraram instabilidade e falta de confiança no futuro do país, com consequente baixo nível de investimento, demanda e de poder aquisitivo da população que impactaram na realização de eventos.

Darlene Lofare
DARLENE LOFARE
- A crise econômica e política.


Eduardo Sanovicz
EDUARDO SANOVICZ
- Sua afirmação como um dos instrumentos que podem receber os recursos que as mídias tradicionais estão perdendo. Eventos que signifiquem conteúdo inédito e experiências de relevância, crescem e consolidam-se.


Elza Tsumori
ELZA TSUMORI
- Eu não mudei de opinião sobre a continuidade da visão de curto prazo do empresariado da área, em detrimento da busca de criatividade e não deixo de louvar o crescimento da ilha de excelência que emergiu no horizonte. Mas tem me impactado muito o aumento da violência nas grandes metrópoles, pela total paralisia e incompetência do poder público, e isso pode levar a um caos que terá influência negativa no nosso setor. Devemos abrir os olhos e procurar uma forma inteligente de dar a contribuição que a área privada tem condições e poder. De forma igual, me impactou o aumento da “censura” de diversas formas, como a que aconteceu nas Artes Plásticas, confundindo expressão artística com atitude imoral. Se não conseguirmos distinguir as diversas camadas de síndrome que se cria numa sociedade complexa, acabamos por criar um autoritarismo baseado apenas numa fina camada de moral unilateral. O outro impacto é a política. Nosso país está sem governo e os governantes continuam fazendo a mesma coisa que sempre fizeram nos últimos anos: buscar o proveito próprio.


Eraldo Alves da Cruz
ERALDO ALVES DA CRUZ
- As novas tecnologias.



Fatima Facuri
FÁTIMA FACURI
- A crise econômica e política do país impactou negativamente o mercado de eventos. A falta de lançamento de produtos e investimentos causa uma retração grande na indústria.


Fernando Guntovitch
FERNANDO GUNTUVITCH - A interação off e online vem impactando a indústria de eventos nos últimos tempos. Hoje, o principal desafio é a criação de conteúdos relevantes para que sejam postados e compartilhados. De forma geral, abrangendo não só a indústria de eventos, mas tantas outras frentes de negócios, vivemos em tempos de grande conexão digital e o resultado disso é a importância da integração entre o mundo real e o virtual. O consumidor está à procura de novas experiências, novos momentos que possam ser compartilhados e é isso o que devemos proporcionar a ele.

Fernão Loureiro
FERNÃO LOUREIRO TANAKA
- A depressão econômica, sem dúvida. Creio que uma competição acirrada por clientes nunca fui tão abordada por agências de marketing e eventos.


Gaetano Lops
GAETANO LOPS - A capacidade que esta indústria tem de se reinventar quando a economia está indo mal. Ano passado foi terrível para o Brasil, mas a indústria de eventos sobreviveu e bem. Assim como um camaleão, tem a capacidade de se adaptar aos momentos de crise e exercer seu papel de protagonista para ajudar as empresas a saírem da lama. Nunca foram feitos tantos shows internacionais como agora. Nunca se teve tantos congressos, tantos eventos corporativos como no último ano. Nosso papel é o de transformar sonhos em realidade, utilizando o lúdico como ferramenta principal, de forma que encante as pessoas e, mesmo se dinheiro na carteira, o brasileiro não deixa de sentar na mesa do bar para tomar aquela cerveja, curtir seu carnaval ou dar um presente, mesmo que mais barato, no Natal. Todos precisam de uma válvula de escape, e é aqui que a indústria de eventos entra com força.

GETÚLIO TAMADA
- A retomada dos negócios. Embora numa base fraca, ela veio tendo uma melhora significativa, o que me faz crer que teremos um 2018 de crescimento.

Juan Pablo de Vera
JUAN PABLO DE VERA
- A reativação da economia local. As medidas adotadas pelo Governo para recuperar a confiança do mercado. A competência das empresas do setor em demostrar o valor do Marketing dos Eventos como verdadeiras ferramentas de geração de resultados.

LUIZ ARRUDA - Muitos podem dizer que a crise foi o maior impacto, mas, na nossa visão, o momento que vivemos apenas “provocou” o Mercado nos últimos meses. Todos sentiram a necessidade de inovar e se reinventar para atender expectativas ainda mais exigentes dos clientes. Isso porque o maior impacto nos últimos 12 meses foi o fato de que os eventos deixram, de uma vez por todas, de ser uma ferramenta tática dentro das empresas para ser extremamente estratégica. Exigindo mais de todos os envolvidos no processo, em todos os âmbitos, criação, planejamento, produção, hotelaria, A&B, cenografia e tecnologia. Os eventos passaram, em muitos clientes, a ser a principal ferramenta de Marketing, considerando o momento econômico vivido. Assim, criar engajamento deixou de ser um “plus” para ser o mínimo, gerar impacto e recall passou a ser básico, ser imponente sem esbanjar se tornou meta e se destacar na vida dos consumidores o maior objetivo.



Maurício Magalhães
MAURÍCIO MAGALHÃES -
Sem dúvida, a crise no Brasil, que gerou falta de confiança e consequentemente investimentos. Foram 2 anos atípicos, com enormes impactos em toda cadeia de eventos.



Michael Nagy
MICHAEL NAGY - No momento pós Megaeventos, o foco foi em demonstrar a nova infraestrutura que a cidade do Rio tem para atender qualquer tipo de evento. Obviamente, esse trabalho começou há mais de dois anos, mas, hoje, 12 meses depois que iniciamos o ano com 33 congressos captados, estamos fechando o ano com 345 até 2027, gerando 1,8 bilhões de dólares e 1,835 milhões de participantes. Com isso em mente, o impacto foi positivo em relação à indústria, precisamos agora explorar isso muito mais em 2018/2019.


Paulo Frias
PAULO FRIAS
- Em 2017 ainda sentimos o efeito da crise política e econômica do país, que afetou diretamente o planejamento de viagens e eventos das empresas, devido à redução de custos.


Raimundo Peres
RAIMUNDO PERES
- As novas tecnologias na gestão e organização dos eventos.



Rodrigo Cordeiro
RODRIGO CORDEIRO – Migração de investimentos de Comunicação e Marketing para o setor de eventos. Nem todos perceberam essa mudança, mas ao organizarmos os eventos mais relevantes de cada setor, sentimos isso com o aumento do investimento médio do patrocínio, porém, para obtermos esse resultado, reinventamos os formatos que colocamos à disposição dos patrocinadores e expositores, além de aceitarmos maximizar a personalização de contrapartidas.



Roland Bonadona
ROLAND DE BONADONA
- Os efeitos da recessão, levando as empresas a reduzir tanto o número quanto o orçamento, calibragem dos eventos programados, porém com retomada progressiva no segundo semestre.



Ronaldo Bias Ferreira Jr
RONALDO FERREIRA JUNIOR - A forte redução de budget por parte dos clientes. A demanda por eventos foi grande, porém a verba reduzida drasticamente.


Roosevelt Hamam
ROOSEVELT HAMAM - A crise econômica e política enfrentada pelo Brasil afetou sensivelmente o nosso setor, com impacto no número de participantes e redução de verbas de patrocínio. A expectativa de reação de nossa economia e do final da recessão seguramente nos conduzirá a melhores resultados em 2018.



Toni Sando
TONI SANDO - Foram diversos os fatores, tanto externos quanto internos. Temos ainda a crise política e econômica que persiste e que, em 2017, contou com capítulos relevantes, com delações e investigações, que além de causarem impacto profundo na vida pessoal e profissional de todos, também atrasaram na evolução de pautas mais importantes no Legislativo; há também a necessidade de reinvenção de modelos de negócios, tanto diante dos novos propósitos da existência do mercado de eventos, assim como o comportamento das atuais gerações frente a produtos e serviços. Espelho desse complexo momento, há tantos eventos que batem recorde de público com relevância mundial, como ocorre com a Comic Con Experience, quanto encontros que não batem suas expectativas.


Silvana Torres
SILVANA TORRES - O custo por participante teve uma subida significativa em 2017. Acho que em 2018 esse aumento vai se manter. Isso causou: redução de budget, redução de participantes, escolha de hotéis em locais mais próximos da matriz para evitar compra de bilhete aéreo. Quem fazia seus eventos no Nordeste, Bahia e Rio Grande do Norte, agora está escolhendo no eixo São Paulo e Rio de Janeiro, aonde o custo da infra é menor.

O Estado da Indústria
VANESSA MARTIN - O aumento da relevância e utilização da tecnologia nos eventos, através das mídias sociais, inteligência artificial e outros recursos e em inúmeras aplicações e a consequente valorização das métricas de avaliação e desempenho.


O Estado da Indústria
VANIZA SCHULLER - O primeiro semestre de 2017 foi muito ameaçador, com a propagação de um ambiente de receio e de insegurança econômica que obrigou revisão de prioridades e reordenamento de investimentos nos eventos. Acho que isso sempre é um exercício necessário, mas pouco utilizado fora dos momentos de crise. Então, por essa ótica, penso que a crise trouxe consigo esse benefício de reavaliação.

Varinia Cantaux
VARÍNIA CANTAUX - A indústria vem sofrendo muito com a crise econômica e a descrença política do país que afasta as multinacionais e seus investimentos. Não bastando isso, temos sofrido nos últimos dois anos um problema muito grave de inadimplência e atrasos nos compromissos financeiros assumidos por parte dos clientes, algo que raramente acontecia antes.


Vinicius Lummertz
VINICIUS LUMMERTZ - Após um ciclo de eventos, agora o Brasil vem retomando a normalidade. Acredito que a instabilidade institucional e econômica pela qual o país passou no último biênio afetou todos os setores. Mas 2017 mostrou-se um ano de retomada. O desafio maior em todas as áreas foi conseguir manter-se de pé durante esta maré turbulenta, mas que, com grande resiliência, que é uma característica preponderante de nós brasileiros, 2017 foi um ano melhor que o anterior.

WILSON FERREIRA JUNIOR - Certamente a grande questão foi a recessão econômica, que afetou toda a atividade produtiva, incluindo a indústria de eventos.

2. Quais as perspectivas da indústria no biênio 2018/19?

ADENAUER GÓES - Eu prefiro ver o copo meio cheio, portanto, creio que as perspectivas são animadoras. Com a economia continuando a dar sinais de melhoras, podemos ter um biênio com saldo extremamente positivo para os mais diversos setores da cadeia do turismo, incluindo o segmento de eventos. Em particular no Estado do Pará, o governo Simão Jatene tanto aposta no setor que inauguramos, recentemente, neste mês de dezembro, o Carajás Centro de Convenções, na cidade de Marabá.

ALBERTO CESTRONE - Acredito que a aparente definição do cenário político, e as medidas de ajuste que o governo está tentando implementar, cria condições para que os próximos dois anos sejam de lenta retomada e recuperação da economia, pela confiança gerada no investidor, o que permitirá que a indústria de eventos retome o fôlego.

ALEXANDRE MARCÍLIO - O ano de 2018 mostra-se muito bom. Prevemos mais um crescimento, desta vez da ordem de 4%, apesar de ser um ano de Copa do Mundo, o que impacta diretamente no remanejamento de eventos para antes ou depois do período.

ALEXANDRE SAMPAIO - Nos restringindo a eventos, mas podendo extrapolar para outros setores do turismo, diria que, na nossa ótica, as perspectivas internas não são alvissareiras. Temos Copa do Mundo, eleições, uma ainda frágil e lenta recuperação econômica e fatores externos incontroláveis, como a recente reforma fiscal americana. Claro que a exportação de brasileiros para a Rússia deve gerar muitas viagens e o mercado interno de lazer deve crescer se houver estabilidade econômica, mas pode correr um risco dado a agenda política e congressual. Para 2019, se o pleito eleitoral correr bem, as percepções são melhores, mas ainda temos algumas reformas fundamentais para o corporate, como as alterações na legislação tributária, o pacto federativo, a aprovação do pacote Brasil + Turismo, com a modificação estrutural da Embratur, modernização da lei geral do setor turístico e a possibilidade de cem por cento de capital internacional nas companhias aéreas brasileiras. Não devemos esquecer da liberação do jogo e a nomeação de um ministro da pasta afinado com o segmento.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - De crescimento, mas moderado.

ANDRÉA NAKANE - Os eventos continuarão a ser considerados como veículos de comunicação dirigida de grande impacto pois podem gerar relacionamentos, propiciar experiências e conhecimentos, além de reverberar posteriormente a sua realização por meio de conteúdos gerados no mesmo, o que amplia sua força e até mesmo amplitude de target. Razão pela qual permanecerá como item de maior reserva de receitas mais importantes no budget das empresas, tanto como promotoras como patrocinadoras.

ANITA PIRES - Estamos percebendo que há uma pequena melhora em 2018, mas com preocupações com o ano eleitoral e talvez a Copa do Mundo também. Melhora em 2019 desde que o Brasil faça as reformas de base e mantenha o crescimento previsto. Já estão aparecendo demandas de agenda para 2019.

ANTÔNIO MAURÍCIO DIAS - 2018 promete ser o real ano da retomada do crescimento. As projeções são conservadoras, ou seja, a retomada não será rápida, mas indicadores importantes, como nível de desemprego, tiveram mudanças importantes (de 14 milhões de desempregados para 13 milhões). Níveis de estoques da indústria em geral está baixo, demanda reprimida por vários anos de baixas vendas de bens de consumo indicam que qualquer retomada do consumo irá gerar um efeito positivo na economia. Apesar das reformas importantes (previdência sendo a principal) ainda não terem sido aprovadas e a grande dúvida sobre as eleições presidenciais, acredita-se num biênio de retomada do crescimento.

ARISTIDES DE LA PLATA CURY - Um pouco menos negativas, pela retomada do crescimento econômico e a assimilação das disrupturas pelo setor. No sentido contrário, em 2018 impactam negativamente a Copa do Mundo FIFA em junho/julho e as eleições.

ARMANDO CAMPOS MELLO - Crescimento acima dos índices do PIB Brasileiro na maior parte dos setores, ainda com mais força no agronegócio.

BRUNO OMORI – No primeiro semestre deverá ser mantida uma taxa de crescimento entre 5% a 9% no mercado de eventos. Como entramos em ano de eleições, podem existir variações pelas incertezas de qual candidato comandará o Brasil pelos próximos anos, a aprovação dos jogos, especialmente dos Cassinos, deve potencializar o mercado de turismo e eventos no Brasil com novos diferenciais estratégicos, com investimentos estrangeiros e novos produtos de qualidade internacional, além de diferenciais no entretenimento que atrairão novos mercados consumidores.

CELIO ASHCAR JR. - As perspectivas são positivas, mas com muito trabalho. As verbas estão menores, mas o volume é maior. O famoso ‘mais por menos’. Temos que ser assertivos e preparados para operar com grande volume de demanda.

CHIEKO AOKI - Avaliações de economistas e empresários é que atingimos o fundo do poço e que 2018/19 serão anos melhores, pela queda da inflação e a lenta, mas positiva, recuperação da economia. Mas ainda não é hora de alto nível de entusiasmo e sim de trabalhar séria e fortemente, colaborando para a rápida recuperação do mercado, que depende do empenho de cada cidadão. A economia não gera, quem gera são as pessoas.

CIRCE JANE - Melhora gradual dos indicadores e introdução de novas tecnologias para aumentar o interesse dos participantes, além de buscar a redução de custos.

DARLENE LOFARE - Devido à eleição, esperamos a indústria parada.

EDUARDO SANOVICZ - Quem seguir a perspectiva aberta com o cenário que descrevo na questão anterior, vai crescer e consolidar-se.

ELZA TSUMORI - Diria que esse ano vai ser um pouco melhor do que o ano passado para o mercado MICE. Principalmente os eventos que tem o fundo comercial. Para as empresas que investem no futebol, esse é um ano de mais uma Copa do Mundo. Vejo uma possibilidade de unir, com algum sucesso, a área cultural com o turismo, tendo como amálgama os eventos. E a tecnologia aplicada galgando cada vez mais o lugar de ator coadjuvante. Eu sempre vi que entre o surgimento de uma inovação e sua aplicação no mercado demora uns cinco anos. Acho que esse tempo de surgimento em cena, para alguns aplicativos e sistemas, está chegando.

ERALDO ALVES DA CRUZ - São de crescimento pela necessidade que a indústria, comércio e outros sentem de se aprimorar nos novos tempos.

FÁTIMA FACURI - O cenário econômico mudou para melhor e essa mudança vai refletir positivamente em investimentos de eventos.

FERNANDO GUNTUVITCH - A expectativa é de eventos cada vez mais integrados, com conteúdos relevantes e maior uso de tecnologia. Acredito que devamos proporcionar novas e melhores experiências aos nossos consumidores, além de histórias para contar. Hoje, mesmo trabalhando com um evento, a integração entre off e online é essencial para a excelência de uma campanha integrada. Toda informação e conteúdo gira em torno do Digital, sendo necessário pensar além do Live Marketing, mas sim no Digital Live.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - Retomada de viagens de incentivos em destinos mais caros, eventos mais grandiosos – mas a marca da austeridade imposta nos últimos anos deve influenciar os profissionais, o que é bem positivo sob o ponto de vista de um comprador como eu.

GAETANO LOPS - Vai depender um pouco do resultado da eleição. Todos queremos e precisamos de estabilidade econômica e, se isso acontecer, a economia voltará a dar sinais de vida e tudo vai crescer, inclusive a nossa indústria. Vivemos um momento importante de inovação tecnológica no setor, com novas experiências para os consumidores e uma necessidade latente de renovação nos formatos tradicionais dos grandes eventos existentes. O Carnaval é um grande exemplo disso, pois passou por um lifting nos últimos anos com o boom dos blocos de rua, uma tradição que voltou à tona como novidade, abrindo um Mercado incrível para marcas e empresas do setor atuarem. O mesmo deverá acontecer com outros grandes eventos, como réveillon e São João.

GETÚLIO TAMADA - Como é de conhecimento geral, em época de crise é quando mais aprendemos, seja na gestão das empresas como na seleção das fontes de receitas e despesas. Eventos pouco ou não rentáveis deverão ser postos de lado para nos concentrarmos em novos negócios e novas parcerias. Sinto que todo o aprendizado obtido neste ano de 2017 será de grande valia para 2018 em diante. Espero um grande ano.

JUAN PABLO DE VERA – A nível local acredito numa recuperação gradual, lenta mas sustentável, nos níveis de atividade e uma preocupação maior em demostrar o ROI dos investimentos aos clientes.

LUIZ ARRUDA - Acreditamos que quem conseguiu se preparar durante os últimos 24 meses, se estruturando de forma inteligente, se reinventando, entendendo as necessidades do mercado e pensando para frente vai colher os frutos em ’18 e ’19. São anos muito promissores, uma vez que em 2017 conseguimos fazer grandes entregas com grandes resultados, provando que Eventos não são apenas a “borda do plano” e sim o centro.

MAURÍCIO MAGALHÃES - A princípio, 18 tem se apresentado, em perspectiva, um ano melhor que os dois últimos. A sensação de que a iniciativa privada se reinventou e tocou a vida dentro de outras premissas e, em minha opinião, 19 ainda está “sob judice”, em função das eleições e de reformas necessárias. Caso avancemos nesses dois quesitos de forma positiva, em 19 o Brasil ARREBENTA!

MICHAEL NAGY - As perspectivas são positivas. Já sentimos nos eventos corporativos um aumento de demanda, reflexo da melhoria do cenário econômico, e a demanda ou pedidos para o próximo biênio estão positivos em comparação com 2017. Ano de eleição também vem a compor mais eventos, dada a necessidade de discutir assuntos. Assim, o futuro está positivo. Não esquecendo a implementação do Calendário de Janeiro a Janeiro, que trará frutos em 2018, mas, com a consolidação dos eventos, 2019 será ainda mais positivo!

PAULO FRIAS - Apesar de ainda ser um ano bastante desafiador, 2018 chega com uma perspectiva mais positiva que os anos anteriores.

RAIMUNDO PERES - Com a recuperação da Economia, as perspectivas de crescimento da Indústria dos eventos são esperadas.

RODRIGO CORDEIRO – Disruptura, criação de novos formatos de relações comerciais entre clientes / organizadoras / fornecedores com excelentes oportunidades a quem estiver disposto a se ajustar à nova realidade do mercado.

ROLAND DE BONADONA - 2018 deve confirmar a recuperação. Os sinais positivos (retomada da criação de empregos, queda dos juros, retomada dos investimentos) ajudarão a estimular a retomada da programação de eventos. Para que esta retomada se consolide, precisaremos de uma nova liderança no governo e no Congresso, capazes de instalar uma nova governança do país, moderna, responsável e sustentável.

RONALDO FERREIRA JUNIOR - Vamos melhor. Já passamos pela reação de susto e adaptação dos clientes à crise. O que era crise hoje virou tendência, então, as empresas já se adaptaram e estão voltando a operar sem medo, uma vez que o cenário já é conhecido.

SILVANA TORRES - A Indústria tem que se reinventar, fazer diferente e já percebemos uma mudança por parte das grandes marcas. Valores que eram considerados importantes hoje são secundários. Como toda boa crise, nos obriga a fazer diferente, traz um frescor, traz surpresas.

TONI SANDO - O mercado está olhando com otimismo para os próximos anos. Ainda sentimos a crise, mas também estamos vivenciando a reação com o PIB, meta de inflação, retomada do emprego e nova legislação trabalhista. Quem atuou com resiliência e se manteve firme, com mudanças e adaptações necessárias, terá um momento em que poderá se destacar e crescer com protagonismo. Mesmo que ainda muito influente, parte da iniciativa privada vem se descolando da política, buscando se organizar e desenvolver o setor, paralelo ao andamento dos projetos, medidas provisórias e leis. Outra parte promete uma atuação mais forte junto à política, lançando inclusive candidatos que surgiram da iniciativa privada. Os dois lados se complementam e isso promete um cenário otimista para o País. Em São Paulo, há uma ansiedade quanto ao andamento da privatização dos equipamentos públicos, dando mais autonomia aos executivos e empresas, desburocratizando novos investimentos e gerando oportunidades. São Paulo se tornará ainda mais competitiva e atraente, junto aos demais players do mercado.

VANESSA MARTIN - Estou otimista. Concordo com alguns executivos que dizem que "o começo da solução de um problema é a sua identificação", o que vale para o cenário de grande exposição dos problemas graves de corrupção e desigualdade, entre outros. Entre as empresas, acredito que se destacará quem tiver agilidade e inovação.

VANIZA SCHULLER - Creio na superação desse cenário de instabilidade. Não sou tão otimista como alguns colegas, que preveem grandes crescimentos, mas teremos um ambiente mais favorável para mantermos e desenvolvermos projetos com qualidade, sem estarmos tão somente limitados a baixos custos.

VARÍNIA CANTAUX - Em reuniões com clientes de diversos setores do mercado, é bastante animador ouvir que a indústria está retomando e que os investimentos voltarão gradativamente a serem feitos – o que nos anima bastante.

VINICIUS LUMMERTZ - 2018 é um ano de recuperação econômica, mas também um ano marcado pelas eleições, o que ainda acarreta certa instabilidade. Para o setor de eventos, é uma boa oportunidade. Após o ciclo de grandes eventos, o setor MICE pode voltar a crescer, agora com mais infraestrutura para atender os públicos nacional e internacional.

WILSON FERREIRA JUNIOR - Trabalhamos – e já estamos sentindo – com a perspectiva de crescimento de no mínimo 10% em 2018 e pelo menos mais 10% em 2019.

3. Se você pudesse mudar um aspecto na indústria de eventos e turismo, o que seria?

ADENAUER GÓES - Os velhos formatos que ainda são postos em prática. A indústria de eventos e turismo deve buscar uma aproximação maior com o consumidor final. Deve ter uma proposta de experiência e interação.

ALBERTO CESTRONE - O olhar verdadeiro dos poderes públicos (municípios, estados e União) para a força que a indústria de eventos representa para o Brasil. Avanços foram obtidos nos últimos anos pela atuação das associações e mercado em geral, mas temos ainda um longo caminho a percorrer.

ALEXANDRE MARCÍLIO - A indústria em si vai se adaptando à realidade. Somente as taxas cobradas pela Prefeitura é que não fazem sentido. Taxa por visitante, altíssimas taxas para CET e outras.

ALEXANDRE SAMPAIO - Muitas coisas para serem alteradas, todas muito prioritárias, no campo fiscal e burocrático nos três níveis de governo. Para ser abrangente, talvez um ministério com razoável orçamento, que pudesse interagir com o Confaz, que tivesse um fórum interministerial presidido pelo MTur, com apoio do Planalto, com reuniões no mínimo trimestrais e um Conselho Nacional de Turismo reformado, com poderes deliberativos de pelo menos encaminhar propostas.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - A melhoria das oportunidades de geração de negócios nos eventos e encontros do setor.

ANDRÉA NAKANE - A reformulação da dinâmica do associativismo. Há inúmeras entidades no mercado, que se fragmentou no tempo e no espaço, o que enfraquece as reais pressões e projetos uníssonos. Isso não só fragiliza, mas acaba também depondo negativamente, já que o próprio mercado representativo não se une. A prática de cada um olhando para o seu umbigo, infelizmente impera.

ANITA PIRES - Com certeza a profissionalização, que é uma tarefa que passa pela educação e cultura técnica, com fortalecimento das entidades do setor que tem um papel fundamental nesse processo.

ANTÔNIO MAURICIO DIAS - A crise fez com que o mercado corporativo reduzisse em muito a antecedência da decisão de um evento. Convenções importantes de grandes empresas são muitas vezes decididas com menos de 3 meses! Essa falta de programação é nociva para toda a indústria. Espero que a retomada da economia retorne à antecedência típica do mercado brasileiro pré-crise, algo como 6 a 8 meses para o mercado corporativo.

ARISTIDES DE LA PLATA CURY - As nomeações políticas descabidas no Ministério do Turismo.

ARMANDO CAMPOS MELLO - Não existe mudança de sugestão única e sim necessidade de maior conscientização coletiva, seriedade, números reais e, por fim, mais planejamento.

BRUNO OMORI – Integração do calendário de eventos, criando sinergia e interação de acordo com a sazonalidade do mercado turístico, com foco no aumento da produtividade e rentabilidade do setor de turismo. Como exemplo, podemos citar que tem períodos que existem 2 ou até 3 grandes feiras na mesma semana e entram em conjunto um grande show internacional na cidade de São Paulo que causam excesso de demanda, e por outro lado tem semanas que ficam sem nenhum evento de grande porte, fatos que diminuem a qualidade dos eventos, dos fornecedores e até da infraestrutura do destino. Uma agenda inteligente, como é elaborada em destinos como Nova York, Tóquio e Las Vegas, otimizando rentabilidade, inteligência, ocupação e produtividade.

CELIO ASHCAR - Falta ainda uma melhor relação sustentável entre cliente e agência. Em momentos de turbulência econômica, estamos perdendo a chance de criar um modelo mais saudável. Estão todos desesperados, querendo conter o incêndio, sem parar para pensar de onde ele está vindo, foco e a sua causa.

CHIEKO AOKI - Assim como notamos na rotina de nossas vidas, o mundo vem mudando, inovando contínua e rapidamente. A tecnologia tem feito mudanças radicais e acredito que impactará o mercado de eventos. Pessoalmente, penso que, antes de mudar, devemos melhorar o que fazemos, com mais tecnologia, qualidade dos serviços e da infraestrutura. Ser muito exigentes e melhorarmos continuamente o padrão de nossos eventos, com, por exemplo, nível invejável de segurança. Devemos ter a ambição de sermos os melhores.

CIRCE JANE - Um plano de promoção pública e privada dos destinos reconhecidos e a construção de novos destinos como forma de aumentar a atividade no setor.

DARLENE LOFARE - Criação de uma empresa cujos cotistas fossem agentes da indústria e que fizessem a promoção do turismo independente do governo. Com orçamento próprio e metas privadas.

EDUARDO SANOVICZ - Consolidaria diversos eventos de setores semelhantes o mais rápido possível em menos atividades, com mais profundidade e diversidade de opções, diminuindo custos e ganhando relevância na agenda das pessoas.

ELZA TSUMORI - Promover a união do setor com seus complementares, através da visão integrativa e as vantagens dessa união.

ERALDO ALVES DA CRUZ - Não usaria mais as metodologias antigas e que ainda conseguem sobreviver, mas sem a mesma atratividade.

FÁTIMA FACURI - Mudaria o modelo de negócios predador.

FERNANDO GUNTUVITCH - Um aspecto que mudaria nessa indústria seria a possibilidade de um maior controle da efetividade de um evento, através de um ROI, por exemplo, ou de alguma outra possibilidade de medição e controle.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - Não mudaria, acrescentaria mais oportunidades de qualificação para a base em parceria com o poder público (como quando ocorrem grandes eventos nacionais).

GAETANO LOPS - A forma como os clientes compram nossos serviços e a burocracia das cidades e estados. Os departamentos de compras dos clientes continuam querendo comprar a expertise de eventos como se estivessem comprando parafuso, e isso desvaloriza completamente o trabalho do setor inteiro. Naturalmente é uma roda viva, alimentada por empresas do nosso setor que topam fazer por qualquer valor um serviço, e isso retroalimenta os compradores dando embasamento para que eles continuem comprando nossos serviços como um produto qualquer. Quanto ao turismo, a burocracia é o principal problema. O Brasil é um país turístico. A quantidade de destinos turísticos que temos é grandiosa, mas muito mal explorada porque o setor público trabalha mal esse tema. O Rio de Janeiro sempre fez um trabalho diferenciado nesse setor, mas a segurança tem detonado todos os resultados obtidos até aqui, mas o resto do Brasil ainda tem muito potencial. Imagina se metade dos nossos parques no Brasil tivesse a estrutura para receber turistas que os parques americanos têm? Daríamos de 10 x 0 em qualquer país mais desenvolvido.

GETÚLIO TAMADA - Obrigaria a todos os agentes que se dizem líderes no mercado de Eventos a serem menos mesquinhos e individualistas e obrigaria que todos se sentassem à mesa para discutirem o mercado de eventos de São Paulo como um negócio único. Um negócio que gera tanta riqueza e tantos empregos não pode continuar vivendo tão fracionado. Calendário unificado em todos os dias do ano poderá ser um grande começo. Um outro aspecto seria a conscientização ao mercado de turismo, pelo turismo de lazer, a entender que o mercado de eventos é um parceiro e não uma concorrente. Lembrando que o mercado de eventos em São Paulo é o grande gerador de clientes a todo o trade do turismo receptivo de São Paulo, seja na hospedagem, alimentação, transporte e turismo junto aos nossos pontos turísticos.

JUAN PABLO DE VERA - Identificar melhores lideranças que nos representem nas esferas do governo. Em todos os países que entenderam o turismo e os eventos como geradores de riqueza e desenvolvimento, as principais lideranças no Governo são profissionais indicados pela iniciativa privada e conseguem rapidamente impactar as políticas de Estado como eficiência e eficácia.

LUIZ ARRUDA - Acho que a relação entre clientes e fornecedores no Brasil ainda precisa ficar mais clara e objetiva. Termos relações transparentes facilita muito as coisas e nos faz construir relações duradouras. Além disso, o Mercado precisa, cada vez mais, se profissionalizar. Pessoas de evento são marketeiros e precisam entender melhor o que uma entrega diferenciada pode causar na vida do consumidor e marcas. Isso inclui todos os clusters de um evento, sem exceção.

MAURÍCIO MAGALHÃES - Faria na de turismo, nesse quesito somos Neandertal! Temos um potencial gigantesco. Na indústria de Eventos o Brasil é bastante qualificado.

MICHAEL NAGY - Brazil Open for Business, mudaria a burocracia das cidades e poder público com relação à realização de eventos.

PAULO FRIAS - A maturidade na dinâmica das relações do mercado, que ditaria um crescimento linear e sustentável do setor. Outro ponto de mudança seria a capacitação e qualificação dos profissionais deste segmento.

RAIMUNDO PERES - Reduzir os canais de distribuição e logística dos eventos, buscar alicerçar as parcerias com os "players" da Industria, buscar fortalecer a confiança dos "decision makers", customização, aprimorar as tecnologias de atração dos participantes dos eventos ( pelo sistema digital) e da gestão, que as empresas organizadoras dos eventos assessorem os realizadores e promotores na utilização mais atraente dos recursos visuais nas apresentações dos palestrantes (eventos de "meeting rooms") semelhantes às produções de shows.

RODRIGO CORDEIRO – Maior maturidade na cadeia produtiva do setor de eventos para que saibamos nos falar em momentos de alta como falamos nos momentos de baixa.

ROLAND DE BONADONA - Procedimentos burocráticos.

RONALDO FERREIRA JUNIOR - Fortaleceria um pouco mais a cadeia produtiva que representa o setor. O setor ainda é frágil e cede facilmente às pressões dos clientes.

SILVANA TORRES - Se eu tivesse uma varinha mágica, adoraria regulamentar nossa atividade de forma que amadores fossem naturalmente extintos. Hoje, temos profissionais não formados, não treinados, não capacitados, não qualificados colocando em risco a marca e as pessoas, numa entrega mambembe de eventos.

TONI SANDO - A união entre os players do mercado, seja a iniciativa privada, sejam as entidades representativas. Cada qual possui suas pautas e desafios, mas muitas questões podem ser resolvidas com união, e não cada um por si, porém, precisamos profissionalizar cada vez mais as entidades e excluir, de fato, os que não são bem-intencionados pela causa, mas que apenas usam do meio para proveito pessoal. Outro ponto importante é o olhar para a profissionalização do setor. É preciso ter profissionais ainda mais preparados e com visão estratégica, e não somente operacional, para o desenvolvimento da indústria. A Fipe está sendo protagonista ao lançar os cursos de gestão de negócios em turismo e eventos. Senai, Anhembi Morumbi, USP e a própria Academia Visite São Paulo mantém também a formação de profissionais e a capacitação de quem já está no mercado. É preciso fazer mais, para que o setor seja visto com outro olhar.

VANIZA SCHULLER - Penso que temos um conteúdo de informações técnicas para organizadores de eventos pouco qualificado, majoritariamente institucional, sem objetividade e que frequentemente omite os dados mais elementares para o entendimento dos destinos, dos serviços, das estruturas. Também não se observa uma padronização desses conteúdos, tornando o trabalho de levantamento de informações pelos planejadores de eventos muitas vezes árduo e pouco eficaz.

VARÍNIA CANTAUX - A tecla que batemos há tantos anos: profissionalização e menos informalidade.

VINICIUS LUMMERTZ - Quem norteia a atuação é o próprio mercado. O trade tem buscado as melhores saídas para impulsionar o setor. Cabe à Embratur apoiar o setor de eventos, e é o que temos feito. Porém, no momento o orçamento do Instituto é reduzido, e é o que temos buscado mudar. Há um projeto de lei na Câmara dos Deputados, o PL 2724/2015, que transforma a Embratur em agência, e que fará com que a Embratur possa buscar alternativas ao orçamento da União, podendo investir mais na promoção do turismo no Brasil. O trade tem grande importância neste sentido, pois o apoio é determinante para sensibilizar o Congresso para essa importante mudança no panorama da atuação da Embratur.

WILSON FERREIRA JUNIOR - Aprimoraria a capacidade de planejamento dos clientes, a fim de que os projetos pudessem ser realizados com mais prazo, em condições mais justas de negociação em toda a cadeia de valor

4. O que você gosta mais na indústria de eventos?

ADENAUER GÓES - O dinamismo das relações. A indústria de eventos nos permite uma integração ampla com os diferentes atores do setor público e também empresarial, proporciona uma aproximação das diversas cadeias produtivas, une mercados, propicia novos negócios, a construção de redes de serviços e networking.

ALBERTO CESTRONE - A grande versatilidade que ela apresenta, permitindo movimentar vários setores durante a realização de um evento, desde o evento propriamente dito até o turismo de lazer. É sabido que muitos visitantes estrangeiros que vêm ao Brasil para participar de congressos, por exemplo, esticam sua estada para conhecer destinos turísticos brasileiros.

ALEXANDRE MARCÍLIO - Dos desafios, das inovações, das estratégias das promotoras.

ALEXANDRE SAMPAIO - O setor de eventos é holístico na geração de demandas para vários segmentos da economia, sua capacidade de gerar empregos temporários ou perenes é significativa, ademais movimenta um sem número de serviços, propicia receita e impostos nos três níveis, federal, estadual e municipal. Impacta positivamente o turismo, trazendo nacionais e estrangeiros para o destino da realização, consequentemente comércio, alimentação e transporte são aquecidos. Portanto, tudo isto agrada e um evento bem realizado propicia a volta do convencional ou partícipe da reunião, congresso, feira ou seminário para conhecer melhor o destino que sediou.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - Gosto muito das tecnologias presentes nos eventos que vão surgindo a cada ano, as superproduções de estandes, cenários, iluminação. Mas, por outro lado, me encantam as amizades com as lideranças, o aprendizado e o networking que a indústria proporciona a todas as categorias.

ANDRÉA NAKANE - Seu dinamismo e aderência completa com as necessidades e desejos da sociedade.

ANITA PIRES - As infinitas possibilidades desse setor novo em um mundo que tem os desafios de um olhar inteligente nas grandes mudanças e uma mente curiosa e de interesse em tudo que é diferente!

ANTÔNIO MAURICIO DIAS - Seu dinamismo. O mercado de eventos sempre está se reinventando, pedindo novos formatos, novos conteúdos. É um mercado muito dinâmico e por isso sempre muito prazeroso em se trabalhar.

ARISTIDES DE LA PLATA CURY - O efeito multiplicador em praticamente todos os setores da economia.

ARMANDO CAMPOS MELLO - Sua dinâmica e apresentação permanente de novidades, é um mercado vivo!

BRUNO OMORI – O mercado de eventos, atualiza tecnologias e tendências de diversos setores da economia, gera conteúdo técnico, aproxima as pessoas criando sinergia e gerando networking constante, além, é claro, de ser um segmento do turismo que gera emprego e receitas para o desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira.

CELIO ASHCAR JR - A liberdade de criar algo novo todos os dias em diferentes lugares para públicos diversos. É a única ferramenta de comunicação que permite isso. A flexibilidade criativa é algo fascinante.

CHIEKO AOKI - Movimenta grande número de setores da economia, junta e conecta pessoas, possibilitando conhecer novas culturas, negócios, aprendizado e fazer relacionamentos.

CIRCE JANE - A velocidade com que as coisas acontecem e a capilaridade econômica.

DARLENE LOFARE - Os produtos.

EDUARDO SANOVICZ - O momento da abertura do evento.

ELZA TSUMORI - A possibilidade de criar um alto impacto social; por fazer parte da indústria da comunicação; de unir no presente, o passado e o futuro de forma única; ativar todos os sentidos que o ser humano possui para interagir, entre outros.

ERALDO ALVES DA CRUZ - A possibilidade de inovar a cada evento realizado.

FÁTIMA FACURI - A dinâmica do negócio, as oportunidades de crescimento e o relacionamento.

FERNANDO GUNTUVITCH - A possibilidade de inovação e criação, sem dúvida, é um aspecto que me agrada na indústria de eventos. Com novas tecnologias e boas ideias, temos a possibilidade de trazer aos clientes novas experiências e, consequentemente, trazê-los para perto das marcas. Além disso, proporcionar uma experiência “ao vivo“ nos permite estar em constante contato com diferentes pessoas e histórias. Essa interação direta com o público é algo que me agrada: observar reações, surpresas, sorrisos.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - A paixão das pessoas que nela atuam. É incrível ver a maioria dos profissionais produzindo eventos e incentivos espetaculares, muitas vezes com recursos limitadíssimos (humanos, tecnológicos, financeiros). A criatividade e competência dos profissionais de eventos brasileiros são admiráveis.

GAETANO LOPS - Lidamos com a emoção das pessoas. Criar momentos mágicos onde as pessoas se emocionam e saem melhores é o que me faz continuar investindo nesse setor. Você assistir a uma palestra do TEDx no seu computador em casa emociona, mas poder ver ao vivo, de dentro da arena, na frente do palestrante, emociona mais ainda, e isso é o que me move. Essa indústria tem a capacidade de mudar a vida de muita gente, pois emprega indiretamente muitas pessoas e sempre com o mesmo objetivo: criar um mundo mágico para os consumidores. Amo isso.

GETÚLIO TAMADA - A capacidade que os nossos profissionais têm de se reinventarem frente a tantas adversidades que temos no nosso dia a dia. A criatividade não tem fim.

LUIZ ARRUDA - A indústria de eventos é encantadora. Estou nela faz 20 anos e sempre vejo que não temos limites. Num evento você consegue trabalhar com o sentimento das pessoas e essa indústria, que só cresce, cada vez mais está sendo reconhecida pelo cliente e aceita pelo consumidor de forma mais impactante. Esse ganho de força da indústria é o que me motiva diariamente.

JUAN PABLO DE VERA - A dinâmica do nosso setor é verdadeiramente apaixonante. As relações verticais e horizontais geram uma capilaridade pouco usual em outros setores da economia. Além disso, a possibilidade de criar, promover, realizar e comemorar nossos eventos geram excelentes recompensas aos profissionais para aqueles que desejam deixar um legado transcendental na sua atuação profissional.

MAURÍCIO MAGALHÃES – Indústria que gera experiências únicas, emoção, momentos inesquecíveis, e adoro a cadeia produtiva, empresas e profissionais maravilhosos.

MICHAEL NAGY - A contínua necessidade de estar inovando e adaptando as demandas do setor, seja em eventos científicos, técnicos, corporativos, convenções, entretenimento ou live marketing, as tendências e desafios fazem com que você precise estar atento e evoluindo continuamente.

PAULO FRIAS - A versatilidade, o dinamismo, a energia e a criatividade que motiva as pessoas em busca de novidades.

RAIMUNDO PERES - A rentabilidade do setor e as perspectivas de criar uma demanda econômica mais seletiva para novos destinos, especialmente no Nordeste, e redução do índice de sazonalidade.

RODRIGO CORDEIRO – Dinamismo, agilidade necessária para decisões e que finalmente isso está sendo entendido como um setor produtivo e administrado por pessoas de negócio.

ROLAND DE BONADONA - Entusiasmo, reatividade, criatividade e capacidade de mobilizar energias para fazer acontecer.

RONALDO FERREIRA JUNIOR - A necessidade constante de mudança, a provocação diária pela inovação.

SILVANA TORRES - O que mais gosto é da exigência de criatividade, do novo, da busca de um olhar diferente, de engajar participantes de forma que a participação no evento se torne algo inesquecível. Como dizem os artistas, adoram fazer novela e cinema, mas nada é igual ao teatro onde a interação é ao vivo. No evento você sente aquele calor, nele o evento desenhado no PPT ganha vida, o que eu mais gosto nessa indústria é que nele a entrega é ao vivo.

TONI SANDO - É a sua pluralidade. São tantos segmentos envolvidos com o setor. E é impressionante como consegue causar o desenvolvimento social em tão larga escala. Um grande evento consegue movimentar a economia de muitas famílias, do destino, oferece capacitação e voluntariado a estudantes, gera novas oportunidades a empresas e profissionais presentes; e pequenos eventos movimentam a economia local e sustentam a economia criativa, fortalecem a vocação do destino e valorizam o espírito de pertencimento dos moradores.

VANESSA MARTIN - Sua dinâmica, agilidade e poder de transformação do mercado em si e das pessoas que dela dependem, vivem e vivenciam os eventos.

VANIZA SCHULLER - Dinamismo, a efetiva possibilidade de se reinventar, de inovar, ainda que ache que isso pode ser bem mais explorado. Por durarem pouco tempo, terem início, meio e fim, os eventos possibilitam que se utilizem as inovações de forma menos complexa do que nos cenários de atividades permanentes. Vejo os eventos como excepcionais ferramentas de quebras de paradigmas!

VARÍNIA CANTAUX - A dinâmica e a necessidade de termos que estar sempre buscando atualizações e estratégias.

VINICIUS LUMMERTZ - A capacidade de se adaptar e inovar. É impressionante e surpreendente como somos criativos e podemos atender as demandas dos clientes e entreter nossos convidados, com muita qualidade. O Brasil é celeiro de produtores de eventos para o mundo todo. Nossas equipes são incansáveis. O Brasil é conhecido no mundo todo por sua alegria e por ser um país de festas. E cada vez mais somos reconhecidos por saber receber e promover eventos.

WILSON FERREIRA JUNIOR - Da capacidade que os eventos têm de tangibilizar experiências de marca. Eventos podem ser a grande moldura da mágica dos encontros.

5. Qual é o maior problema de nossa indústria?

ADENAUER GÓES - A falta de uma regulação do setor, de leis mais modernas e de um modelo de tributação e impostos que sejam menos onerosos para quem faz o negócio, que é o empresário, sem que os governos deixem de ditar as políticas públicas necessárias ao desenvolvimento da sociedade. Eu parto sempre do princípio que o Estado é indutor, facilitador e planejador da economia, mas, em última instância, quem compra e vende é o mercado. Então, essa é uma via de mão dupla, na qual precisamos evoluir num processo de consolidação para o fortalecimento de toda a cadeia produtiva.

ALBERTO CESTRONE - Muitos de nossos problemas decorrem dos pontos que não são devidamente trabalhados pelos poderes públicos, impactando negativamente nossa atividade, como a falta de regulamentação em áreas importantes, aspectos tributários que muitas vezes inviabilizam o desenvolvimento pleno do setor dentre outros.

ALEXANDRE MARCÍLIO - Taxas, taxas e mais taxas.

ALEXANDRE SAMPAIO - Se nos referimos ao universo de eventos, creio que o maior desafio seria criar uma legislação geral para feiras, que induzisse municípios e estados a dar um tratamento fiscal único para todo o Brasil, nas suas competências. Quanto a congressos e seminários, maior oferta de espaços específicos, uma política de céus abertos, em vias de aprovação no Senado, que deve baratear alguns trechos aéreos nacionais, revisão de alguns tributos da hotelaria que permitisse diárias mais acessíveis em todos os períodos do ano e complementarão a reforma trabalhista para plena implementação das novas regras.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - Num momento em que buscamos o fortalecimento e a sinergia das entidades e empresas, me preocupa o surgimento de mais entidades no setor, o que acaba resultando no enfraquecimento da representatividade das já existentes.

ANDRÉA NAKANE - Ausência de políticas públicas que tenham realmente o foco no segmento de eventos. Em muitos casos é sempre um apêndice. Não há realmente a compreensão de sua força e expressividade.

ANITA PIRES - Um ambiente de negócios com legislação clara, menos burocracia, mais incentivos e profissionais melhor preparados!

ANTÔNIO MAURICIO DIAS - O mercado de eventos é um dos mercados com maior potencial de desenvolvimento no Brasil. Isso porque houve poucos investimentos em termos de complexos e infraestrutura. Aí é a questão de enxergar o copo meio cheio ou meio vazio. Temos uma infraestrutura ainda pouco desenvolvida. Isso é problema ou oportunidade?

ARISTIDES DE LA PLATA CURY - O outro lado da moeda do efeito multiplicador, a baixa percepção da importância do setor por quem não vive nele.

ARMANDO CAMPOS MELLO - As dificuldades de planejar custos, variáveis de insumos básicos (energia, serviços, impostos e taxas).

BRUNO OMORI – Nas esferas federal, estadual ou municipal, o poder executivo definir o setor de Turismo que engloba os eventos como Fator de Desenvolvimento Econômico e Social, com a maior capacidade de geração de emprego e renda e possibilidade de proporcionar o crescimento da economia.

CELIO ASHCAR JR - Falta ainda uma melhor relação sustentável entre cliente e agência. Em momentos de turbulência econômica, estamos perdendo a chance de criar um modelo mais saudável. Estão todos desesperados, querendo conter o incêndio, sem parar para pensar de onde ele está vindo, seu foco, sua causa.

CHIEKO AOKI - Não sei qual é o maior problema da indústria, mas temos vários pontos a serem melhorados, sendo, um deles, a questão da segurança.

CIRCE JANE - O reconhecimento público e privado do setor por sua grande importância, que pode definir o futuro de regiões carentes de recursos de produção.

DARLENE LOFARE - A pouca inovação gerencial e a dependência imensa em relação ao Estado para promoção do setor.

EDUARDO SANOVICZ - A existência de diversos eventos em um mesmo setor no momento em tempo e custo são ativos cada vez mais caros e disputados.

ELZA TSUMORI - Não saber o real valor e dimensão de ser uma “indústria”, não fazer nada para promover a união para provocar uma verdadeira revolução no Brasil, de criatividade e de negócio.

ERALDO ALVES DA CRUZ - Concentração de tecnologia em poucos fornecedores e repetição de costumes em boa parte dos players.

FÁTIMA FACURI - A falta de parcerias pública e privada, falta de planejamento e pouco investimento em capacitação profissional e uma legislação competente.

FERNANDO GUNTUVITCH - A falta de uma forma eficaz de mensurarmos o ROI de nossos eventos.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - A baixa remuneração da maioria dos atores da indústria.

GAETANO LOPS - A falta de coragem dos responsáveis pelo marketing das empresas em ousar. Todos os clientes falam que tem “desafios” e que temos que ser ousados e levar “big ideias” disruptivas, fora da caixa, mas têm medo de ousar e, na hora H, optam pela mesmice. O medo de errar os deixa congelados.

GETÚLIO TAMADA - Individualismo e uma indústria muito fragmentada. Dia a dia estamos tentando nos especializar em algo e deixamos de agir coletivamente. Esquecemos que todo o evento é composto por algumas bases, tais como os Locais, as Promotoras e Organizadoras e as Atividades operacionais para a sua realização. Com a falta de qualquer uma destas três vertentes, a estrutura não se sustenta. Não podemos pensar individualmente.

JUAN PABLO DE VERA - Mais interesse dos empresários em somar forças nas atividades associativas. Os líderes precisam manter uma visão bifocal, pensando na gestão dos resultados atuais, mas sem deixar de olhar no longo prazo e do valor de nosso trabalho na comunidade. São poucas as lideranças que hoje participam ativamente nos Conselhos e Entidades do setor. A boa notícia é que esses poucos têm sido muito dedicados e competentes, mas precisamos de mais representatividade se queremos ser ouvidos.

LUIZ ARRUDA - Ainda acredito que o maior problema de nossa indústria é a qualidade da mão de obra. Em todos os setores da indústria temos pessoas despreparadas, que acreditam que fazer eventos é fácil, e isso acaba desmerecendo o grande trabalho feito por outros profissionais mais preparados.

MAURÍCIO MAGALHÃES - Percepção, ou melhor a falta dela, que consequentemente gera baixo valor agregado.

MICHAEL NAGY - Burocracia para realização dos eventos no poder público!

PAULO FRIAS - A falta de estratégia integrada da cadeia produtiva.

RAIMUNDO PERES - A elevação dos custos, o conservadorismo dos "players" da Industria, demorando em se ajustarem a novas realidades (resistência a mudanças, paradoxalmente), longo canal de distribuição e logística (verticalização), distância dos Centros de Eventos da rede Hoteleira, em grande parte dos destinos nacionais capazes de realizar eventos, Centros de Convenções com arquitetura funcional que não atende uma grande parte dos perfis dos eventos, demandando improvisações que oneram a sua realização, poucos destinos que possuem equipamentos capazes de abrigar grandes eventos, trazendo, como consequência, a centralização nas suas realizações e, com isso, desmotivando os participantes a médio e longo prazos.

RODRIGO CORDEIRO – Não vejo problema em nossa indústria.

ROLAND DE BONADONA - Falta de planejamento e de organização.

RONALDO FERREIRA JUNIOR - A falta de regulamentação e, por isso, a pouca união e articulação entre os empresários.

SILVANA TORRES - O grande problema é que nem sempre o cliente que demanda o evento conhece tecnicamente sobre evento, então, quando, por exemplo, você inclui na planilha um gerador backup de um gerador, o cliente acha um exagero. Lembrado de que ele pode ser o diferencial no sucesso do evento, ele bate no peito e fala: eu corro o risco, tira isso daí. Assim fica difícil imprimir uma qualidade minimamente decente no projeto, por que o cliente não conhece os riscos da operação de um evento. O que me tira o sono é que não dá para treinar o cliente.

TONI SANDO - Ainda há a falta de sensibilidade sobre a importância do setor de turismo, eventos e viagens. Sempre é visto como saída para crise, mas pouco é feito para se incentivar seu crescimento. O Brasil está pronto para realizar encontros de todos os tamanhos, de pequenos festivais a megaeventos, dando palco ao que temos de melhor em gastronomia, cultura, entretenimento, natureza e hospitalidade. São necessárias iniciativas que viabilizem novos investimentos, gerando riqueza e renda para os destinos. E precisamos nos descolar do excesso de atenção aos que chegam no setor público com o discurso de sempre, e cobrar mais pelos resultados que eles apenas propõem em discurso e se retiram logo em seguida.

VANESSA MARTIN - Falta de capacitação constante dos profissionais.

VANIZA SCHULLER - A falta de indicadores claros, padronizados e aplicáveis aos mais diversos destinos, eventos e perfis de empresas, e a consequente inexistência de dados confiáveis para norteamento das ações. Não conseguimos nos comparar, não conseguimos medir nosso desempenho, nem nosso crescimento. Temos dados genéricos ou, no máximo, focados sob a ótica de um setor específico e, nem sempre, séries históricas adequadas. Mas felizmente há setores muito organizados, que poderiam servir como referência e que evidenciam que, sim, isso é possível.

VARÍNIA CANTAUX - A tecla que batemos há tantos anos: profissionalização e menos informalidade.

VINICIUS LUMMERTZ - O Brasil como um todo sofre com a insegurança jurídica e altos impostos, ou seja, afeta diretamente na produtividade. Como conseguir concorrer, por exemplo, quando nos Estados Unidos o custo de um trabalhador é infinitamente menor e sua produtividade, por consequência, acaba sendo até 80% maior que no Brasil. É um fato pelo qual toda a cadeia produtiva no País tem que lutar.

WILSON FERREIRA JUNIOR - No Brasil, especificamente, o ambiente pouco sustentável para negócios. Processos de concorrência injustos, extorsivos e pouco transparentes

6. Qual o desafio mais significativo acredita irá enfrentar nos próximos anos

ADENAUER GÓES - O da reinvenção. Veja, inovar não é algo simples. Fazer diferente, pensar “fora da caixa”, trazer novidades ao mercado, com propostas ousadas e criativas, é o desafio que está posto. Esse é um desafio diário para quem deseja fazer eventos que sejam atraentes não só ao mercado, mas também ao público que está lá na ponta do consumo dos produtos ofertados. O uso da tecnologia da informação como ferramenta de atração se fará cada vez mais presente.

ALBERTO CESTRONE - A travessia do momento atual para um cenário de crescimento econômico creio que seja o maior desafio que a indústria tem. É preciso se adaptar às novas tecnologias e tendências mundiais e se dedicar para buscar o ROI para a saúde dos negócios.

ALEXANDRE MARCÍLIO - Irá sempre estar vinculado à performance da economia. Se essa se estabelecer e recuperar-se, acredito que o desafio será menor. O importante é que a indústria continue se reinventando e sendo criativa.

ALEXANDRE SAMPAIO - Todos os citados acima, mas, principalmente, oferecer um diferencial atrativo, para trazer pessoas para conhecer novidades e partilhar experiências únicas. Nos próximos anos, a tecnologia propiciará que qualquer interessado, de sua casa, interaja em eventos de qualquer natureza, sem sair da sua residência, com muito pouco custo e numa vivência interativa sensitiva como nem podemos imaginar hoje. Este é o principal desafio: trazer o público para seu evento, na sua cidade e realizá-lo com qualidade e ineditismo.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - Estar preparado para mapear bem a necessidade do cliente e suas expectativas, acompanhar a velocidade que vem pautando as mudanças do mundo sem perder o foco.

ANDRÉA NAKANE - Concorrência desqualificada. O amadorismo ainda apresenta seus tentáculos firmados no segmento. Muitos colegas se auto intitulam mestres no assunto, sem efetivamente apresentar vivências práticas. Integram o grupo que só fica apontando o dedo, mas colocar a mão na massa passa longe. O famoso ditado “separar o joio do trigo” deverá ser aclamado.

ANITA PIRES - O aprendizado criativo, incorporando na vida da empresa o uso rotineiro das plataformas e mídias digitais e as transformações e conhecimento das estratégias de negociação adequadas a um ambiente onde esse poder passa a ser compartilhado cada vez mais.

ANTÔNIO MAURICIO DIAS - Do ponto de vista da nossa organização, estamos inaugurando em 2018 um grande complexo e o desafio de comunicar ao mercado a novidade e também de entregar aquilo que prometemos será grande. Trata-se de uma grande estrutura e sua complexidade traz grandes desafios.

ARISTIDES DE LA PLATA CURY - As disrupturas relativas aos métodos tradicionais.

ARMANDO CAMPOS MELLO - Apresentar a mídia presencial (Feiras de Negócios) como um integrante fundamental da comercialização de quaisquer tipos de produtos.

BRUNO OMORI – Proporcionar aos clientes experiências diferenciadas, integradas com tecnologia e lazer, pois as gerações “Baby boomer, X, Y, Millenium” que norteavam as ações econômicas e mercadológicas estão cada vez mais com demandas integradas e parecidas. Como exemplo, alguns “Baby Boomers” usam mídias sociais com mais ênfase e técnicas do que os Milleniuns, cada vez mais os executivos nos eventos desejam ter experiências de lazer nos destinos, o “Bleisure”. Desta forma, a organização de eventos precisa criar novas competências para atender com qualidade estas novas demandas.

CELIO ASHCAR JR - Falta ainda uma melhor relação sustentável entre cliente e agência. Em momentos de turbulência econômica, estamos perdendo a chance de criar um modelo mais saudável. Estão todos desesperados, querendo conter o incêndio, sem parar para pensar de onde ele está vindo, seu foco, sua causa.

CHIEKO AOKI - Cada um dos brasileiros e os residentes no Brasil tomarem o país como seu e ser protagonista da construção. Todos esperam que alguém faça, seja governo, empresa etc. O Brasil tem tudo para ser um grande país, é preciso ter espirito cidadão e tomar o problema para si e não ficar esperando que outros façam.

CIRCE JANE - A concorrência nacional e internacional.

DARLENE LOFARE - Inovar.

EDUARDO SANOVICZ - Conexão entre destinos cujos custos para operar tornam operações inviáveis a qualquer alteração de cambio e preços de combustível.

ELZA TSUMORI - O desafio de criar um ambiente seguro nas cidades, traçar uma visão futura mais ousada e de acordo com as oportunidades que o Brasil terá, nos diferentes segmentos da indústria de eventos. O Evento precisa ter um grande projeto que poderá balizar o seu desenvolvimento, de forma orquestrada e holística (inclusive como país). Eu digo visão ousada e no futuro de forma geral, mas já vejo acontecendo muita coisa que transparece perigo, se ficar estagnada. Por exemplo, o mercado de naming rights, com eventos de grande repercussão na mídia e redes sociais está em expansão nos EUA e Europa. Envolve mix de cultura pop; games, entretenimento e área esportiva e está de olho no mercado brasileiro. Precisaremos estar preparados para sermos atores principais nos negócios e não fornecedores e coadjuvantes. Como também estarmos num ambiente mais seguro. Eu vejo também um gap para que sejamos exportadores de eventos, ao menos para países da América Latina.

ERALDO ALVES DA CRUZ - Se tornar atrativo e apresentar diferenciais significativos.

FÁTIMA FACURI - Falta de investimentos e profissionais focados no negócio.

FERNANDO GUNTUVITCH - O consumidor está cada vez mais informado e por dentro de todas as novidades, por isso busca experiências exclusivas. Acredito que o desafio da indústria é conseguirmos chegar a esse consumidor de uma forma inovadora e relevante. É necessário inovar, criar e, principalmente, surpreender um consumidor que está por dentro de tudo o que acontece. Também é importante que consigamos checar a efetividade de todas as ações que estamos realizando.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - Conscientizar os grandes executivos, especialmente a gerência média, que um evento deve ter indicadores de performance e ROI financeiro e não-financeiro (mesmo quando é apenas um evento de lançamento/fixação de marca, relacionamento institucional etc.).

GAETANO LOPS - O mundo muda e junto com ele as pessoas. O negócio de eventos é para gente jovem, que gosta de trabalhar até altas horas da noite, nos finais de semana, e que está 100% ligado às redes sociais. Treinar as pessoas jovens para que se tornem excelentes profissionais desse setor e mantê-las entusiasmadas é um dos grandes desafios, pois essa renovação é que vai fazer o setor inteiro ir para o caminho certo. Tenho 41 anos e muito a contribuir para esse setor.

GETÚLIO TAMADA - Falta de mão de obra especializada na indústria de eventos, especificamente na montagem dos eventos, que é a nossa especialidade.

JUAN PABLO DE VERA - A convergência de gerações com grandes mudanças culturais será o principal desafio de nosso setor de eventos. Nossos públicos alvos, nossos patrocinadores, expositores e clientes, até nossas próprias equipes estarão compostas por profissionais numa faixa etária de 20 a 70 anos. E todos eles estão querendo ser reconhecidos e com expetativas muito altas de satisfação e qualidade de serviço. Alguns anos atrás, você desenhava o evento ideal e depois procurava o público alvo. Hoje o processo foi invertido e nossos públicos alvos desenham o modelo de evento a ser oferecido.

LUIZ ARRUDA - Nossa necessidade de se reinventar é, e sempre será, contínua. Para mim, esse é sempre o maior desafio.

MAURÍCIO MAGALHÃES - Custo Brasil, ou seja, impostos, segurança, infraestrutura, tecnologia, burocracia e falta de entendimento dos poderes públicos.

MICHAEL NAGY - Pessoalmente, espero estar sempre evoluindo, mas no setor será, na minha opinião, podermos criar eventos que venham a se consolidar, os destinos precisam estar alinhados à indústria e, juntos, convencê-los a desenvolver eventos que trazem visão do futuro. As empresas hoje têm dificuldade de planejar estrategicamente os eventos e seus conteúdos para trazer essa visão para dentro do market place.

PAULO FRIAS - Capacidade de se reinventar nesta nova era tecnológica & digital.

RAIMUNDO PERES - Centros de Convenções com capacidade de abrigar eventos em volume e qualidade, exigidos pela evolução e tecnologia de inovação e criatividade.

RODRIGO CORDEIRO – Os reflexos que o setor de eventos terá diante do novo comportamento da sociedade.

ROLAND DE BONADONA - Capacidade de se reinventar junto à onda da transformação tecnológica & digital.

RONALDO FERREIRA JUNIOR - A reinvenção do nosso negócio, quebrando o paradigma de fazer MAIS COM MENOS.

SILVANA TORRES - Acho que a máxima hoje é fazer mais e melhor, com menos, com garantia de inovação e engajamento. Baixar o custo garantindo segurança, sem perder de vista que a principal missão do evento é trazer conteúdo, experiência, com baixo custo. O desafio, nos próximos dois anos, será encontrar a melhor equação.

TONI SANDO - Somando ao que já foi citado, há as novas tecnologias e comportamento da geração Y e Z. É um momento de virada, entretanto, será seguido por muitos outros. Os ciclos estão cada vez menores, e quem não tiver a qualidade de se adaptar rapidamente será passado para trás. Não há tempo para lamentar ou viver de nostalgia. O futuro é agora e é preciso ter a resiliência correndo pelas veias dos profissionais da indústria de eventos.

VANESSA MARTIN - Destacar cada vez mais a importância do conhecimento estruturado na análise de mercado e no planejamento estratégico nos projetos de eventos.

VANIZA SCHULLER - A readequação dos eventos tradicionais - congressos e feiras, principalmente, que há anos realizam-se seguindo um formato pré-estabelecido e rígido - de forma a encantar as novas gerações. Percebe-se significativas discrepâncias entre as expectativas e a entrega efetiva. Migramos de uma sociedade de trabalho para uma sociedade de lazer e ainda se vê programação com 10h de duração, com pessoas fechadas em salas escuras. Migramos para uma sociedade digital e há planos de comercialização ofertando como os melhores benefícios para patrocinadores master logomarca no banner da sala de palestras ou no programa impresso do evento.

VARÍNIA CANTAUX - Nosso grande problema hoje e cada vez mais é a necessidade de um folego financeiro que permita acompanhar as regras de pagamentos impostas pelas grandes empresas e que são necessárias para a nossa sobrevivência comercial já que os grandes volumes de negócios e investimentos são feitos por elas.

WILSON FERREIRA JUNIOR - A tendência a desvalorizar e comoditizar os serviços de eventos.

7. Profissionais de eventos devem prestar atenção extra para as questões sociais, sustentabilidade, segurança etc.?

ADENAUER GÓES - Esse é um paradigma mundial. É uma questão de cidadania. Cabe e deve ser perseguido não apenas pelos profissionais de eventos, mas de todas as áreas. Trata-se de uma visão global, de um processo dinâmico, de evolução do cenário socioeconômico em todas as suas vertentes. É na prática a visão de inclusão.

ALBERTO CESTRONE - Sem dúvida. Atualmente, essas questões estão deixando de ser itens opcionais e passando a incorporar o DNA do profissional da indústria. Os eventos, em geral, trazem toda a preocupação com esses tópicos. A segurança, que durante muitos anos não fazia parte do Check List com profundidade, hoje ocupa grande espaço na organização, envolvendo planos de crise contra-ataques terroristas, por exemplo. O profissional deve estar cada vez mais antenado e preparado para lidar com estas questões na hora de trabalhar em determinados eventos.

ALEXANDRE MARCÍLIO - Isso é inerente ao nosso negócio. Da mesma forma que outras indústrias se enquadram nesta realidade, os profissionais de eventos devem seguir o mesmo caminho e incluir tais medidas como parte integrante do produto. Não dá para desassociar progresso sem ordem e nele, estas questões não podem ficar de fora.

ALEXANDRE SAMPAIO - Sem dúvida são elementos imprescindíveis de serem cuidados e vistos para quaisquer eventos nos dias de hoje. Claro que segurança interna no que compete ao organizador, mas a avaliação da violência do destino tem que ser pesada no contexto.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - A segurança e a credibilidade das informações por tantos canais merecem hoje grande atenção.

ANDRÉA NAKANE - Não diria “prestar atenção extra”. Esses atributos há muito já deveriam ter sido incorporados na cultura dos OPCs, mas, infelizmente, o que presenciamos no mercado ainda são procedimentos isolados, muitos dos quais são inseridos parcialmente, como um elemento de modismo. As narrativas organizacionais acabam por serem muito divergentes do que se quer pregar e moldar como imagem. Por isso, deveriam de uma vez por todas estarem acoplados ao processo de planejamento e gestão, ficando livres de serem itens diretamente atingidos pelos savings orçamentários.

ANITA PIRES - Os profissionais de eventos têm que ser aprendizes da vida e ter um olhar muito atento às transformações que ocorrem nas cidades, nos costumes e cultura das pessoas e das empresas!

As questões citadas acima deverão cada vez mais incorporar esses princípios de sobrevivência da vida em comum do planeta.

ANTÔNIO MAURICIO DIAS - Certamente. Vale dizer que essa não é uma indústria foco de problemas (agronegócio muitas vezes pode haver a questão das condições sub-humanas de trabalho, problemas de saúde e meio ambiente como na indústria química etc.), mas sempre deve-se seguir padrões éticos e promover um melhor ambiente de negócios.

ARISTIDES DE LA PLATA CURY – Sim.

ARMANDO CAMPOS MELLO - Sustentabilidade e segurança devem fazer parte obrigatória do planejamento dos eventos. As atividades sociais devem ser particularizadas dentro das políticas das empresas participantes dos eventos de forma constante.

BRUNO OMORI - As empresas que tiveram maior crescimento no valor de suas ações nas principais bolsas de valores do mundo foram as que possuem em seu escopo programas estruturados de sustentabilidade (Econômico + Social + Meio Ambiente), assim como demonstrou segurança em seus processos e finanças, desta forma são fatores estratégicos e essenciais para a realização dos eventos.

CELIO ASHCAR JR. - Sempre. Boas ideias são aquelas que são executáveis e com segurança. A produção de um evento pode concentrar um alto número de pessoas envolvidas. E todos devem e têm de estar em segurança e preocupados com a questão social.

CHIEKO AOKI - É dever de todos os cidadãos deste planeta.

CIRCE JANE - Com certeza devem estar atentos e capacitados para tal, serão fundamentais para o reconhecimento profissional e para os destinos.

DARLENE LOFARE - Sim, a indústria de eventos é a mais diversificada. Precisa espelhar a sociedade.

EDUARDO SANOVICZ - Acho que isto deve fazer parte de nosso cotidiano, não é algo especial. Há muitos anos os temas estão na agenda.

ELZA TSUMORI - Com certeza. Inclusive, quando comento sobre a miopia, a falta de ousadia e criatividade, quero esclarecer também que se soubermos aprofundar no conceito de sustentabilidade, saberemos tratar melhor do nosso setor e como ela é importante para o desenvolvimento do nosso país.

ERALDO ALVES DA CRUZ - Sem dúvida irão nortear as tendências do mercado.

FÁTIMA FACURI - Essas questões citadas são fundamentais para o negócio, sem elas não temos eventos vencedores.

FERNANDO GUNTUVITCH - Sem dúvida, a questão da sustentabilidade estará presente não só nas pautas de eventos, mas também em todas as pautas de negócios. A segurança em um evento, não só dos convidados e clientes que estão presentes, mas de todos que estão trabalhando para que ele aconteça, é um dos aspectos de maior atenção. Um evento trata-se de um processo de construção que pode durar meses e em todo este processo é necessário garantir a segurança de todos que estão envolvidos. Uma ação de Live Marketing sempre será responsável por um importante impacto na sociedade e a segurança é um fator primordial para que este impacto seja positivo.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - Sem dúvida alguma! Até como valor agregado para seus clientes, que muitas vezes não se lembram destes fatores. Como consultores, devemos dar dicas, ideias e facilitar a criação/execução de ações voltadas para estes temas cada vez mais valorizados pelos consumidores.

GAETANO LOPS - Todos os profissionais devem prestar atenção a estas questões. Quem não entendeu isso está morto e não sabe.

GETÚLIO TAMADA - Não somente os profissionais de eventos. Estas questões devem estar presentes em todas as atividades da vida humana e não somente profissionais.

JUAN PABLO DE VERA - Sem lugar a dúvidas. Todos devemos ter uma consciência cívica cada dia mais apurada. Para sermos verdadeiros gestores, precisamos entender e vivenciar de maneira genuína os valores que promovemos, e assuntos como sustentabilidade, segurança, impacto social, e outros são hoje parte de uma lista de pré-requisitos básicos para um protagonista no setor de eventos.

LUIZ ARRUDA - Sempre. Isso não deveria ser um assunto novo, apesar de estar em voga. Esses assuntos, às vezes esquecidos ou deixados de lado por conta de budget, deveriam ser pré-requisitos para qualquer evento.

MAURÍCIO MAGALHÃES - Isso já é PRESENTE, não existe mais empresa, e neste caso as de Eventos, que não levem em consideração tudo que a questão acima cita, acrescentaria transparência nas relações.

MICHAEL NAGY - São todos importantes, segurança é uma questão global na área de eventos, a moda das ações sociais chegou para ficar, precisamos escolher bem, suscetibilidade econômica é crucial para a sobrevivência dos eventos, principalmente os anuais, mas acredito que poder realizar eventos que trazem experiências reais para todos as tribos será o grande desafio para o futuro de eventos, será eventos dentro de eventos.

PAULO FRIAS - Obrigatoriamente, assim como profissionais de qualquer outro setor. Questões como estas devem permear não somente a conduta enquanto profissionais, mas também como cidadãos.

RAIMUNDO PERES - Sim. A evolução e conscientização dos agentes sociais nesses itens exigirão tal comportamento. Inovações e Criatividade; busca do novo e do diferencial para atrair participantes.

RODRIGO CORDEIRO – Sempre e cada vez mais.

ROLAND DE BONADONA - Claro, nem mais nem menos que profissionais de outros setores.

RONALDO FERREIRA JUNIOR - Sim. Devem superar o desafio do baixo budget e apresentar propostas com qualidade em todas as áreas.

SILVANA TORRES - Profissionais de eventos devem prestar atenção extra nas questões sociais, sustentabilidade e segurança. Acho que todo cuidado tem que ser redobrado por que se percebe um cliente cada vez mais voraz na redução de custos e nem sempre sustentabilidade significa baixo custo, nem sempre segurança baixa custo. Então a agência tem que ter posicionamento, bater muito forte nessas questões, porque se você não tem verba sequer para cuidar da segurança do participante ou da operação, melhor não fazer o evento.

TONI SANDO - Sim. Em produtos e serviços, a ideia do “consumidor” não existe mais. As pessoas esperam mais das marcas que consomem: é preciso se posicionar, ter opinião, conteúdo, ter diálogo e personalidade. E tudo isso passa por questões fundamentais, como o social e a sustentabilidade. Além de atender à demanda do público, o próprio evento precisa retornar à sociedade sua “dívida”, incluindo minorias, pessoas com deficiência e demais causas, além de cuidar do próprio meio ambiente. Sobre segurança, é indiscutível. É necessário estar como prioridade no planejamento do evento e sempre preparado para todos os cenários possíveis.

VANESSA MARTIN - O primeiro está em identificar corretamente os objetivos principais que os patrocinadores e participantes estão buscando, para só então identificar quais as áreas mais adequadas para alcançá-los.

VANIZA SCHULLER - Com certeza. É preciso entender que o eixo da percepção de valor mudou. Há uma cobrança da sociedade com relação à observação dessas questões e penso que as empresas - em especial os patrocinadores, que veem nos eventos oportunidades de projetar a sua marca e imagem junto a seus consumidores/formadores de opinião - serão sucessivamente mais seletivas quanto aos eventos que demonstrem um real comprometimento.

VARÍNIA CANTAUX - Sim, sempre! A sustentabilidade hoje além de tudo é uma questão auxiliar nos custos já que jogar fora material é algo caro demais e não sustenta financeiramente o nosso negócio. Segurança está diretamente ligada ao profissionalismo!

VINICIUS LUMMERTZ - O mundo vai por um caminho que não há volta. Devemos ser cada vez mais sustentáveis. Isto não quer dizer não explorar o que temos de melhor, como, por exemplo, nossos parques naturais, mas sim realizar um turismo consciente, no qual a atividade ajude a manter a nossa riqueza natural. O social se beneficiará disso, pois mais pessoas estarão empregadas, gerando sustento e renda para inúmeras famílias. A área de eventos também deve se basear nestas premissas: ser sustentável, mas também rentável, interessante e sem dúvida seguro.

WILSON FERREIRA JUNIOR - Sim, esse tipo de cuidado tem de fazer parte do cotidiano de trabalho dos profissionais de eventos. Não são preocupações acessórias. São fundamentais.

8. Qual será a próxima "grande sacada" em eventos?

ADENAUER GÓES - A experiência. Mais do que o consumo em si, as pessoas guardam experiências. Quem for capaz de proporcionar experiências marcantes e diferentes terá êxito. As pessoas, em geral, e o turista em especial, buscam novos momentos, novas situações e oportunidades que possam experienciar, viver, guardar, recordar e, mais do que nunca na sociedade atual, compartilhar.

ALBERTO CESTRONE - Os eventos cada vez mais deixam de ser “pensados” em ter o foco em quem está pagando e voltam-se completamente para a experiência que o participante terá durante o período em que estiver imerso naquele conteúdo. Isso é uma mudança muito grande, que irá se consolidar daqui para frente.

ALEXANDRE MARCÍLIO - Unir-se em prol da categoria.

ALEXANDRE SAMPAIO - Creio que a segmentação deva ser buscada, são nichos que permitem atender a um público alvo, no aspecto de gênero e idade em eventos culturais, performances e mesmo aqueles voltados para profissionais ou setores específicos. A regionalização será uma tônica para baratear custos e galvanizar aqueles convencionais que nunca puderam se deslocar para grandes centros por despesa e tempo.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - A qualidade do serviço oferecido, do conteúdo, do atendimento, da criatividade, das parcerias e principalmente da inovação tecnológica.

ANDRÉA NAKANE - O uso dos eventos como fontes geradoras de conteúdo, antes, durante e depois dos mesmos. E para isso equipes multidisciplinares, lideradas por comunicólogos, sociólogos e influenciadores digitais estarão em voga.

ANITA PIRES - Eventos com conteúdo emocional, criativos capazes de cativar os participantes e também levá-los a refletir além do evento sobre os temas apresentados.

ANTÔNIO MAURICIO DIAS - Os eventos precisam estar sempre se renovando para manter o interesse do público. O mercado de eventos é muito diverso (convenções, congressos, feiras, shows, formaturas) e cada segmento tem suas peculiaridades. Para citar um exemplo apenas: as grandes feiras profissionais têm sido muito questionadas pelos expositores, parece que um modelo mais focado em nichos e com eventos menores terá mais relevância para expositores e visitantes. A “sacada” é sempre entender as “dores” de cada segmento e oferecer algo focado nas lacunas.

ARISTIDES DE LA PLATA CURY - Alguma nova tecnologia, que nos aguarda na próxima esquina.

ARMANDO CAMPOS MELLO - Cada vez mais as feiras de negócios devem focar em vendas, relacionamento, conhecimento e informações.

BRUNO OMORI – Criar projetos integrados e sinérgicos com todo o trade turístico, governo e sociedade do destino, apresentar opções de bleisure em todos os eventos, utilizar mídias sociais e canais eletrônicos para criar interações e gerar negócios.

CELIO ASHCAR JR - Estar cada vez mais integrado com o mundo online. Temos que alcançar e impactar um maior número de pessoas em qualquer lugar do planeta. A experiência de um evento deve ser compartilhada com todos de forma orgânica.

CHIEKO AOKI - Tecnologia e inovação. Única certeza é que tudo vai mudar e rápido.

CIRCE JANE - As novas tecnologias que promovem a interatividade das pessoas, no pré-evento, no evento e principalmente no pós-evento, divulgando, criando facilidades durante o evento e o feedback, que tornem os eventos atrativos para os patrocinadores, expositores e o público participante.

DARLENE LOFARE - Conectar-se.

ELZA TSUMORI - Sabemos que numa época de valorização da tecnologia e seu crescimento exponencial é sempre mais fácil valorizar as novidades vindas desse setor. Mas, se olharmos com um pouco mais de foco no objetivo, veremos que fazemos tudo para impressionar o ser humano. Então, eu considero que não devemos perder a sensibilidade de supervalorizar a tecnologia e criar quase que uma submissão do homem. O importante é criar um ponto de equilíbrio, onde a tecnologia deve considerar o ser humano como centro do universo.

ERALDO ALVES DA CRUZ – A corrida por mais e mais atrativos tecnológicos inovadores.

FÁTIMA FACURI - Fazer diferente, não copiar, inovar sempre.

FERNANDO GUNTUVITCH - A “grande sacada” será a integração entre o Live Marketing e o digital. Apesar de um evento ser uma ação “ao vivo”, a intenção é que, mesmo quem não esteve no evento, possa acompanhar tudo o que aconteceu de forma digital e aqueles que estiverem presentes tenham conteúdos relevantes o suficiente para que sejam postados e compartilhados nas redes sociais. Além disso, não podemos esquecer de proporcionar boas histórias e momentos a todos que estejam envolvidos.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - Participação virtual 360º em feiras. Por exemplo, visitar uma feira em NYC estando em meu escritório em São Paulo, interagir com os expositores e até mesmo ter reuniões – tudo com realidade virtual.

GAETANO LOPS - Se eu te contar todos vão saber, né?

GETÚLIO TAMADA - União ou reunião dos líderes poderiam ser uma grande sacada. Construção de uma universidade voltada com exclusividade ao mercado de eventos também poderia ser muito benéfico. Num futuro muito próximo, o lançamento de um concurso para o melhor projeto no espaço do Anhembi – se considerarmos somente São Paulo – também poderia ser uma grande sacada.

JUAN PABLO DE VERA - Acredito na tendência anunciada recentemente pela UFI que destaca a nova versão de eventos híbridos, uma mistura entre formatos de eventos historicamente separados, como exposições, congressos e conferências. E como aditivo especial, se misturando com os eventos corporativos, uns dos de mais rápido crescimento a nível mundial. Tudo isso impulsionado por uma necessidade das comunidades digitais para se encontrarem em eventos face-to-face. Estes eventos de formatos híbridos continuaram a evoluir - teremos grandes eventos que serão em parte um festival, em parte uma convenção, parcialmente uma feira de negócios e uma oportunidade de relacionamento. Além disso, mais e mais elementos de entretenimento estão sendo combinados em eventos B2B, pois são adaptados para atender às mudanças dos públicos alvos. À medida que os eventos empresariais híbridos prosperam, veremos mais colaboração, talvez até fusões, entre esses novos organizadores, congressos de associações já estabelecidos e os tradicionais organizadores de eventos de negócios.

LUIZ ARRUDA - A Avantgarde tem uma empresa de pesquisa de tendências na Alemanha (Trend Buro) focada em nos alimentar com qualquer novidade que possa acontecer no mundo no que tange a experiências com consumidores, novas tecnologias, destinos, comportamento etc. Isso nos faz conseguir ter várias sacadas a cada projeto.

MAURÍCIO MAGALHÃES - A SIMPLICIDADE!, simples assim. As experiências estarão cada dia mais no que importa.

MICHAEL NAGY - Eventos dentro de eventos, valorizar e criar experiências que atendem as demandas pessoais e profissionais dos participantes.

PAULO FRIAS - Proporcionar novas experiências em viagens e eventos para os consumidores/usuários, frente às transformações tecnológicas que modificam diretamente seu comportamento de compra. Ainda neste contexto, citaria a tendência de “festivalização” dos eventos, que propõe uma série de atrações no mesmo espaço e, ao mesmo tempo, com a intenção de maximizar as experiências do participante.

RAIMUNDO PERES - Inovações e Criatividade; busca do novo e do diferencial para atrair participantes.

RODRIGO CORDEIRO – A customização do evento para atender à expectativa de TODOS os participantes.

ROLAND DE BONADONA - A convergência da tecnologia, Big Data, inteligência artificial e redes sociais para criar eventos que concentrarão os investimentos em marketing das empresas e organizações

RONALDO FERREIRA JUNIOR - A união verdadeira com o digital poderá ser a solução para conseguirmos fazer MAIS COM MENOS.

SILVANA TORRES - Essa é fácil, está-se gastando muito menos dinheiro com infraestrutura, a cenografia vai ser mais simples, o brinde vai ser mais simples, o backdrop vai ser mais simples, tudo que é “jogado no lixo”. Depois que acaba, o evento vai ter cada vez menos investimentos e, então, haja criatividade para deixar um evento bonito, sem ostentação. Em compensação, o que era investido nessa infra, está direcionado para experiências, um team building, palestra, vivência ou um game durante a convenção. Ou seja, a grande sacada é gastar menos com o que vai para o lixo e mais com aquilo que fica na mente e no coração do participante.

TONI SANDO - Se descobrir, me fala. Mas, brincadeiras à parte, estamos vendo grandes soluções surgindo a partir de parcerias de players jamais vistas antes. A crise tem seu lado bom por conta deste fator: é preciso de criatividade e união para se manter firme no mercado. E essa criatividade muitas vezes tem vindo da junção de projetos conjuntos entre empresas e entidades. Duas cabeças pensam melhor do que uma. Uma coisa é certa, não existe Salvador da pátria.

VANESSA MARTIN - No evento, o desafio é encontrar e focar o formato que promova melhor engajamento e networking entre os stakeholders. Para o organizador e cliente, trabalhar melhor com a informação e utilizá-la corretamente para o aprimoramento e sucesso do evento.

VANIZA SCHULLER - Os eventos silenciosos, que oportunizam que tanto os expositores quanto os participantes - embora separados por temas de interesse - possam conviver no mesmo espaço, no meu entendimento, foram a sacada da década. Não vejo algo comparável no momento. Isso permite maior qualidade da vivência e da integração dos envolvidos nos eventos e, ainda, abriu inúmeras oportunidades de aproveitamento de novos lugares (centros de eventos e destinos), antes descartados por falta ou excesso de paredes.

VARÍNIA CANTAUX - Se eu descobrir é claro que não conto para ninguém! Vou aproveitar para sair na frente! Kkkk

VINICIUS LUMMERTZ - No Brasil começamos, finalmente, a organizar uma agenda anual de eventos. O Rio de Janeiro é o primeiro exemplo disso. O calendário “Rio de janeiro a janeiro” vai fazer isso, garantir que nos 12 meses a cidade esteja repleta de atividades esportivas e culturais. Os eventos candidatos são avaliados pela Fundação Getulio Vargas com base em critérios como: impacto turístico, atração de investimentos, geração de emprego e renda, inclusão social e potencial de continuidade e expansão. Dessa forma, há um movimento perene, organizado, que movimenta toda uma cadeia, gerando empregos e movimento para uma cidade e também para o estado e para o país.

WILSON FERREIRA JUNIOR - O aumento do protagonismo dos participantes por meio de instrumentos tecnológicos.

9. Que inovações tecnológicas você acredita irão impactar a indústria nos próximos anos?

ADENAUER GÓES - De forma efetiva, já podemos observar um movimento interessante de algumas propostas que devem vir a se consolidar num futuro próximo, como as feiras e eventos virtuais, os eventos multitelas, a impressão 3D, projeções holográficas, aplicativos com distribuição multiplataforma e web streaming, ou seja, em outras palavras o que eu quero dizer é que a convergência digital será cada vez maior e mais aprimorada na indústria de eventos.

ALBERTO CESTRONE - Com toda certeza a popularização e acesso a serviços de comunicação mais eficazes permitirão que os eventos sejam cada vez mais tecnológicos, com interação de participantes em diferentes partes do mundo, por exemplo, que antes estariam juntos numa mesma sala e com conexões de qualidade poderão interagir virtualmente. Além, é claro, de aplicativos, tecnologias e afins que a cada dia são lançados com foco na experiência do usuário.

ALEXANDRE MARCÍLIO - Esta questão é difícil de prever, mas quem não estiver com seu parque tecnológico atualizado, está fora.

ALEXANDRE SAMPAIO - A mesma tecnologia que nos desafia a sermos criativos, não deve ser desprezada para sintonizar aqueles que vão declinar de comparecer fisicamente, mas poderão participar remotamente com estas novas possibilidades.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - As redes sociais prometem trazer surpresas, bem como o business inteligence para tomada de ações assertivas.

ANDRÉA NAKANE - A realidade ampliada - sem dúvida alguma - deverá ser acoplada e mais utilizada. O grande desafio é justamente como fazer isso de forma coerente e alinhada com o projeto do evento. Inserir a tecnologia simplesmente como item de modernidade não trará benefício algum e em muitos casos já está até tornando-se enfadonho para o público. Seu uso deve ser estrategicamente elaborado para otimizar seus recursos e impactos na audiência.

ANITA PIRES - A inteligência artificial e a realidade aumentada.

ANTÔNIO MAURICIO DIAS - Há um bom tempo atrás achava-se que tecnologias como videoconferência ameaçavam o mercado de eventos. Depois ficou claro que nada substitui o contato humano. O que faz um funcionário se sentir parte de uma grande empresa é justamente a interação pessoal com seus líderes. O mesmo acontece nas associações e nos congressos. O contato com pessoas de grande relevância para seus campos de atuação é que faz a atração para os eventos. Então, a tecnologia é uma aliada do mercado de eventos. Aplicativos permitem acompanhar tudo sobre um evento futuro, permitem trocas dos materiais apresentados, criar novos contatos. Certamente os eventos vão ficar cada vez mais “livres de papel” e menos geradores de lixo.

ARISTIDES DE LA PLATA CURY - Popularização dos APPs.

ARMANDO CAMPOS MELLO - As que permitem ganho de tempo, boas agendas com ferramentas que deem qualidade dos contatos estabelecidos.

BRUNO OMORI – A tecnologia evolui rapidamente e o cliente espera sempre encontrar constantes inovações nos eventos, sua demanda é de no evento sempre encontrar evoluções e novidades diferentes de seu cotidiano para poder aplicar em suas organizações e integrar em sua vida cotidiana.

CELIO ASHCAR JR. - Estar cada vez mais integrado com o mundo online. Temos que alcançar e impactar um maior número de pessoas em qualquer lugar do planeta. A experiência de um evento deve ser compartilhada com todos de forma orgânica.

CHIEKO AOKI - Uma inovação bem interessante é a tecnologia de tele presença. Empresas como Unilever estão investindo para trazer essa tecnologia para reuniões e eventos de sua empresa. Maximizando a agenda de palestrantes e quantidade de palestrantes de renome em um único evento.

CIRCE JANE - APPS para tradução simultânea de qualquer língua, projeções holográficas, melhor sonorização, novos materiais construtivos menos agressivos ao meio ambiente, mais leves, de fácil configuração e de grande reaproveitamento para utilização em decoração, construção de estandes e infraestrutura.

DARLENE LOFARE - Apps mais adequadas.

EDUARDO SANOVICZ - As novas possibilidades de contato virtual.

ELZA TSUMORI - Continuo achando que a Internet das coisas deverá trazer inovações para o nosso setor também.

ERALDO ALVES DA CRUZ - As tecnologias que sejam capazes de ligar o mundo aos participantes fazendo com que haja interação constante durante e pós evento.

FÁTIMA FACURI - Tecnologia.

FERNANDO GUNTUVITCH - Acredito que a tendência seja o uso de robôs, realidade aumentada, holografia e realidade virtual. Esses itens podem ser utilizados como interação e até personalização de um evento.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - A participação virtual, pensando muito grande, mas olhando o micro, ainda temos desafios em RSVP, seleção, negociação e contratação de espaços, qualificação de mão de obra mais simples. Creio que plataformas que permitam uma organização de evento pequeno ou de médio porte sejam a inovação que a indústria brasileira mais precisa no momento.

GAETANO LOPS - A capacidade de fazer as pessoas imergirem nos conteúdos ao vivo, de forma completamente integrada. Com 16 segundos de delay no som, nós já conseguimos transmitir um show ao vivo para uma plateia com óculos virtuais, como se todos estivessem na primeira fila do show, independentemente de onde estejam. Imagina a quantidade de experiências sensoriais que podemos fazer?

GETÚLIO TAMADA - Tecnologia, uso, mas não consigo imaginar o que é possível ser feito com ela.

JUAN PABLO DE VERA - A tecnologia esteve nos ajudando a melhorar a efetividade dos eventos ao longo dos últimos 30 anos. Mas o impacto maior que estamos vivendo está na usabilidade da tecnologia nos mercados onde atuamos e oferecemos nossos serviços. Um exemplo bem prático disso está no impacto da tecnologia em setores como agronegócios, transporte ou varejo. A tecnologia está mudando como esses setores estão fazendo negócios e isso, sem dúvida, deve ser adaptado para nossas atividades nos eventos.

LUIZ ARRUDA - Todas as inovações tecnológicas que possam gerar reverberação ou engajamento com o consumidor devem ser vistas como potencial para um evento. Às vezes, uma tecnologia pensada para um propósito completamente diferente pode ser uma grande “sacada” para um determinado evento.

MAURÍCIO MAGALHÃES - A tecnologia tem que ser incorporada no cotidiano e nunca protagonizar, claro que está a serviço do encantamento, da informação, da escala, tudo isso para gerar experiências para pessoas.

MICHAEL NAGY - Poder de incrementar e certificar a qualidade dos contatos, nós chamamos isso de "Match Making”, garantir aos participantes o encontro ideal para seus negócios, demanda de capacitação entre outras, esse sistema não tem ainda, mas está vindo.

PAULO FRIAS - IoT, Inteligência analítica, realidade virtual e realidade aumentada.

RAIMUNDO PERES - A interconectividade, maior utilização das redes sociais como fator de promoção dos eventos e novas tecnologias na gestão e organização dos eventos.

RODRIGO CORDEIRO – APP 360 graus, uso mais eficiente de mídias sociais buscando alavancar a rentabilidade e a tecnologia proporcionando novas experiências aos participantes dos eventos.

ROLAND DE BONADONA - Tecnologias audiovisuais & Big data, inteligência artificial.

RONALDO FERREIRA JUNIOR - Chatbot, inteligência das coisas, VR... Precisamos incluir os profissionais do mercado na cultura da inovação. Por enquanto somos digital, mas só por questões de imagem, marketing.

SILVANA TORRES - Toda tecnologia voltada para simplificar a vida do participante do evento. Ao invés de criar agendas, um aplicativo que faz as perguntas nos fóruns, gera debate, inclui fotos. Soluções que reduzem custos serão as grandes apostas em tecnologia nos próximos anos.

TONI SANDO - Começamos a presenciar um melhor uso de Realidade Virtual e Realidade Aumentada (algumas vezes, juntas). Um uso com real funcionalidade, e não apenas com o fator “uau” como era anteriormente. Por sua vez, as criptomoedas e o blockchain devem amadurecer e se tornarem mais populares, impactando diversas indústrias. As tecnologias que são a interface entre o público e o evento também estão se popularizando e, agora, até esperadas, como as formas de pagamento facilitadas e “sem dinheiro” (cashless), como são as pulseiras utilizadas em festivais como Lollapalooza e Rock in Rio. Entretanto, por mais que se fale sobre tendências na tecnologia, ainda há promotores e organizadores que não se preocupam com as tomadas, carregadores de celular e economizam na banda do wifi.

VANESSA MARTIN - Pode ser que uma ou outra plataforma suba ou desça na preferência do mercado, mas certamente o aplicativo de evento e as mídias sociais estarão na dianteira.

VANIZA SCHULLER - Ainda que não seja mais uma inovação, mas por ainda não ser tão utilizada, a interatividade dos participantes poderia impactar de forma muito positiva a qualidade das discussões e as formas de transmissão de saberes. Mas isso também requer adotar o event design, repensar o evento a partir de seus novos objetivos e adequá-lo para essa proposta de maneira que não se limite simplesmente a trazer as perguntas da assistência, enviadas pelo aplicativo do evento, nos 5 minutos após uma palestra enfadonha. A interatividade deve ser incluída desde a concepção do evento.

VARÍNIA CANTAUX - O marketing digital é extremamente impactante e se atualiza diariamente. Ele é uma somatória grande para a indústria de eventos e devemos sempre estar atentos, porque a dinâmica do nosso mercado e a constante atualização é ponto básico.

VINICIUS LUMMERTZ - A tecnologia já faz parte do dia a dia de todos. No Turismo, nós já estamos utilizando a Realidade Virtual nas feiras e eventos mundo afora. A Embratur leva os nossos destinos paradisíacos e, por meio de óculos, as pessoas conseguem ver tudo que há de mais bonito no nosso país. Hoje, o principal canal de tomada de decisão dos viajantes é a internet. Os sites de compra de passagens e pacotes turísticos também são responsáveis por grande parte do fluxo de turistas mundo afora. Nós temos que nos manter em linha e ter em mente que o mundo virtual e real andam juntos, são complementares.

WILSON FERREIRA JUNIOR - O uso da realidade aumentada tornar-se-á muito mais comum e trará recursos hoje difíceis de imaginar.

10. Que novas competências devem aprender os profissionais de eventos?

ADENAUER GÓES - A atualização deve ser constante. O mercado profissional muda rápida e continuamente. Aquele que não se reciclar constantemente, que não acompanhar as novidades lançadas, que não estiver antenado e conectado ao mercado se tornará obsoleto e ficará para trás. A principal competência será o uso permanente da conectividade com a inteligência de mercado.

ALBERTO CESTRONE - Eventos devem gerar experiências e, portanto, este profissional deve ser preparado para pensar em construir esta experiência que será vivenciada pelo participante, pelos seus convidados. Não terão mais espaço profissionais que não atuarem com este foco.

ALEXANDRE MARCÍLIO - Esta questão é difícil de prever, mas quem não estiver com seu parque tecnológico atualizado, está fora.

ALEXANDRE SAMPAIO - Os profissionais de eventos, devido à amplitude de seus desafios nos vários campos demandados, não poderão deter todo o conhecimento necessário para a melhor performance. Creio que o mais lógico, como se faz hoje, é reunir uma equipe multidisciplinar, que se complemente e atinja os desafios colocados. Claro que o formado técnico ou de nível superior para atuar neste setor, precisa de experiência e, para o recém-formado atuar neste universo, é importante uma atualização da grade pedagógica hoje oferecida, iniciativa que o sistema Senac Nacional já está providenciando, através de um grande colóquio neste primeiro semestre, no qual grandes profissionais serão convidados a participar.

ANA LUISA DINIZ CINTRA - Inovar nas técnicas de divulgação e procedimentos para atrair participantes para os eventos, encantar o cliente, estar sempre antenado às tendências nacionais e internacionais do mercado e envolver-se bastante com entidades que fortaleçam o setor.

ANDRÉA NAKANE - O profissional de eventos deverá agregar ao seu perfil de competências sólidos conhecimentos de Relações Públicas, pois seu trabalho está relacionado com a imagem e reputação de marcas, assim como entender a nova lógica de gestão de conteúdo, já que os eventos são fontes brutas para o brand content. Compliance cada vez mais também será exigido, deixando muito claras as relações envolvidas também na cadeia de fornecedores quando nos perfis de convidados e clientes.

ANITA PIRES - Os profissionais têm que aprender a se inspirar em novas experiências e novos modelos de eventos, ou seja, perfil curioso por inovação, interpretando a linguagem da tecnologia e aplicando aos eventos. Concentrar o olhar diário para o ambiente de seus clientes e para o mundo em constantes transformações.

ANTÔNIO MAURICIO DIAS - O fundamental para esse profissional é entender as características de cada segmento de eventos. Em congressos, uma habilidade fundamental é conseguir atração de patrocinadores. Em convenções, entender a cultura da empresa cliente e fazer algo de muito impacto para o que aquela empresa está procurando é a receita do sucesso. Para o mercado de formaturas, conhecer o que aquela turma mais valoriza como uma celebração memorável. Ou seja, os profissionais de grande sucesso no mercado de eventos são profissionais especializados em nichos. Compreender profundamente um nicho tem sido a receita de sucesso dos profissionais de êxito.

ARISTIDES DE LA PLATA CURY - Versatilidade face às aplicações de novas tecnologias.

ARMANDO CAMPOS MELLO - Como cada vez mais acolher melhor, informar melhor e realizar melhoras no melhor tempo.

BRUNO OMORI – Os profissionais de eventos precisam antecipar as demandas de seus clientes e participantes dos eventos, precisam proporcionar uma satisfação diferenciada, com foco na fidelização. Portanto, precisam estar integrados com ferramentas de tecnologia, mídias sociais, técnicas de atendimento e relacionamento, assim como atualizados com as tendências de cada mercado que atende.

CELIO ASHCAR JR. - Gestão de prioridades.

CHIEKO AOKI - Aprendizado e adaptação contínua em novas tecnologias que vão surgir rápida e continuamente e as pessoas investirem em fazer o que a tecnologia terá mais dificuldade em substituir: cada um de nós, pessoas, impactar, emocionar, com a sua maior competência: humanidade, bem-cuidar, bem-atender e interconectar pessoas com respeito, apreciação e acolhimento.

CIRCE JANE - Atualizado com as tendências e tecnologias. Apto a utilizar as redes sociais e inserido numa grande network.

DARLENE LOFARE - Determinação e tolerância. Competências emocionais.

EDUARDO SANOVICZ - Todos devem estudar idiomas, história e economia, antigas habilidades. E só aí pensar em novas.

ELZA TSUMORI - Centrado na dimensão humana, os profissionais de eventos deverão aprender a trabalhar realmente em equipe, em parceria com setores complementares e contratar consultoria de outras áreas humanas (para que possa ampliar a sua visão sistêmica).

ERALDO ALVES DA CRUZ - Desenvolver a criatividade e trazer sempre novidades que impactem seu público. Devem estar antenados e ser diferentes o tempo todo.

FERNANDO GUNTUVITCH - Acredito que um profissional de eventos deva ser alguém antenado em tendências e informações para que possamos trazer novas ideias e competências para a área. Além disso, a empatia é uma característica fundamental. Em um evento, lidamos com diversos profissionais e clientes, por isso é necessário que consigamos lidar de maneira estratégica com todos. Para esse mercado, precisamos de pessoas sensíveis, que consigam se colocar no lugar do outro e aproveitar essa interação tão próxima com o público que apenas uma ação de Live Marketing pode proporcionar.

FERNÃO LOUREIRO TANAKA - Entender muito de tecnologia, conhecer a fundo seu mercado (especialmente empresas que forneçam serviço especializado e como conectá-la com outro provedor para oferta de um diferencial no evento – cada vez mais comum termos fornecedores ultra especializados que fazem parte do serviço, precisam se conectar a outro para entregar tudo o que o cliente precisa) e ter inteligência emocional para lidar com tanto stress e não perder seu maior ativo: capacidade de empatia, transmitir energia e entregar um evento inesquecível de bom.

GAETANO LOPS - Costumo separar em 3 expertises que são as que avalio em todos os profissionais dessa área: organização – necessidade fundamental para atuar nesse setor; capacidade de relacionamento com as pessoas – imprescindível; e criatividade – pois sem boas ideias não vamos a lugar nenhum. Do ponto de vista técnico, a formação dos profissionais pode ser de vários setores diferentes, como hotelaria ou engenharia. Gosto de profissionais que se formaram em uma disciplina tradicional, como engenharia, e se especializaram em eventos, pois trazem uma bagagem técnica mais madura. Entretanto, o nosso setor é de gente que faz, e para isso tem que levantar a manga da blusa e fazer.

GETÚLIO TAMADA - Além dos aspectos da sua especialidade, o conhecimento das legislações, senso de ética, associativismo e cooperação deveriam ser praticados com maior intensidade neste mercado.

JUAN PABLO DE VERA - Também a UFI está destacando a tendência apresentada pelo desafio na geração de talentos e o desenvolvimento de habilidades para nosso setor. A evolução do nosso negócio está cada vez mais moldada por um novo e mais jovem grupo de líderes, muitos dos quais atualmente estão crescendo rapidamente nas fileiras dos maiores organizadores internacionais de nossa indústria. Ao mesmo tempo, os líderes de hoje precisamos nos envolver em programas de educação que permitam fornecer talentos qualificados suficientes para as necessidades diárias de nossa indústria, especialmente no lado dos espaços de eventos e centros de exposições. Simultaneamente, devemos nos preparar para conseguir trazer lideranças e habilidades de outros setores e, assim, adicionar mais diversidade aos principais níveis de gestão. Para que tudo isso seja possível, o foco de RH nas empresas está mudando. Depois de muitos anos investindo em áreas como eficiência de vendas, efetividade em marketing, excelência operacional ou engajamento digital, finalmente os principais players do setor estão realizando importantes investimentos em pessoas. E a boa notícia é que isto já está se consolidando como uma verdadeira prioridade estratégica em todo nosso setor.

LUIZ ARRUDA - Profissionais de eventos devem ser marketeiros, ligados em tecnologia, antenados em tendências de comportamento, sempre estudando como podem se diferenciar com os propósitos do setor e dos clientes que atendem.

MAURÍCIO MAGALHÃES - Roteirizar eventos de forma cirúrgica, cada evento é um filme diferente, com roteiro próprio. Veja qual será o público, seus códigos etc. e desenhe para ele, nunca seja genérico e de fórmulas prontas.

MICHAEL NAGY - Conseguirem ter visão de longo prazo, poderem entender a criação de eventos com visão de crescimento e futuro. Na maioria estão todos atrás dos eventos consolidados, convenções, congressos etc., muitos têm ciclos, mas o Profissional de Eventos tem a obrigação de criar novidades para os setores e novos eventos que venham a crescer para serem grandes. Poderem unir vários promotores de diferentes tipos, cada um com seu evento, se unindo criando muitos eventos de médio e grande portes. Saberem investir no Destino e trabalharem juntos para esse fim.

PAULO FRIAS - Adaptabilidade, visão sistêmica e estratégica do negócio, domínio de novas tecnologias.

RAIMUNDO PERES - Modelos de Gestão, Customização e Otimização dos recursos alocados, busca de fidelidade e confiança dos clientes potenciais, parceiros comprometidos efetivamente com resultados.

RODRIGO CORDEIRO – Capacidade de análise e ser um ótimo ouvinte, e, a partir disso, formar as suas opiniões.

ROLAND DE BONADONA - Novas tecnologias audiovisuais, Marketing Digital.

RONALDO FERREIRA JUNIOR - Digital, inovação... como serem pessoas inovadoras.

SILVANA TORRES - Precisa entender de finanças, saber calcular o ROI dos eventos, saber que um evento não pode ser simplesmente bonito e operacionalmente bem entregue. Isso é o básico, precisamos saber qual era o objetivo inicial, se ele foi atingido, como vai mensurar, de que forma garante que o investimento foi bem executado.

TONI SANDO - Resiliência e "nexialismo". Resiliente para acompanhar todas as mudanças e até mesmo conseguir antecipá-las. As mudanças virão, quer queira ou não, e parar de valorizar o passado. O que foi feito, foi recompensado. O mundo mudou. O profissional precisa estar preparado. E "nexialista" para conseguir dar sentido a todos os contatos, parceiros e conhecimento que tem na busca por soluções e ideias criativas.

VARÍNIA CANTAUX - O profissional de eventos deve ser antes de mais nada humilde e um entusiasta. Humilde, para ter consciência de que nunca sabe de tudo e nunca o bastante, tendo sempre o que aprender; entusiasta, porque é necessário gostar de aprender e se atualizar.

VANESSA MARTIN - Diante da montanha colossal de dados e informações que não para de crescer e das novidades tecnológicas acontecendo a cada momento, os profissionais de eventos precisarão ter cada vez mais assertividade, visão clara dos cenários e aprimoramento nas habilidades de gerenciamento estratégico e de gestão de ótimos fornecedores.

VANIZA SCHULLER - Também aqui, não trago nada novo, visto que acho que precisamos reforçar competências bem antigas que parecem estar esquecidas: humildade para investir em atualização e educação contínua e para escutar atentamente os desejos dos mais distintos perfis de consumidores. Capacidade de análise para identificar os nichos nos quais o seu produto/serviço pode realmente ter boa aceitação, já que facilidade de alcance dos meios digitais abriu um imenso leque de opções de consumidores, nem todos.

VINICIUS LUMMERTZ - Os profissionais, de todas as áreas, devem ter em mente a inovação. Estar atualizados, ligados nas novas tecnologias, em entender que o nosso setor, que é a prestação de serviços, lida com pessoas e expectativas. Hoje fala-se muito em experiência. Devemos promover as boas experiências, as boas lembranças. O tempo é algo mensurado de uma maneira diferente nos dias de hoje, estamos todos conectados, interligados, 24 horas, 7 dias por semana. Ter experiências únicas, memórias inesquecíveis, bons momentos. No turismo, nos eventos, em um restaurante, em um hotel. Aqui no Brasil, temos toda a bagagem cultural e, agora, após uma sequência de grandes eventos nos últimos anos, como Jogos Olímpicos e Copa do Mundo, que nos dão o know-how para promover ótimos eventos e, por consequência, experiências ainda melhores.

WILSON FERREIRA JUNIOR - Profissionais de eventos deveriam aumentar sua intimidade com números. Cálculo, estatística, noções de engenharia (para quem é de produção), técnicas de negociação (para atendimento).