O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou no dia 28 o contrato de exclusividade com a Live Nation uma das maiores produtoras de shows do mundo, para que o Estádio do MorumBIS receba os eventos organizados pela empresa nos próximos cinco anos. Foram 193 votos a favor, dois contra e uma abstenção. No acordo, o clube tem poder de veto e vai receber no mínimo R$ 60 milhões, mesmo que não haja nenhum show no estádio. O valor de contrato é uma espécie de mínimo garantido que a empresa paga para ter o direito de preferência pelo estádio. Mesmo que não acerte nenhum show no local nos próximos cinco anos, o montante ainda será do Tricolor.
O Morumbi sempre foi uma casa de shows, mas perdeu terreno para o Allianz Parque, estádio do Palmeiras. O São Paulo tenta mudar essa condição ao fechar o contrato com a Live Nation Entertainment, uma das maiores produtoras dos Estados Unidos, baseada em Beverly Hills, Califórnia. O acordo é exclusivo da empresa com o clube no Brasil. Ou seja, nenhum outro show organizado pela Live Nation vai ter outra arena como palco que não seja o MorumBIS.
O contrato pode ser prorrogado por mais cinco anos. O Brasil está no caminho de grandes bandas internacionais há muitas temporadas. Na semana passada, por exemplo, o Beatles Paul McCartney fez mais uma turnê no País. Em São Paulo, ele fez duas apresentações no estádio do Palmeiras. A partir do contrato assinado, a Live Nation começa a planejar turnês no Morumbi de seus clientes. Há ainda um valor variável que o clube receberá com a promoção dos eventos.
A parceria já acontecia de forma esporádica. A Live Nation tem como seus clientes cantores e bandas como U2, que já esteve no Morumbi em mais de uma vez, Metallica e o próprio Coldplay. Todos eles já se apresentaram no Morumbi. A cantora Madonna também faz parte dos clientes da empresa americana. Estima-se que a Live Nation encerre o ano com faturamento de US$ 12 bilhões. A empresa é dona também da Ticketmaster, uma das maiores do ramo de ingressos.
O grupo Live Nation deve encerrar o ano de 2023 com mais de US$ 12 bilhões em faturamento. É, também, acionista da Roc Nation, conglomerado do entretenimento que tem o rapper Jay-Z como sócio principal. No Brasil, a empresa anunciou neste ano a operação Roc Nation Sports, comprando parte da agência TFM, que gerencia a carreira de jogadores como Vinícius Júnior e Endrick, entre outros.
Comentários