Pesquisa aponta mkt promocional como opção para driblar a crise

Estudo lançado pela consultoria americana AdMedia Partners, Inc. revela que a crise econômica mundial deve afetar de maneira distinta os diferentes setores de comunicação. Segundo o levantamento, realizado junto a 3.700 executivos de agências de propaganda dos Estados Unidos, o segmento mais afetado será o de propaganda, enquanto o marketing promocional aparece entre as principais apostas para 2009. De acordo com os resultados da pesquisa, os executivos acreditam que os investimentos devem aumentar nos setores de marketing boca a boca (52%), database marketing/CRM (48%) e marketing promocional (30%). Outros dois segmentos promissores são o marketing direto e a consultoria de marketing e estratégia, também com expectativa de aumento de investimentos apontada por 30% dos entrevistados.  Já a propaganda foi o setor que apresentou a pior avaliação do estudo. Dos  profissionais entrevistados, apenas 1% acredita que haverá aumento de investimentos na área. Outros 87% prevêem queda nos investimentos em propaganda e apenas 12% estimam a manutenção dos recursos. A pesquisa foi feita em dezembro de 2008, por meio de questionário pela internet. Participaram executivos de agências de propaganda, marketing de serviços, agências digitais e profissionais de private equity. Para Guilherme de Almeida Prado, diretor geral da Plano1 Comunicação, os investimentos em marketing promocional brasileiro devem ser ainda mais expressivos.  "O mais interessante é que no Brasil as ações de marketing boca a boca são conduzidas na sua maioria pelas agências de marketing promocional. Ou seja, duas das três disciplinas com melhor perspectiva estão ligadas ao marketing promocional.", afirma. Segundo Almeida Prado, o mercado brasileiro de comunicação deve seguir o comportamento do mercado internacional. "Acreditamos que os anunciantes devem focar as ações mais para o ponto de venda ao invés de investir em grandes campanhas de publicidade. Nos últimos anos, as ações no trade marketing vem ganhando espaço e, com o cenário atual, esta tendência deve ficar ainda mais evidente", afirma.

 

 

(VB)