Passamos por situações em que nem imaginamos que iríamos enfrentar ou vivenciar de maneira tão marcante em nossas vidas - e muitas vezes essas situações ocorrem dentro do nosso ambiente de trabalho. A vida é surpreendente, muitas vezes para o mal.
Muitas vezes estamos apenas desempenhando as nossas funções cotidianas e mantemos a harmonia de convivência e o bem-estar em comum, para que todos consigam trabalhar bem e se desenvolverem, porém nem todos têm a mesma perspectiva e foco. Já ouviu falar dos narcisistas-manipuladores? Dá uma olhadinha nesse vídeo https://www.youtube.com/watch?v=H3uNgvW3aEU
Essas atitudes muitas vezes começam de maneiras silenciosas e sorrateiras, como:
- Indiretas;
- Questionamentos indevidos;
- Tom de voz alterado;
- Querer camuflar as situações estressantes;
- Comentários indevidos sobre sua performance/desempenho;
- Aproximação inesperada;
- Comentários indevidos com outros integrantes de sua equipe, criando um clima de divisão;
- Conselhos retóricos;
Quando você se dá conta, estes comportamentos se tornam parte do seu dia-a-dia e além de você ter que desempenhar a função para a qual você foi contratado, você precisa lidar todos os dias com o seu próprio psicológico para poder conseguir raciocinar de maneira assertiva e não deixar que essas palavras e ações afetem a sua performance como profissional. Este porém é um trabalho árduo, e geralmente chega a um ponto em que essa toxidade já tomou conta de seus sentimentos e sua vida pessoal. Você já tem medo e espera errar. Tem certeza de que vai errar e que vai ser assediado por esta pessoa pelo seu erro. É o medo do medo. O início do pânico.
Com isto, você começa a se questionar. Questiona sua integridade, inteligência, suas habilidades profissionais, sua entrega, sua índole e até mesmo o seu caráter. E é nesse seu momento de fragilidade em que o assédio moral se instala, pois o agressor aproveita de momentos de fraqueza/fragilidade para produzir discursos de ódio e destrutivos, te diminuindo, tirando seu mérito, ignorando sua força de produção e até mesmo julgando sua vida pessoal para que você se diminua cada vez mais e se apague cada vez mais dentro de seu trabalho. Sim, existem requintes de crueldade no método.
Mas por que existem pessoas que fazem isso?
Além das patologias psicológicas, geralmente estas pessoas têm severos problemas de autoestima tanto em suas vidas profissionais como pessoais, e precisam diminuir vidas alheias para se sentirem melhor.
A lógica funciona assim: se alguém está mais infeliz que eu, eu não sou tão infeliz assim. Ou seja, é uma prática tornar a vida das pessoas em volta dela tão amargas quanto a própria vida delas, apenas para se sentirem melhor.
É uma reflexão simples, mas claro que podem ter vários outros fatores que podem comtemplar esse comportamento tóxico. Mas jamais devemos justificar o mal que fazem nas vidas de pessoas que estão apenas trabalhando e buscando seu sustento, seu progresso de carreira. Essas atitudes podem ser irreparáveis e destrutivas. Muitas pessoas perdem seus empregos por não conseguirem lidar com toda essa toxidade. Não pode haver compreensão com assediadores, mas sim tratamento e punição. Não pode haver tolerância.
Temos que lembrar que estas pessoas não detém um poder absoluto, nem mesmo se ela for seu superior direto, sempre vai existir alguém acima dela – inclusive a lei. Vale sim a denúncia, vale o report, vale toda narrativa que inclua evidências de um comportamento destrutivo. Mesmo que você pense naquele momento que não haverá justiça, quando vozes se unem os culpados são responsabilizados (veja os movimentos #metoo, Vidas Negras Importam, a denúncia do falsário João de Deus, o médico Roger - dentre outros).
Esses comportamentos se tornam persistentes porque muitos temem não serem ouvidos, mas temos sim que estar cientes de que podemos fazer parte de um processo de reestruturação de uma pessoa que demonstra comportamentos tóxicos e evitar que outros venham a sofrer o mesmo que você. NÃO SE CALE! Use as estruturas disponíveis.
Muitas empresas possuem canais éticos onde você pode fazer denúncias anônimas que ajudam a abrir os olhos de quem combater esse tipo de prática opressora dentro de seu local de trabalho. Grave conversas, filme atitudes, reúna provas! Tenha paciência e crie uma denúncia consistente.
Lembre-se de que sua saúde mental e seu bem-estar é mais importante que qualquer emprego. Nenhum CNPJ vale um AVC ????
Levante sua voz e denuncie.
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