Em um mundo cada vez mais polarizado, torna-se primordial a prática da política.
Ideologias partidárias não têm espaço quando atuamos na representação setorial.
As relações governamentais, conhecidas como Relgov, não se fazem à distância, no conforto do ar-condicionado.
É necessário ter foco, gastar muita sola de sapato, fazer muitas reuniões e apresentar dados que comprovem os argumentos.
Ninguém defende nossos interesses a não ser nós mesmos.
Resultados positivos são construídos com diálogo, análise de indicadores, dimensionamento do negócio, projeção de investimentos e a expectativa na geração de empregos, elementos-chave para impulsionar a economia e despertar o interesse do legislativo e executivo pela pauta.
A essência da política deve transcender as barreiras ideológicas pessoais, buscando um terreno comum onde o diálogo prevaleça.
Isso envolve entender e respeitar perspectivas diversas, trabalhando juntos para o bem-estar coletivo.
O diálogo é a ferramenta mais poderosa na política, e a melhor forma de fazê-lo é através das
entidades representativas, quer seja setorial , sindical ou de destinos (mercado).
E, para que representem seus negócios, elas precisam ser fortes, contar com o apoio de seus mantenedores e ter uma estrutura profissional qualificada.
Por meio das entidades , é possível entender necessidades , alcançar consensos e estabelecer planos de ação que beneficiem não apenas o setor que representam, mas a sociedade como um todo.
A política eficaz não se dá em redes sociais ou grupos de WhatsApp (de nós para nós mesmos), mas é embasada em conversas, dados consistentes, dimensões e indicadores econômicos.
O acompanhamento desses indicadores permite avaliar e reavaliar o impacto de políticas públicas na vida das pessoas e dos negócios , especialmente na geração de empregos.
O emprego não só proporciona meios de subsistência, mas também estimula o crescimento econômico e a estabilidade social.
Praticar a política com um enfoque no diálogo construtivo e na análise objetiva de indicadores é fundamental para o progresso da sociedade.
E no caso da geração de empregos não apenas move a economia, mas também constrói comunidades e destinos mais fortes e resilientes.
Todo o esforço de promover um destino para aumentar o fluxo de visitantes para lazer, negócios ou eventos, pode ser impactado diretamente em decisões que impactam o setor desde as definições de alíquotas na reforma tributária, do prazo estabelecido do Perse, das taxas de juros para investimentos, das autorizações e alvarás para eventos em diversas repartições até os impactos negativos de vistos para tribulação de um cia aérea que traz visitantes internacionais para nosso país.
Assim, a política, com argumentos e consistência deve ser uma ferramenta de unificação, promovendo comunidades e destinos mais fortes e resilientes, ao invés de criar divisões.
* Toni Sando é presidente da União Nacional de CVBs e Entidades de Destinos (Unedestinos), presidente Executivo do SPCVB, 1º VP CVB Latam & Caribe e membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.
Comentários