Para CNT, empresários devem manter o foco nos negócios

O momento econômico atual requer cautela, tendo em vista a crise financeira internacional. Mas isso não significa que as empresas brasileiras de turismo devam modificar sua estrutura de atendimento e trabalho.

“Ao contrário. Os empresários devem manter o foco em seus negócios, mesmo que a previsão para 2009 não inclua ganhos no faturamento”, avalia o presidente da Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares, Norton Luiz Lenhart.  “Quando passar o momento de maior turbulência por causa da crise, as empresas devem estar preparadas e com as mesmas estruturas que têm atualmente para dar continuidade ao crescimento do setor”.

A recomendação do empresário foi feito durante a 23ª reunião do Conselho Nacional de Turismo (CNT), ocorrida nesta quarta-feira em Brasília. Durante o encontro, os conselheiros apresentaram um balanço das atividades turísticas de 2008. 

A perspectiva da entidade é que o fortalecimento do turismo será fundamental para enfrentar uma possível desaceleração do setor no ano que vem.

O ministro Luiz Barretto, que preside o CNT, disse já haver indicativos de que a desvalorização do real frente ao dólar beneficiará o turismo nesta temporada. “Há informações de que as viagens para o exterior diminuíram e que há mais brasileiros viajando pelo país”.

Na avaliação do ministro, o setor será beneficiado em 2009. “Além de manter as ações que desenvolvemos, teremos continuidade nos investimentos em obras de infra-estrutura com PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] e um reforço no orçamento do ministério, como vem ocorrendo nos últimos anos”.

Barretto disse, ainda, que o Prodetur Nacional deve atender entre quatro e cinco estados já no primeiro semestre de 2009. Lançado em março deste ano, o Prodetur Nacional é uma linha de crédito de US$ 1 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para estados e capitais com mais de um milhão de habitantes.

Os interessados devem apresentar uma carta-consulta ao MTur, que deve ser aprovadas pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério do Planejamento. Até o momento, 12 estados (Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Pará, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraíba e Sergipe) e o município de Goiânia tiveram suas propostas aprovadas pela Cofiex, totalizando US$ 746 milhões em financiamentos. (VB)