Swiss investe milhões em assento de primeira classe

O grupo, que registrou lucro empresarial de 91 milhões de francos suíços no primeiro trimestre de 2008, cria produto

O grupo, que registrou lucro empresarial de 91 milhões de francos suíços no primeiro trimestre de 2008, cria produto diferencial e ultra confortável

 

 

Viajar na classe executiva das aeronaves da Swiss Air Lines vai ficar ainda mais confortável a partir de 2009. A empresa, um dos braços do grupo Lufthansa e membro da Star Aliance, está investindo 100 milhões de francos suíços em seu mais novo projeto: um conceito diferenciado de assentos Business Class em todas as rotas intercontinentais.

 

Os passageiros que pagarem pelo serviço viajarão em cama totalmente horizontal de dois metros de comprimento, complementada por uma almofada de ar que permite adaptar a maciez de cada assento às necessidades individuais dos clientes. Até o final de 2009 a nova Swiss Business já deverá estar disponível em cerca de um terço de toda a frota de longa distancia, incluindo as aeronaves que fazem o trecho São Paulo – Zurique diariamente.

 

Segundo o vice-presidente executivo da Swiss, Harry Hohmeister, com os gastos provenientes do novo produto seria possível comprar um avião A320 e investir numa outra rota. “Poderíamos ter feito isso, mas temos uma cartela de clientes muito seleta, que exige serviços de primeira linha. Decidimos então primar pela excelência e conquistar, cada vez mais, esse público específico”, ressalta.

 

América do Sul

 

Um dos planos da Swiss é continuar investindo na América do Sul e principalmente no Brasil. Segundo Hohmeister, o controle inflacionário e o crescimento do mercado brasileiro são fatores importantes para a consolidação da empresa no país. “Fechamos 2007 com uma rota muito lucrativa. Nossa ocupação média no Brasil foi de 90%. Vamos continuar a nossa estratégia de solidificar e desenvolver ainda mais as vendas por aqui”, revela.

 

 

Petróleo

 

A influência do preço dos barris de petróleo sob a orçamento das companhias aéreas é indubitável. Mas, na contramão da maioria das empresas, a Swiss garante evitar que esses deletérios afetem diretamente o consumidor. O vice-presidente do grupo explica que nenhuma medida drástica será tomada para manter o repasse. “Não vamos cortar custos, diminuir a malha ou demitir funcionários. Pretendemos trabalhar com um ponto de equilíbrio entre quantidade de passageiros e número de rotas, e para isso fazemos um cáculo minucioso que tem como foco manter o lucro", explica Hohmeister ao salientar que, como as aeronaves do grupo são relativamente novas, gasta-se menos combustíveis. 

 

A Swiss cresceu, no primeiro trimestre deste ano, 91 milhões de fracos suíços, 22,9% a menos do que o mesmo período de 2007. A justificativa para esta queda, segundo Hohmeister, está relacionada aos fortes efeitos cambiais e ao aumento maciço do preço do petróleo.