O Brasil já sediou duas edições de Panamericanos- uma em 1963, na cidade de São Paulo e outro em 2007, na cidade do Rio de Janeiro e o gostinho de quero mais ficou latente.
Por isso mesmo, duas candidaturas nacionais foram apresentadas para sediar os jogos em 2031 e a concorrência interna parece que será muito disputada: uma de São Paulo e outra do Rio.
A capital paulista tentará mais uma vez receber o megaevento e no estado fluminense, ocorreu a fusão de dois municípios, Rio de Janeiro e Niterói, unindo esforços para captar a edição.
A princípio São Paulo parecia ser a única cidade brasileira na disputa, pois desde outubro sinalizou seu interesse e agora, nos últimos dias, Rio e Niterói entraram no páreo.
Candidatura conjunta tem sido um nova realidade e tendência em megaeventos. Vale lembrar da edição passada da Copa do Mundo, em 2002, dividida entre Japão e Coréia do Sul e a próxima realização, em 2026, que contará com sede em três países (Canadá, Estados Unidos e México), em muitos casos em função da necessidade de orçamentos compartilhados, já que a grandiosidade desses acontecimentos especiais exige muitos investimentos.
As cidades fluminenses contam com um aparato de infraestrutura recente que atendeu ao Pan 2007 e aos Jogos Olímpicos de 2016.
O projeto do RJ conta com a intenção de construir a Vila dos Atletas na zona portuária da cidade carioca para facilitar os deslocamentos dos atletas até Niterói. Essa região vem sendo revitalizada e com essa iniciativa deixaria mais um legado futuro para a localidade, moradores e turistas.
São Paulo montou uma força tarefa no governo municipal, com participação de representantes de cinco secretarias, além da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação da cidade e a São Paulo Turismo (SPTuris), demonstrando total disponibilidade para atender requisitos exigidos. Além disso, Sampa argumenta que já recebeu grandes torneios esportivos, como a abertura da Copa do Mundo, em 2014 e alega que contará com modernização para atender todos os atletas e visitantes que acompanharão os jogos.
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) terá até o dia 31 de janeiro, do próximo ano, o prazo para decidir qual sede nacional será indicada, já que cada país interessado só pode apresentar um único projeto de anfitrião para a PANAM Sports, responsável pela realização dos jogos Panamericanos, e que em assembleia geral, ainda em 2025, fará a escolha do destino do evento em 2031.
Para o Brasil, a postulação de duas candidaturas reforça a vocação do país como destino para competições e torneios esportivos, com referências ao sports entertainment (junção de esportes e entretenimento ao vivo, conceituando puro espetáculo) colabora para o trabalho da imagem internacional do Brasil nos mercados estrangeiros, o que impulsiona também, a atratividade de captação de outras tipologias de eventos, nas mais variadas áreas de interesse.
O Brasil participou de todas as edições dos jogos panamericanos e teve seu melhor desempenho em 2019, em Lima, quando terminou no segundo lugar do ranking de medalhas.
Confesso que meu coração está dividido, mas, seja qual for o destino escolhido, nossa representação na disputa pelo evento será extraordinariamente adequada e certamente seremos muito felizes por receber mais esse momento de ode ao esporte e celebração do continente americano.
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