No próximo dia 29 de maio, acontece no Centro Integrado de Cultura - Teatro Ademir Rosa, às 20h, em Florianópolis, o lançamento da 16ª edição do circuito Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais. A abertura do projeto será feita pelos grupos Alabê Ôni (RS) e Octeto do Polyphonia Khoros (SC). Até o fim do ano serão realizadas 450 apresentações de grupos regionais, em 128 cidades diferentes. O biênio 2013/2014, tem como temas Tambores e Batuques e Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea, que serão desenvolvidos pelos grupos regionais.
A cada nova edição, o Sonora Brasil consolida-se como o maior projeto de circulação musical do país. A ação possibilita às populações o contato com a diversidade da música brasileira e contribui para o conjunto de ações desenvolvidas pelo Sesc, visando à formação de plateia.
Raízes do Bolão, Samba de Cacete da Vacaria, Raízes do Samba de Tócos, Alabê Ôni, Quinteto Brasília, Quarteto Belmonte, Octeto do Polyphonia Khorus e Duo Cancionâncias são os grupos que constam das programações, que se identificam com o desenvolvimento histórico da música no Brasil. Em 2013, o primeiro mote (Tambores e Batuques) circula pelos estados das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, enquanto o segundo (Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea) segue pelos estados das regiões Sul e Sudeste. Em 2014, procede-se a inversão para que os grupos concluam o circuito nacional.
O Sonora Brasil tem a proposta de despertar um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão de música no país. Todas as apresentações são essencialmente acústicas, valorizando qualidade das obras e de seus intérpretes. Desde a sua primeira edição, em 1998, já passaram pelo Sonora Brasil cerca de 60 grupos, em mais de 3.500 apresentações por todo o país, alcançando um público superior a 500 mil espectadores.
Entre os nomes que já se apresentaram no projeto estão os grupos Terra Brasillis (RJ), Nelson da Rabeca e Conjunto (AL). Em uma das edições, o conjunto Suíço “Ensemble Turicum”, de Zurique, com o programa “O Amor Brasileiro”, se apresentou nos estados de Pernambuco, Ceará, Santa Catarina e Paraná.
Os temas:
Tambores e Batuques apresenta manifestações da tradição oral presentes em comunidades quilombolas, que têm o tambor como um elemento fundamental e, em alguns casos, sagrado. Os grupos circularão utilizando instrumentos fabricados artesanalmente, de acordo com as tradições de suas comunidades, apresentando repertório de cânticos que aludem a fatos da vida social, ao trabalho e às crenças religiosas. O grupo Raízes do Bolão, do quilombo do Curiaú (AP), apresenta o marabaixo e o batuque; o grupo Samba de Cacete da Vacaria, da região de Cametá (PA) é apresenta o samba de cacete; o grupo Raízes do Samba de Tócos, da cidade de Antônio Cardoso (BA) apresenta o samba de roda; e do Rio Grande do Sul vem o único dos quatro grupos que não é formado numa comunidade quilombola, o Alabê Ôni, formado por músicos, pesquisadores da cultura negra, que recupera a história do Tambor de Sopapo.
Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea traz à tona a força deste compositor relevante para o desenvolvimento da música no Brasil, que teve reconhecida atuação também como crítico e produtor musical. Além disso, é criador do mais importante evento da música contemporânea no país, as Bienais de Música Brasileira Contemporânea, que em 2013 chegam à 20ª edição. O Quinteto Brasília apresenta composições escritas para instrumentos de sopro; o Quarteto Belmonte, a obra para cordas; o Octeto do Polyphonia Khorus, a obra para canto coral; e o Duo Cancionâncias, para violão e canto.
Comentários