As sensações de ser seu próprio cliente

Se eu te perguntasse quais são as maiores dificuldades enfrentadas por seus clientes, o que você responderia? Você sabe como é SER o seu cliente?

Se eu te perguntasse quais são as maiores dificuldades enfrentadas por seus clientes, o que você responderia? Não estou falando de maneira genérica, gostaria de saber se você sabe como é SER o seu cliente.

Essa é uma pergunta que pode parecer difícil de responder. Afinal, nem sempre os clientes nos contam os pontos bons e ruins do serviço que estamos prestando. Bem mais que isso, muitos deles não sentem confiança em partilhar suas experiências completas ou não tem tempo para isso.

Quando falamos do mercado de eventos, a resposta para essa pergunta se torna ainda mais importante. Quanto mais se sabe sobre os obstáculos que os expositores têm, mais eficiente será sua oferta de melhores soluções que possam facilitar a rotina do seu público.

Durante a primeira semana de junho, pude estar do outro lado da moeda. Ao invés de ser apenas a empresa montadora, fui também a expositora. E quero compartilhar com vocês o que experimentei.

Estande da Triart Estande da Triart


O estar do outro lado

Já conversamos aqui sobre a importância de participarmos de eventos do nosso mercado. E a Feira EBS (Evento Business Show) era uma grande oportunidade para colocar em prática o que comentamos. Além de rever nossos clientes e parceiros presencialmente, a feira completava 20 anos de história. O que fazia da edição ainda mais especial.

Participar de uma feira de negócios é sempre um delicioso desafio, E aqui fica a primeira lição: vai bem mais além do que os dias de exibição. A preparação prévia e posterior são vitais para definir o sucesso do evento. Idealizamos e construímos nosso próprio estande e, para garantir a captação fácil de leads, optamos por um aplicativo com leitura de QR Code. Dessa forma, não perderíamos tempo com anotações de dados quando poderíamos estar interagindo com nossos visitantes.

Como montadora, por vezes, os clientes não conseguem visualizar a qualidade do nosso trabalho através das fotos. Apesar de prezamos pela qualidade, elas não captam integralmente tudo que podemos oferecer. Ao estarmos em uma feira, os clientes visitam nossa estrutura, sentem a qualidade e só esse já seria motivo suficiente para ter valido a pena.

O “exercício” agregou muito mais. Obviamente, como toda e qualquer empresa, sempre tentamos pensar como um expositor. Contudo, ali não estávamos pensando, estávamos vivendo. Era o momento de entender todo o processo da feira como todo, não só sobre nossa expertise, que são os estandes. Ser um cliente traz o conhecimento que auxilia na hora de propor novos projetos porque você conhece as dificuldades. Além de compartilhar experiências sinceras com seus clientes.

Experimentar a volta à realidade

Para finalizar, não poderia deixar de falar sobre um assunto que já sabemos: a volta dos eventos presenciais. E fiquei extremamente feliz em ver que as coisas voltaram exatamente como eram. Foi um alívio estar em contato com cliente e parceiro, poder olhar nos olhos e se reunir pessoalmente. Tomando os cuidados necessários, foi possível desfrutar desse regresso de maneira integral.

Nossa expectativa era alta, queríamos saber se o receio do público com as feiras já havia passado. E superou as expectativas. O público estava lá, as rodadas de negócio foram incríveis e o receio ficou pelo caminho.

Agora, temos muito trabalho para entregar soluções de qualidade aos clientes novos que puderam “visitar nosso projeto”. E eu não vejo a hora de estar novamente na pele do meu cliente em mais eventos como esse.

Pedro Luis Torrano é sócio-diretor da Triart – pedro@triart.com.br e publica mensalmente nesta coluna.