O negócio da felicidade

Por Patrícia Sevilha

Patrícia Sevilha
Neste primeiro artigo, quero explicar porque escolhi este tema: o negócio da felicidade.

Elegi falar sobre o negócio da felicidade porque a cada dia esta afirmação – feita por Josep Chias e que se tornou em 2008 o título do seu décimo quinto livro – ganha importância em nosso trabalho e norteia nossa forma de viver.

Para Josep Chias, o negócio da felicidade é o turismo.

Chias nos ensinou algo a cada dia da sua vida. Eu, pessoalmente, pude conviver e aprender com ele de 1998 a 2010. E, assim como ele compartilhou sua sabedoria, suas experiências profissionais e seu amor pela vida com toda a sua equipe, acredito que tenho também essa responsabilidade.

Neste momento em que o turismo como negócio no Brasil cresce e, claramente, encontra-se em um dilema – crescer de forma sustentável ou estabelecer-se com mais uma atividade extrativista e predatória como tem sido em vários destinos no mundo e no próprio Brasil – considero necessário recuperar “essa crença em favor do planejamento e da profissionalização, em contraposição ao amadorismo ingênuo, incapaz de enxergar para além do próximo verão”, como já afirmou Caco de Paula, nosso guru da mídia do turismo e hoje responsável pelo Planeta Sustentável. Ou, poderiamos afirmar, para além do próximo “mega evento”.

E uma das melhores e, talvez, a primeira lição que aprendi foi sobre a importância de se interessar por e, especialmente, compreender o ser humano.

“As pessoas são todas diferentes. Cada uma tem características, necessidades, desejos e procuras específicas”, Chias escreveu em seu livro e tese de doutorado, denominados “O mercado são pessoas”.

Neste blog vou abordar o tema “turismo, o negócio da felicidade” por alguns meses. Sempre com o objetivo de mostrar como isto se aplica para que possamos fazer com que o turismo seja uma atividade econômica que possa atender à motivação dos turistas: ser feliz, ao viver experiências prazerosas, ao conhecer recursos naturais e culturas diferentes da sua.

Mas que também nós, como profissionais do setor, possamos ter satisfação em nosso trabalho, tornando eventos, tours ou o próprio dolce far niente um estado durável de plenitude, bem estar, paz interior e contentamento.

Afinal, ser feliz é um ideal do homem há milênios!