O prefeito de São Paulo, João Doria, encaminhou à Câmara Municipal, na segunda-feira (28), o projeto de privatização do complexo do Anhembi e da São Paulo Turismo (SPTuris, empresa oficial de turismo e eventos da capital).
A medida faz parte do pacote de privatizações e concessões de Doria, que contempla a concessão do Estádio do Pacaembu e a venda do autódromo de Interlagos, além de mercados, parques e sacolões municipais.
Apesar de ser uma empresa de capital aberto, 97% das ações da SPTuris são da Prefeitura. Ela administra o Anhembi e o Autódromo de Interlagos, organiza eventos que ocorrem nestes pontos (como o carnaval e shows musicais) e em outros locais, como o réveillon na Paulista. De acordo com o seu próprio portal de transparência, a empresa teve um prejuízo de R$ 68 milhões em 2016.
A ideia é que a empresa que arrematar a São Paulo Turismo -que tem cerca de 450 funcionários e receita anual de R$ 250 milhões- possa não apenas explorar as atividades, mas optar inclusive pela mudança de perfil do Anhembi, voltado hoje para feiras de negócios, desfiles de Carnaval e shows.
O complexo Anhembi possui 400 mil m², divididos entre Sambódromo, Pavilhão de Exposições e Palácio das Convenções, além de um estacionamento com capacidade para 6,5 mil vagas. O espaço recebe 3,5 milhões de pessoas em cerca de 150 eventos anuais.
Os próximos projetos que serão encaminhados à Casa incluem a concessão de cemitérios e serviços funerários. Até o final da gestão Doria, a Prefeitura estima arrecadar R$ 7 bilhões com os planos de concessões e privatizações.
Considerando que a Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira (30) a concessão do complexo do Pacaembu para a iniciativa privada com 42 votos favoráveis e 12 contrários, pode-se prever um caminho suave e rápido para o pacote de privatizações e concessões de Doria.
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