Os itens que mais impactam o budget de um congresso são o aluguel do local, que pode variar de 20% a 50% do custo, alimentos e bebidas, que oneram de 10% a 30% - com extremos de 5% a 35% - e audiovisual, que pode variar entre 5% e 40%, de acordo com a opinião dos entrevistados. Outros itens que impactam no custo de um evento são o Marketing e Promoção (cerca de 10%, segundo a maioria), Palestras e Entretenimento (5%), Viagens, hospedagem e alimentação (5%) e a Organização (entre 5% e 10%). Itens como Apresentadores e Mestres de Cerimônia, Inscrição, Seguro, Decoração e outros não foram considerados significativos.
A tendência de crescimento também é confirmada pelo aumento de participantes, expositores e tamanhos dos eventos. Para quase 70% dos entrevistados, o número de participantes do seu maior congresso aumentou em relação a 2010 e mais de 60% das entidades espera novo aumento até o final de 2012. Os dados praticamente se repetem para os eventos de Exposição. Em relação ao números de expositores, 55,6% dos respondentes indica aumento em relação ao seu último evento, chegando a quase 80% o índice dos que preveem mais expositores para os eventos em 2012.
De acordo com ele, embora o crescimento do Rio de Janeiro fosse naturalmente previsível, Fortaleza foi a “grande ganhadora do Ranking”. “Certamente já foi um reflexo da construção do ExpoCeará e do anúncio da reforma do tradicional Centro de Convenções do Ceará.”, disse. Esta cidade, que nem figurava no ranking de 2001, ficou em terceiro lugar, ao lado de Brasília, que também ganhou um novo Centro de Convenções, e de Salvador.
Contrariamente, a falta de modernização dos equipamentos de Águas de Lindóia levou à sua exclusão da lista, finaliza Junqueira.
Nos destinos internacionais, a Argentina ficou com 66,7% da preferência, seguida do Uruguai, com 50%. Os destaques da América do Sul ficaram para Buenos Aires, Montevidéu, Assunção e Santiago. Nos demais continentes, indicações para Guatemala, Miami, Barcelona, Madrid, Roma, Tóquio e Dubai.As associações, em sua maioria, preferem realizar seus eventos no Brasil. Os resultados da pesquisa mostraram que apenas 14,4% já realizaram eventos fora do país, mas 63,9% preferem manter seus eventos em território nacional.
No quesito “preferência de local para a realização de congressos”, a moda atual dos cruzeiros ainda não deslanchou para o segmento: 89,9% das entidades nunca fizeram eventos a bordo e 58,3 não pretendem adotar este formato nos próximos três anos.
Períodos - O segundo semestre do ano lidera na preferência para a realização de eventos no Brasil, com destaque para os meses de setembro (17%) e outubro (30%). Em contrapartida, os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e julho são os mais votados para a não realização de eventos no país, devido a influências, como férias e Carnaval. “Enquanto em outros países a distribuição dos eventos pelos diversos meses do ano é quase igualitária, no Brasil janeiro e fevereiro são os piores meses do ano. O Carnaval é o culpado desta anomalia. A não fixação da data do Carnaval é o que mais dificulta a realização de eventos regulares neste mês.”, observa Arantes.
Perfil dos participantes - Os resultados da pesquisa trazem o crescimento da participação internacional nos eventos, com 53,3% dos entrevistados afirmando participação média de 10% de público estrangeiro, número que dobra na opinião de outros 20% dos respondentes. No levantamento de 2001, apenas 5% dos pesquisados respondeu que a participação de estrangeiros em seus eventos variava de 11% a 15%. Para 40% dos entrevistados, houve aumento de participação estrangeira nos eventos e congressos e este número deve crescer ainda mais em 2012.
Com relação à faixa etária dos visitantes, observou-se um envelhecimento do público participante em congressos. A pesquisa aponta que, na década de 90, 27,8% dos participantes estavam na faixa dos 40 a 50 anos; nos anos 2000, o índice subiu para 36,1% e alcançou os 44,4% em 2011.
Efeitos da Copa - Embora os eventos façam parte do mercado Promocional, ao contrário de outros segmentos deste mercado, a pesquisa revela um impacto nulo ou negativo da Copa para o Mercado de Congressos. Apesar de 30,6% dos entrevistados ainda não saberem responder, 44,4% entendem que a Copa no Brasil não impactará os Congressos no país e 25% afirmam que já sentiram impactos negativos. “Mesmo dentre os que entendem que não serão prejudicados, 62,5% já precisaram agendar seus eventos fora do período da Copa. Como os demais, tradicionalmente, não realizam eventos neste período, podemos constatar que quase todos foram prejudicados.”, analisa Sergio Junqueira Arantes.
Segundo o levantamento, os principais fatores prejudiciais apontados foram a majoração dos custos e a dificuldade na obtenção de hospedagem (80%), além da dificuldade de agenda nos espaços de sua preferência (60%). Já dentre os que se consideram mais ou menos afetados, 60% tiveram de alterar o período em que tradicionalmente realizavam eventos e 20% também acusaram o aumento dos custos como motivo de preocupação.
Eventos Expo Editora
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