Estamos todos vivendo um momento singular. A pandemia, tem impactado a todos e como dito diversas vezes, de forma diferente. Não estamos todos no mesmo barco e sim, em barcos diferentes na mesma tempestade.
Hoje, não escrevo, não contribuo com minhas ideias ou visão do trade. Desta vez, utilizo meu espaço para publicar uma carta, um texto que recebi de um profissional indignado que pede socorro. Um profissional anônimo que pede para não ser identificado. Um profissional que clama, não por esmola mas pela possibilidade de exercer seu oficio.
DEVOLVA O MERCADO
Durante toda a minha vida trabalhei na retaguarda montando e prestando serviços às montadoras, expositores e empresas responsáveis pela realização da Feira, contribuindo com a geração de negócios e oportunidades.
Nosso trabalho começa no momento zero da montagem e produzimos um grande espetáculo. Agora querem que eu fique esperando por uma cesta básica? não posso, minha família tem outras necessidades.
Estamos vivendo tempos de loucura, alguém pode explicar, porque um trabalhador como eu com mais de 30 anos de mercado, não pode trabalhar num local seguro como um Pavilhão, seguindo todos os protocolos, é mais seguro do que qualquer comunidade, você jamais vai entender, mas fique atento, não sou burro na próxima oportunidade vou usar meu voto.
Devolva o mercado que o resto nós sabemos fazer, você acha que estandes bem produzidos e feira com qualidade para apresentar produtos de última geração saíram do nada.
Existe um coração que bate forte dentro do peito fazendo a máquina vibrar, mas acima de tudo uma dose de inteligência que extrapola tudo que você acredita que aprendeu até hoje.
Nós montadores e trabalhadores em feiras somos os grandes responsáveis por criar um onda de progresso transformadora.
O Homem evoluiu pela indignação, saiu de casa para descobrir novos caminhos e oportunidades, sabe muito bem que medo também mata, chega queremos voltar para nosso trabalho, como já dissemos, nossa segurança depende dele.
Você já ouviu o chamado de compradores e expositores, pedindo pela volta da Feira, então é hora de voltar ao trabalho.
Eu sou o João, meu sobrenome não importa, para a grande maioria somos anônimos, acrescente qualquer um que você ache bonito, pode ser Silva, Dagostim, Medeiros ou Lemos, deixa pra lá, ninguém vai entender, mas é hora de atender.
Texto de autoria de um anônimo (com autorização dele) que reproduzo em meu blog.
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